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Digital Tudo – Uma epopeia cibernética

Por| 01 de Novembro de 2019 às 07h00

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Reprodução
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Era 1732. Dois trabalhadores da indústria têxtil chamados Basile Bouchon e Jean-Baptiste Falcon, cansados do trabalho repetitivo na confecção de tecidos, criaram um cartão perfurado que permitiu semi-automatizar o processo de fabricação de tecidos. Foi o primeiro sistema baseado em informações binárias, foi o tímido surgimento do Bit.

O Bit é o “Bóson de Higgs” do mundo digital. É a partícula de Deus da Matrix. É a origem do universo cibernético. Tal qual as partículas “Bóson de Higgs” permitiram a criação do universo, o surgimento da vida, a evolução das espécies e a formação de vida consciente, os Bits permitiram a criação do universo digital e sua evolução.

Quase 3 séculos depois, Basile e Jean-Baptiste não fazem ideia do quão revolucionária essa invenção foi:


ATO 1 – INFORMAÇÃO DIGITAL

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Nos primórdios, os bits permitiram a simples representação de informações. Os números, as letras, as notas musicais, as cores e outras informações básicas passaram a ser representadas por combinações binárias. Surgia neste momento o DNA do universo digital.

Mas o que poderíamos fazer com essa informação? Como poderíamos manipular e operar essas informações? E fez-se a luz... ou melhor, fez-se a computação. Baseado no conceito binário, mas utilizando pulsos elétricos ao invés de cartões perfurados, o mundo foi agraciado com a criação do computador, que nada mais é que um dispositivo eletrônico capaz de interpretar os bits e executar funções e operações matemáticas com eles através de componentes eletrônicos.

Os pulsos elétricos, ora com baixa voltagem (1volt), ora com alta voltagem (5volts), representam os 2 estados de um bit (0 ou 1). Cada pulso representa um bit, e um grupo de bits compõe uma informação. E voi-lá... surgiu o universo digital! Números, Textos, Cores, Sons, Imagens. Agora, todo tipo de informação pode ser armazenada de forma digital!


ATO 2 – OPERAÇÕES DIGITAIS

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Mas o que fazer com a informação digital? E apareceram os programas de computador! Planilhas eletrônicas, calculadoras, editores de texto, sistemas corporativos, jogos, etc ... Toda uma era (no mundo digital, uma era são alguns poucos anos) voltada para a criação de aplicações que permitiam aos humanos manipular, transformar e consolidar as informações digitais. Sempre de forma perfeita, rápida e eficiente.

Mas nós, humanos, não precisamos ficar tristes. Nem sempre ser perfeito é uma boa coisa.


ATO 3 – COMUNICAÇÕES DIGITAIS

O mundo digital estava progredindo numa velocidade comedida, mas o ser humano é um organismo que se comunica, e resolveu que os computadores deveriam se comunicar. Apareceram então as redes de computador, que permitiram a transmissão de informações de um lado para outro.

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Mas não contentes, resolvemos interligar todos os computadores do mundo. Sim... a Internet!

E de repente, podemos trocar informações com qualquer pessoa no mundo em tempo real. Videoconferências, conversas por voz, troca de mensagens, envio imagens e vídeos, compras, pesquisas e tudo mais que você já faz na Internet hoje.


ATO 4 – TRANSFORMAÇÃO DIGITAL

E eis que os sistemas computacionais começaram a ficar muito complexos e difíceis de mexer devido à grande quantidade de informações e à gigantesca quantidade de funções implementadas. E eis que começaram a surgir sistemas interconectados, disponíveis online, para uma grande quantidade de usuários diversos. Todos sem manual de instruções.

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Tudo isso junto, misturado, e em tempo real. Praticamente uma torre de Babel virtual.

Começaram então a aparecer sistemas online mais modernos, integrando empresas e serviços, e que vêm substituindo os processos antigos (normalmente um híbrido entre operações digitais e analógicas) por processos novos, totalmente digitais, que utilizam dispositivos móveis e sensores, entre outros, para agilizar e facilitar a vida para nós, humanos.

São bilhões de sensores captando informação sobre tudo e sobre todos (serão 100 trilhões de sensores até 2030), sistemas analíticos de apoio à tomada de decisão, análise e automação inteligente, impressão 3D, Internet das Coisas, e inúmeras outras tecnologias.


ATO 5 – ARMAZENAMENTO DIGITAL

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E de repente a quantidade de informações foi ficando grande. Levar essas informações de um lado para o outro ficou complicado! 1 disquete... 10 disquetes... 40 disquetes... Zip Drive, Pen Drive, HD externo... E fez-se a Nuvem.

Ahh...a Nuvem!! A Nuvem é o grande porão virtual. É onde guardamos toda nossa vida digital. Fotos, e-mails, documentos, músicas, vídeos. Também é onde guardamos as informações e sistemas corporativos. Tudo em sistemas remotos e virtuais, acessíveis através da Internet, e acessíveis somente por usuários devidamente autenticados.


ATO 6 – SERVIÇOS DIGITAIS

E então as pessoas passaram a colaborar, a compartilhar, a assinar serviços digitais. Passamos a viver mais tempo conectados do que juntos de pessoas próximas. YouTube e Netflix substituíram a TV, Spotify os CDs, OLX o Primeira-Mão, Airbnb os hotéis, Uber os automóveis... e a lista não para por aí. A cada dia surgem novos serviços digitais que substituem ou se acoplam e potencializam algum serviço analógico.

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Não é à toa que, atualmente, ter bateria no celular e acesso à internet são necessidades básicas do ser humano.


ATO 7 – NEGOCIAÇÃO DIGITAL

Pronto! Agora dependemos mais do que nunca do universo digital. Compramos, consumimos, nos comunicamos e trabalhamos online. Vivemos num ambiente hiper-conectado, mas que ainda apresenta problemas de privacidade, de segurança da informação, de confiança.

E dessa escuridão surge o Blockchain! Um algoritmo computacional capaz de garantir transações bi-direcionais com privacidade e segurança, isentas de fraude. E mais uma vez, fez-se a luz!!

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Agora será tudo virtual: assinaturas de contrato, votação eleitoral, transações bancárias, retenção de direitos autorais, compra e venda de imóveis e muitas outras coisas.

E a Internet não será mais um conjunto de informações, e sim um conjunto de ativos e bens. Dinheiro, Música, Artes, Energia, Negócios, Votos, Mercado Financeiro,...


ATO 8 – BIOLOGIA DIGITAL

E todas as coisas passam a ser, todas as coisas passam a estar digitais. E se podemos digitalizar músicas, vídeos, números e textos, porque não podemos digitalizar plantas, material orgânico, seres vivos, o clima, a Terra?

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Imaginem a possibilidade de digitalizar o DNA de um pé de alface, recria-lo digitalmente, e simular no computador o crescimento deste pé de alface em diferentes ambientes, usando informações de clima do Mundo todo para identificar o melhor lugar para se plantar esse alface?

E se existisse uma caixinha que permitisse simular essas diversas variações de clima de forma real e controlada, trazendo o clima de qualquer parte do mundo para o seu laboratório? E se pudéssemos cultivar o melhor alface do mundo nessa caixinha, em qualquer lugar do mundo?

E se você pudesse comprar um bem de consumo projetado inteiramente por um computador, mas baseado em observações e conhecimentos sobre o mundo orgânico?

Sim... isso e muito mais está começando a acontecer!

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ATO 9 – CONSCIÊNCIA DIGITAL

E se pudéssemos transferir a nossa consciência, o nosso cérebro para dentro de um computador?

Imortalidade, compartilhamento infinito de conhecimento, evolução na velocidade da luz, aprendizado instantâneo...

“I know Kung-fu !!” – Neo (os entendedores entenderão)

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ATO 10 - DIGITAL TUDO

Matrix!

(Se você não assistiu a esse filme, assista! Esse filme resume tudo, e 20 anos depois continua sendo o melhor filme de todos os tempos.)

Obs: Essa história foi baseada em fatos reais e inspirada nas visões de Peter Diamandis (Singularity University), Joichi Ito (MIT), William Ury (Harvard), Caleb Harper (MIT), Don Tapscott (Blockchain Revolution), Neo, Morpheus, Trynity e tantos outros pensadores, futuristas, pesquisadores e empreendedores imersos no universo digital.