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Pesquisas da Fundação Linux prometem mudar a internet como a conhecemos

Por| 30 de Agosto de 2018 às 08h39

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Pesquisas da Fundação Linux prometem mudar a internet como a conhecemos
Pesquisas da Fundação Linux prometem mudar a internet como a conhecemos

A Fundação Linux pode estar por trás de uma verdadeira revolução dos ambientes de rede. Quem afirma isso é Will Townsend, analista sênior da empresa de pesquisas Moor Insights & Strategy, em artigo publicado na Forbes.

De acordo com o analista, a Fundação está atualmente trabalhando em uma série de projetos com o intuito de aproximar vendedores, operadores, usuários e provedores de serviço de internet. Entre as principais iniciativas estão a ONAP (Open Network Automation Platform, ou Plataforma de Automação em Rede Aberta, em tradução livre) e a DPDK (Data Plane Development Kit, ou Kit de Desenvolvimento de Plano de Dados, em tradução livre).

Normalmente batizadas com o nome de uma cidade, as ONAPs têm como objetivo a automação em tempo real das funções de redes físicas e virtuais de uma empresa. O lançamento oficial da primeira dessas redes, batizada de Amsterdam, ocorreu no terceiro trimestre de 2017 e forneceu uma arquitetura unificada para automação de uma rede de circuito fechado. Esse caso inicial teve foco no uso de serviços de Voz sobre LTE (VoLTE) e vCPE, ambos capazes de aumentar a agilidade dos serviços do provedor e gerarem grande economia para as empresas em médio/longo prazo. O destaque desse programa foi que, desde a implementação inicial até o lançamento oficial da solução, passaram-se apenas 8 meses — um tempo muito curto para a implementação de um dispositivo de rede desse porte, tornando as ONAPs ainda mais atrativas para o uso em grandes empresas.

Já o DPDK não é uma criação da Linux Foundation, mas um esforço criado pela Intel no início da década de 2010 e que em 2017 se tornou um dos projetos de pesquisa da organização. Ao operar em alto nível, essa tecnologia acelera o processamento de pacotes de dados em uma grande variedade de arquiteturas de CPU. O objetivo é melhorar o desempenho da rede como um todo, criando lógicas de criptografia melhores e otimizando as aplicações de baixa latência que necessitam de respostas na maior velocidade possível.

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A intenção do projeto é aplicar em modens sem fio a mesma capacidade transformativa de velocidade que as redes 5G serão para a internet móvel. Para isso, mais de 25 empresas estão ajudando a Fundação na pesquisa, pois o aumento do consumo de conteúdos em vídeo e streaming em redes sem fio torna urgente a utilização de melhores técnicas para comprimir esses dados e manter a maior qualidade e fidelidade possível, e o DPDK aparenta estar pronto para contribuir nesse quesito.

Ainda que nenhuma dessas tecnologias possua uma janela de lançamento para o público em geral, o encaminhamento das pesquisas sobre elas mostra que isso deve ocorrer dentro dos próximos anos.

Fonte: Forbes