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Drones equipados com sensores especiais podem revolucionar a arqueologia

Por| 24 de Novembro de 2017 às 16h35

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A tecnologia vem transformando diversos segmentos, e a arqueologia, que estuda terrenos em busca de preciosidades da história do planeta e da humanidade, agora pode contar com drones fotográficos para aprimorar ainda mais essas pesquisas. É o que vem fazendo Jesse Casana, da Universidade de Dartmouth, nos Estados Unidos.

Ele decidiu usar um drone equipado com sensores especiais para estudar um terreno em New Hampshire, procurando rochas antigas datadas de 1790. Esses sensores contam com uma câmera de imagem térmica e instrumentos de mapeamento. Essa câmera é capaz de identificar restos de antigos edifícios e estruturas soterradas, já que as temperaturas de materiais como tijolos ou pedras costumam ser mais altas do que as do solo.

Usando o drone, o pesquisador levou alguns minutos para analisar uma área que levaria meses para ser explorada com métodos tradicionais. Há décadas, arqueólogos usam fotografias aéreas e imagens de satélite para mapear e descobrir novos sítios que podem conter antiguidades soterradas, e a chegada dos drones fotográficos tem resultado em novas descobertas significativas. E, agora, com drones equipados com sensores, a arqueologia pode atingir um novo patamar.

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O pesquisador começou a experimentar esta inovação em 2012, graças a uma bolsa fornecida pelo National Endowment For The Humanities. Dois anos depois, testou o drone em uma área do Novo México, onde vive um povoado indígena. Uma dúzia de compostos de uma casa antiga e uma estrutura circular, que poderia ser usada para cerimônias públicas, foram descobertas somente com o uso do drone especial.

De acordo com a experiência de Casana, essa tecnologia se provou um sucesso especialmente em locais áridos, sem muita vegetação e onde estruturas soterradas estão próximas da superfície. Já para o caso de áreas cobertas por florestas, o drone não se mostrou lá muito útil. Ainda assim, especialistas estão empolgados com o aparelho. Para Mark Schurr, professor de antropologia da Universidade de Notre Dame, "sempre que temos uma nova técnica de imagem que não inclui escavação – que é cara e destrutiva –, é sempre uma vantagem pois isso nos permite ver coisas novas".

Fonte: Phys.org, Dartmouth