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Chineses clonam porcos usando IA pela primeira vez

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 08 de Junho de 2022 às 18h00

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twenty20photos/Envato
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Pesquisadores da Faculdade de Inteligência Artificial da Universidade Nankai, na China, desenvolveram um novo método totalmente automatizado para clonar porcos. Segundo os cientistas, foi a primeira vez que sete leitões saudáveis clonados nasceram de uma mãe de aluguel sem qualquer intervenção humana.

A China é atualmente o maior produtor e consumidor de carne suína do mundo, com um rebanho superior a 400 milhões de animais. Cada habitante consome, em média, 35 kg da carne suína por ano, tornando o estoque do país insuficiente para atender a demanda e obrigando o governo a importar o produto de outros países.

“Nosso método automatizado de clonagem de porcos com inteligência artificial (IA) pode aumentar significativamente a população desses animais da China, tornando o país completamente autossuficiente na produção de carne suína nos próximos anos”, explica o professor de bioquímica Liu Yaowei, coautor do estudo.

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Clone robotizado

Os métodos atualmente usados ​​para clonagem de porcos na China requerem o envolvimento humano em várias etapas. Essa abordagem aumenta a chance de erro durante a transferência nuclear de células somáticas, pois exige que uma pessoa remova o núcleo do óvulo de um animal para introduzir essas células, que podem ser danificadas ou contaminadas durante o processo.

Segundo os pesquisadores, em comparação coma a clonagem de porcos operada por seres humanos, o sistema que utiliza robôs alimentados por inteligência artificial tem uma taxa de sucesso muito superior, já que eles dificilmente cometem erros ou danificam as células usadas durante a criação de um clone.

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“Nosso sistema alimentado por IA pode calcular com precisão a tensão dentro de uma célula e direcionar um robô para utilizar uma força mínima para completar o processo de clonagem, reduzindo o dano celular normalmente causado por mãos humanas”, acrescenta Yaowei.

Os pesquisadores agradecem

Como o processo de clonagem tradicional envolve horas de trabalho minucioso, os cientistas precisam passar muito tempo observando e manuseando células microscópicas, uma atividade tediosa e que, invariavelmente, acaba gerando vários problemas de saúde como dores crônicas nas costas.

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Com a implantação de um sistema automatizado de clonagem, os pesquisadores pretendem reduzir essa carga de trabalho, deixando que os robôs desempenhem funções maçantes e repetitivas. A ideia é aumentar a produção de carne suína no país, sem prejudicar a capacidade física de quem trabalha no laboratório.

“Esses problemas de estafa laboral e células danificadas podem se tornar coisa do passado com a implantação do nosso sistema. Ao aprimorar o processo, poderemos desenvolver kits de clonagem que serão adaptados por empresas que gostariam de eliminar os humanos da cadeia de produção de animais clonados”, encerra Liu Yaowei.