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Por que dados precisam cruzar fronteiras e por que você deveria se importar

Por| 12 de Junho de 2017 às 13h15

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Por que dados precisam cruzar fronteiras e por que você deveria se importar
Por que dados precisam cruzar fronteiras e por que você deveria se importar

* Por Antonio Eduardo Mendes da Silva (Pitanga)

Imagine que você está em Londres, de férias, e vai pagar pelo almoço com o seu cartão de crédito. Como será que o software da empresa de cartões e do seu banco saberá que não se trata de uma transação fraudulenta? Graças aos dados. Em uma fração de segundo, eles analisam a compra e o local e podem interromper o processo se identificarem uma provável fraude. Se tudo estiver certo, a transação segue adiante. A facilidade dos cartões de crédito só é possível graças aos fluxos de dados entre fronteiras, assim como o rastreamento de encomendas, a previsão do tempo ou a compra de roupas online, entre inúmeros outros exemplos.

Eles mostram como o movimento ou a transferência de informações entre servidores separados por fronteiras nacionais é essencial para a economia global. Cada um, desde indivíduos a grandes corporações, depende da transferência de dados. Eles precisam de liberdade de movimento para que você possa ter acesso a informações e serviços, onde quer que você esteja.

Tal liberdade é mandatória porque os provedores de serviços de dados não constroem data centers em cada cidade ou nem mesmo em cada país. Eles são construídos em locais estratégicos - onde podem oferecer o melhor serviço possível aos clientes, onde o custo-benefício é melhor ou onde a demanda é maior. Para que os dados possam ser usados no mundo todo, eles precisam cruzar as fronteiras nacionais tendo os data centers como vetores.

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Em um nível mais geral, empresas de todos os setores usam dados para se projetarem em mercados globais. Digamos que uma empresa de varejo esteja se expandindo para o Japão e a Coreia do Sul. Graças aos fluxos de dados entre fronteiras, a sede da empresa pode gerenciar clientes e cadeias de fornecimento e realizar pesquisas de mercado a partir de informações provenientes de diversos escritórios.

Apesar de todos esses benefícios, o futuro dos fluxos de dados entre fronteiras é incerto, já que não há um conjunto global de regras comerciais que especifique com clareza a necessidade da liberdade de movimentação de dados ao redor do mundo. Incentivos econômicos e preocupações com privacidade têm levado alguns governos a promover a restrição dos fluxos de dados. Não podemos deixar que isso aconteça. Estamos passando por uma revolução de dados. Com a ascensão da inteligência artificial e da Internet das Coisas, nosso mundo é cada vez mais conectado pelo compartilhamento de dados, assim como nossa economia. Não importa se você está pagando pelo almoço nas férias ou expandindo seu negócio.

* Antonio Eduardo Mendes da Silva (Pitanga) é country manager da BSA no Brasil