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Smart cities necessitam de iniciativas para políticas públicas eficientes

Por| 25 de Abril de 2022 às 10h00

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Envato / Faber14
Envato / Faber14

A governança em cidades conectadas é um tema que motiva discussões e análises em todo o mundo. Tanto que esta foi uma das principais temáticas debatidas no Smart City Expo Curitiba 2022, dentro dos painéis sobre o papel das políticas públicas em uma sociedade inteligente.

Uma das especialistas que vieram ao Brasil para o debate é Livia Schaeffer Nonose, especialista em tecnologia e inovação da UN-Habitat (Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos) na Espanha. Ela trouxe para discussão uma dúvida relevante quando falamos de smart cities: como levar o conceito de cidade inteligente para o dia a dia dos cidadãos e torná-lo relevante para as pessoas que vivem nessas cidades?

Para Livia, são cinco os pilares das smart cities centradas nas pessoas e o papel do poder público. “Compreender riscos é direito do povo e a tecnologia deve dar um ponto de vista para as pessoas, deixando claras as reais necessidades de quem habita a cidade. É preciso estabelecer um paralelo a quem não tem acesso à internet para que a marginalização não se perpetue. Há uma divisão digital com metade da população do mundo sem acesso à rede. O papel dos governos é identificar essas necessidades por meio de apurações e pesquisas.”

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Políticas públicas como as citadas são um tema complexo que necessita do envolvimento de todos para a mexicana Alejandra Núñez Aguilar, investigadora do Laboratório Nacional de Polícia Pública da Cidade do México. Ela é especialista em temas como complexidade e inovação, desafios atuais na gestão das cidades e a transição para novas soluções e serviços públicos e também esteve em Curitiba para a edição brasileira do maior evento de smart cities do mundo, chancelada pela Fira Barcelona.

"Os problemas públicos são como quebra-cabeças. Devemos achar soluções por meio da disciplina coletiva, para que todos possam participar e considerar a nossa forma de socializar. Por isso é tão importante desenvolver ferramentas e utilizá-las. A pergunta que devemos nos fazer é: se não nós, quem fará?”, indaga a investigadora.

Não podemos deixar de enfatizar ainda a participação das pessoas nas inovações e transformações em cidades inteligentes. Carolina Carrasco é diretora de pesquisa aplicada do Espacio Lúdico, no Chile, projeto que já revitalizou espaços públicos marginalizados em 78 cidades do país. Segundo ela, é fundamental que os cidadãos se envolvam no desenvolvimento das políticas públicas. Afinal, locais pouco utilizados podem ser transformados em espaços de convivência para crianças e adultos.

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Para isso, segundo a especialista chilena, é necessário a implementação de novos métodos que envolvam os cidadãos na criação de áreas urbanas e a participação ativa das pessoas para transformar o ambiente. "Um dos pilares que sustentam essa ideia é fazer com que os habitantes tomem decisões em conjunto com as instituições em prol de sua cidade. Esse método contribui para que pessoas com condições especiais sejam capazes de se incluir no meio urbano e social, dando ideias de plataformas de mobilidade inclusiva. Com iniciativas como esta pretendemos criar um espaço lúdico para todos os habitantes.”

Networking em inovação

Durante dois dias, o Smart City Expo Curitiba 2022 reuniu representantes de 350 prefeituras do Brasil e exterior, além de mais de 50 empresas em estandes na área de exposição e um público de 10,2 mil pessoas. Com as Rodadas de Negócio, em que agentes públicos e da iniciativa privada são conectados para fomentar o empreendedorismo em inovação, foi gerado R$ 40 milhões em potencial de negócios.

O evento também recebeu parte da programação do encontro da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), além do lançamento da Frente Parlamentar do Congresso Nacional para o Desenvolvimento de Cidades Inteligentes (FP Smart Cities). Outro lançamento feito no evento foi a nova marca Ligga Telecom, que vai operar os serviços de 5G no Paraná, em São Paulo e na Região Norte.

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É uma satisfação para nós poder fomentar pela terceira vez esse ambiente de networking em inovação entre o poder público, a iniciativa privada e a academia.