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Foto de 717 gigapixels criada com IA revela detalhes inéditos de quadro famoso

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 19 de Janeiro de 2022 às 12h09

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Reprodução/Rijk Museum
Reprodução/Rijk Museum

Uma fotografia de 717 gigapixels foi registrada para ajudar na pesquisa e preservação da pintura "A Ronda Noturna" de Rembrandt. A Operação Night Watch, criada pelo Rijks Museum, usa esse avanço tecnológico para permitir o exame mais profundo de obras sem danificar a peça original.

A obra de 1642 foi registrada em várias fotografias menores para recriar uma imagem única com mais de 717 bilhões de pixels individuais, com espaçamento de 5 micrômetros. Para se ter uma ideia, um pixel mede menos que uma célula sanguínea do corpo.

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Uma câmera Hasselblad de 100 megapixels capturou todas as imagens menores e a IA foi usada para unificar as fotos em uma única. O desafio era juntar tudo com a necessária suavidade para não interferir na visualização do quadro.

O curioso é que essas imagens revelaram informações fascinantes sobre as técnicas de pintura usadas pelo mestre holandês. O mapeamento feito por uma inteligência artificial revelou que Rembrandt concebeu dezenas de detalhes da tela, como decorações de capacete e outras minúcias não visíveis a olho nu na pintura.

Um dos achados, por exemplo, foi na figura do cachorro, posicionado no canto inferior direito do quadro. O animal teria sido pintado com uma técnica de giz, algo inédito nos trabalhos do artista, e que não havia sido notado com tanto detalhamento.

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Usos da resolução de altíssima qualidade

Se você quiser olhar de perto o quadro, prepare-se para reservar um bom espaço no HD do seu computador: a imagem tem 5,6 terabytes. Mas você poderá ver no próprio site do museu Rijks e dar zoom em todos os detalhes para observar de perto toda a técnica de um dos maiores pintores da história.

Fotos como a do quadro "A Ronda Noturna" são consideradas Ultra-high-resolution (Ultra-alta resolução, em português) e abrangem todas as capturas com definições superiores a 400 megapixels.

Esse tipo de técnica foi criado para permitir exames mais detalhados de partes do sistema solar, analisar cenários muito detalhados ou reproduzir quadros de forma fiel.

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Fonte: Rijks Museum