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Oi apresenta terceiro plano para evitar falência

Por| 12 de Outubro de 2017 às 15h37

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A operadora de telecomunicações Oi segue em sua tentativa de encontrar uma solução para a sua enorme dívida financeira que ameaça o funcionamento da empresa. Em sua terceira (e talvez última) versão do plano de recuperação judicial, a operadora propôs limite de 25% à conversão de dívida em ações, número muito abaixo do desejado pelos detentores de títulos da companhia. A protocolação do plano foi realizada nesta quarta-feira (11) na Justiça do Rio de Janeiro.

A análise da proposta deverá ser feita por milhares de credores que se reunirão em uma assembleia marcada para o dia 23 de outubro. A terceira versão da proposta já foi aprovada na última semana pelo Conselho de Administração da empresa e conta com injeção de pelo menos R$ 9 bilhões na Oi. Uma segunda convocação também foi marcada com previsão para 27 de novembro.

Caso o plano da empresa não seja aceito, a falência da companhia poderá ser decretada. O aporte de R$ 9 bilhões que poderá iniciar o salvamento da Oi serão divididos entre acionistas, detentores de títulos de dívida e um terço poderá vir de conversão de debêntures em ações.

O novo plano propõe dividendos a serem distribuídos somente após seis anos, sendo que posteriormente eles serão distribuídos apenas se o índice sobre a dívida líquida sobre Ebitda for inferior a 2 vezes. A proposta anterior previa uma distribuição de dividendos apenas se o índice ficasse abaixo de 2,5 vezes.

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Iniciado em junho de 2016, o processo de recuperação judicial da Oi tornou-se o maior da história do país. A Oi conta atualmente com cerca de 55 mil credores e uma dívida que ultrapassa os R$ 65 bilhões.

Com o objetivo de buscar uma saída que evite a necessidade de intervenção na companhia, o Palácio do Planalto ordenou a criação de um grupo de trabalho que será liderado pela Advocacia-Geral da União. Este grupo será responsável por encontrar soluções para as dívidas da Oi com entidades públicas, que inclui as multas da Anatel. De acordo com a ministra da Advocacia-Geral da União, Grace Mendonça, haveria a possibilidade de negociar um acordo referente às dívidas para converter parte das multas em investimentos, além de alongar os prazos para pagamentos como é pretendido pela Oi em seu plano de recuperação.

Fonte: Folha