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A digitalização dos mercados demanda mais profissionais de TI

Por| 24 de Dezembro de 2020 às 10h00

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Reprodução / Salesforce
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Filas, cadastros, assinar documentos para lá e pra cá, transferências bancárias com pagamentos de taxas… Nossa vida antes da pandemia parecia totalmente analógica em relação ao momento que estamos vivendo hoje. Até a forma como lidamos com o consumo digital tem mudado bastante, e os números mostram bem essa nova realidade: 57% dos brasileiros estão comprando mais online agora do que antes da pandemia, de acordo com um estudo do Google. Um fato é certo: a fronteira que separa os brasileiros do contato com o digital, mesmo diante das dificuldades de acesso à tecnologia, vem diminuindo.

A manobra para digitalização dos mercados foi extremamente importante em 2020. Observamos muitas empresas, de diferentes portes, se automatizarem e buscarem a criatividade e inovação para não fecharem as portas. O simples fato de levar roupa na lavanderia se tornou digital, com aplicativos de lavanderia on demand nos quais o cliente faz todo o processo online e só tem o trabalho de separar as roupas sujas e recebê-las até mesmo passadas.

O setor alimentício foi o que mais sofreu impacto com a pandemia, e aplicativos como Rappi, Ifood e Ubereats se tornaram grandes aliados dos consumidores que não podiam sair de casa. Cresceram, juntos, 94,67% entre os meses de abril e junho, maior pico da pandemia, de acordo com a Mobills, startup de gestão de finanças pessoais, que analisou dados de mais de 160 mil usuários.

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E a maneira como lidamos com o nosso dinheiro e a relação com os bancos? Aqui, temos uma mudança exponencial. Com a chegada do PIX, novo sistema de pagamento instantâneo do Banco Central, que permite que transferências bancárias sejam feitas a qualquer hora do dia ou que pagamento seja feito via QR Code, os meios digitais estão se modernizando cada vez mais para otimizar e trazer maior experiência aos clientes.

Hoje, o país já conta com mais de 800 fintechs, segundo o Distrito Fintech Report, levantamento realizado pela empresa de inovação Distrito. Do ano passado até setembro, o setor cresceu 34% no país e foi responsável por atrair US$939 milhões em aportes durante o mesmo período. Com o boom das fintechs e a digitalização dos bancos tradicionais, a expectativa é de que haja atração de dois importantes públicos: o jovem, que está começando a se relacionar com finanças, e os desbancarizados, que, de acordo com o IBGE, são mais de 45 milhões de pessoas.

Quando falamos em mais digitalização de processos, precisamos também pensar em uma infraestrutura adequada, que, além de máquinas e tecnologias mais avançadas, demanda pessoas qualificadas para as funções. O mercado de TI é um dos que mais tem oportunidade — isso não é novidade —, mas a forma como preparamos e capacitamos talentos deve ser vista como prioridade nas organizações. De acordo com um levantamento da Brasscom, são mais de 1,5 milhão de profissionais de TI em todo o país, que desenvolvem sistemas, aplicativos, cuidam da segurança dos dados, conectam pessoas às máquinas, e que também trabalham em outros segmentos como bancos, seguradoras, empresas de telecomunicação.

Investir em tecnologia da informação é essencial em momentos de pandemia e será mais ainda no pós-COVID. A aceleração na adoção e na manutenção de projetos de inovação é vital em todos os mercados se o Brasil quiser se tornar um país digital.