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Tudo que você precisa saber sobre o Intel Core i7-6950X e seus 10 núcleos

Por| 21 de Junho de 2016 às 23h13

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Tudo que você precisa saber sobre o Intel Core i7-6950X e seus 10 núcleos
Tudo que você precisa saber sobre o Intel Core i7-6950X e seus 10 núcleos
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Processadores da série Extreme da Intel são sempre muito bem recebidos. E não é para menos, já que são os modelos mais potentes disponíveis para o consumidor final, o que há de melhor para entusiastas e gamers hardcore, resultado do aprimoramento do processo de fabricação da empresa, que possui fábricas próprias. Mais interessante ainda, é o primeiro modelo fabricado em 14 nanômetros, o que permitiu a incorporação de 10 núcleos mantendo a mesma TDP da geração anterior.

Com a proposta de ser o melhor processador do mercado e trazendo um preço alto de US$ 1.700 (quase R$ 6.000 em uma conversão direta sem taxas ou impostos), o que será que ele tem de especial? Vamos saber nas próximas linhas. Mas, antes, vamos entender melhor a série de processadores Extreme da Intel.

A série Extreme Edition é apenas um modelo desbloqueado?

A grande maioria dos processadores da AMD possuei um multiplicador de clock destravado, permitindo um enorme controle das frequências de cada modelo. Em outras palavras, permite que o usuário customize as características originais do modelo, seja fazendo overclock para alcançar resultados melhores em jogos e aplicações profissionais, seja diminuindo as tensões e estágios de energia para alcançar uma máquina mais fria e energeticamente eficiente, o que resulta também em um redução no nível de ruído dos fans e coolers.

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É muito mais do que o multiplicador de clock destravado. Trata-se de um modelo completamente customizável, desde a sua frequência de operação final até os mais diversos detalhes de tensão e alimentação energética.

Já nos modelos da Intel, a grande maioria dos modelos é travada, limitando a experiência de uso do usuário às especificações originais de fábrica. Os poucos modelos destravados ficam basicamente restritos aos modelos Core i5 e Core i7, isso em qualquer geração, e são identificados com a letra "K" ao final da nomenclatura do modelo, a mesma que identifica os modelos destravados das APUs da AMD (como o A10-7850K). Já os modelos Extreme Edition trazem a letra "X", assim como a série FX da AMD, então essa série de processadores Intel tem basicamente as mesmas características da linha FX, certo? Então por que custa tão caro?

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Porque não é isso que acontece. Enquanto a AMD apenas possibilita o controle dos recursos de sua CPU, os modelos Extreme Edition da Intel são completamente diferentes. Olhando as frequências de operação do Intel Core i7-6950X (base de 3,0 GHz), parece que o diferencial fica apenas para a quantidade de núcleos, mas é um pouco mais técnico do que isso. Sim, o fato de ele ter 10 núcleos e 20 threads já o coloca em uma posição única aos modelos da AMD, que não conta com um modelo com tantos núcleos no segmento consumer. Pelo menos até a chegada da linha Zen.

Em outras palavras, é o melhor que a Intel tem para o consumidor entusiasta no momento, o que já começa a explicar o seu preço.

Um outro ponto importante é que, apesar de o Intel Core i7-6950X ter a nomenclatura que sugere pertencer à sexta geração (Skylake), ele pertence à quinta geração (Broadwell). O motivo? Ele é resultado do aperfeiçoamento do processo de fabricação da geração anterior, o que permite que a Intel use as suas melhores tecnologias para criar uma versão Extreme Edition. Entre essas características, está a possibilidade de usar a maior quantidade de núcleos possível. Todos os modelos Extreme Edition pertencem à geração anterior, como o Core i7-5930K, que ainda usa uma litografia de 22 nanômetros.

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Agora já temos informações o suficiente para entender por que o Intel Core i7-6950X é o chip consumer mais potente do mercado.

O que o Intel Core i7-6950X tem de especial?

O primeiro ponto é que se trata da primeira CPU Extreme Edition da Intel construída em um processo de 14 nanômetros. Esse fato, por si só, já permite usar dois núcleos extras, impactando diretamente no desempenho final do processador. Mais do que isso, permite que cada núcleo conte com uma quantidade muito maior de transistores, o que pouco tem a ver com a frequência final de operação, mas sim com a quantidade de operações por ciclo de clock (OCC). Em outras palavras, a eficiência single-core de cada um dos núcleos é superior, algo em que a Intel é reconhecidamente superior à AMD.

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Mesmo os processadores destravados "comuns" da Intel trazem no máximo 16 linhas PCI-Express, o que limita o setup de placas de vídeos no máximo com duas em configuração 8x. Enquanto isso, o Extreme Edition começa com 28x. Além disso, os modelos "Mainstream" e "Performance Unlocked" são limitados a 4 núcleos e 8 threads.

Não somente em relação à AMD, mas também aos próprios processadores "normais" da Intel. Em números, o Intel Core i7-6950X tem nada menos do que 4,7 bilhões de transistores, contra "mero" 1,75 bilhão no caso dos modelos quad-core da geração Skylake. São 168% mais transistores, não sendo diretamente proporcional à adição de 150% mais núcleos, sem deixar de considerar também que os modelos Extreme Edition não contam com gráficos internos, que ocupam uma boa porcentagem do total de transistores dentro dos processadores, tanto GT2 quanto GT3.

Essa quantidade maior de transistores significa, na prática, que os núcleos do Core i7-6950X não são os mesmos dos Core i7 "normais", não existindo uma proporcionalidade entre desempenho final e as características internas de cada um deles (eficiência por clock, frequência de operação, etc). Um dos pontos que mais evidenciam isso é que o Core i7-6950X tem absurdos 25 MB de cache L3, ou 2,5 MB por núcleos, enquanto o Core i7-6700K tem 2 MB por núcleos (8 MB no total).

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O Core i7-6950X usa o mesmo chipset X99 da geração Extreme Edition anterior, trazendo os mesmos recursos. Isso não chega a ser um problema, já que suporta as tecnologias mais modernas disponíveis no momento.

Jogos, em especial, se beneficiam consideravelmente da quantidade extra de cache L3, e a enorme quantidade presente no Core i7-6950X já começa a explicar o seu altíssimo preço, já que é um componente extremamente caro. Além de mais transistores, eles são, digamos, mais "saudáveis". Como dissemos no item anterior, essas são CPUs resultadas do aperfeiçoamento do processo de fabricação, o que gera um potencial de overclock muito maior, além de mais estabilidade ao rodar em frequências mais altas.

Modelos (e para quem é cada modelo)

Ainda que o carro-chefe seja o Core i7-6950X, ele não é o único modelo Extreme Edition anunciado pela Intel. Como costuma acontecer, há um modelo que representa o que há de melhor para o mercado consumer e versões mais acessíveis, ainda que não propriamente baratas:

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  • Intel Core i7-6950X: 10 cores (20 threads) rodando a 3,0 GHz (Turbo Boost até 3,5 GHz); 25 MB de cache L3; 40 linhas PCI Express; - Preço: ~US$ 1700
  • Intel Core i7-6900K: 8 cores (16 threads) rodando a 3,2 GHz (Turbo Boost até 3,7 GHz); 20 MB de cache L3; 40 linhas PCI Express; - Preço: ~US$ 1070
  • Intel Core i7-6850K: 6 cores (12 threads) rodando a 3,6 GHz (Turbo Boost até 3,8 GHz); 15 MB de cache L3; 40 linhas PCI Express; - Preço: ~US$ 620
  • Intel Core i7-6800K: 6 cores (12 threads) rodando a 3,4 GHz (Turbo Boost até 3,6 GHz); 15 MB de cache L3; 28 linhas PCI Express; - Preço: ~US$ 430

Todos os modelos usam o soquete LGA 2011-v3, trabalham com a mesma TDP de 140 watts e suportam nativamente memória DDR4 rodando até 2400 MHz, já previstos no chipset X99, o mesmo utilizado para a geração anterior da série Extreme Edition, codinome Haswell-E de 22 nanômetros. Repararam que o preço decresce consideravelmente de modelo para modelo? Isso não acontece sem motivo. A relação custo-benefício aumenta, mas os recursos são cortados de forma quase equivalente.

Os novos modelos trazem a mesma tecnologia de transistores 3D da Intel, novidade na linha Broadwell, sendo a primeira vez que a empresa cria um modelo Extreme Edition com litografia de 14 nanômetros.

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Os três primeiros, por exemplo, suportam até 40 linhas PCI-Express, suportando duas placas de em configuração x16 com tranquilidade. Ou seja, os 3 são recomendados para configurações extremas, utilizadas para quem usa várias placas de vídeo, suportando até 5 em setups de x8. Já o Core i7-6800K traz 28 linhas, o que ainda é mais do que o oferecido pelo Core i7-6700K (16 linhas PCIe), mas já inviabiliza duas placas de vídeo com x16, ainda que suporte até 3 placas x8

Do i7-6950X até o i7-6850K há uma redução na quantidade de núcleos, o que acontece na mesma proporção na quantidade de cache L3, mas a relação cache/quantidade de núcleos permanece constante (2,5 MB por núcleo). Novamente, ainda é uma relação melhor do que o Core i7 "comum", que traz 2 MB de cache por núcleo. Na prática, para o segmento entusiasta, o i7-6950X é o novo modelo, enquanto o i7-6900K é o equivalente ao i7-5960X. Como se trata do mesmo chipset e mesma quantidade de núcleos (assim como cache L3), não vale a pena fazer o upgrade, sendo uma boa opção somente para quem ainda não migrou para os modelos entusiastas e não faz questão de pagar 70% a mais no i7-6950X.

Desde a primeira geração Extreme Edition, os modelos tinham, no máximo, 6 cores e 12 threads, algo que mudou somente no Haswell-E (8 cores e 16 threads), chegando a 10 núcleos e 20 threads no Broadwell-E.

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A diferença entre o i7-6850K e o i7-6800K, em relação à escolha do usuário, se deve mais ao número de placas de vídeo do que às especificações do processador em si. O clock dos dois é quase completamente irrelevante para o usuário final, já que é uma diferença facilmente compensada (ou mesmo ultrapassada) por overclock, lembrando que os 4 modelos são projetados exatamente para isso. Os cerca de US$ 200 de diferença entre um e outro acabam sendo somente a quantidade de linhas PCI Express (40 no i7-6850K e 28 i7-6800K), determinando o setup de placas de vídeo que o usuário terá à disposição.

Conclusão

Essa nova geração da linha Extreme Edition mantém a Intel no topo do pódio no segmento de alto desempenho para o público consumer de forma inquestionável. Não se trata de uma pequena diferença em relação aos modelos da AMD – que não possui um produto sequer para concorrer com a Intel na ponta extrema. Mesmo o FX-9590, com oito núcleos e 5,0 GHz de clock turbo mal compete diretamente com o i7-980X (Extreme Edition de 2010), mesmo com gerações de diferença entre um e outro (ver os benchmarks de ambos no link do CPU Boss abaixo).

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Isso se traduz diretamente no preço final, naturalmente. É claro que o Core i7-6950X é um chip extremamente caro de produzir, mas a margem de lucro da Intel é consideravelmente maior, já que ela não está mirando no consumidor comum. O foco são os usuários avançados, que buscam o que há de melhor sem se preocupar com o preço.

Mesmo custando US$ 1.700 (isso sem os impostos americanos), ele representa uma porcentagem não tão alta assim no custo final da máquina – que geralmente traz diversas placas de vídeo de última geração, uma quantidade enorme de memória RAM também de última geração, e assim por diante. O i7-6950X não foi feito para um PC "ok", ou mesmo "bom", mas sim para a melhor configuração possível, que consome facilmente mais de 1000 watts, isso sem considerar o overclock dos componentes.

Mesmo sendo um preço alto, ainda é apenas uma parcela do custo final de uma máquina entusiasta, valor que pode ser realmente alto no Brasil, mas não chega a ser "acessível" em lugar nenhum do mundo.

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Mesmo em uma conversão direta para o Real e sem considerar tantos impostos, ele é bem inacessível para o público brasileiro, e considerando o preço que o Extreme Edition da geração anterior chegou no Brasil (cerca de R$ 7.000 nas primeiras versões, isso considerando que ele custava US$ 1.000 no mercado americano), já dá para imaginar o preço que ele chegará por aqui. Já chegamos a montar a melhor máquina possível no Brasil, que saía pela bagatela de R$ 77.555, isso com o processador participando com apenas R$ 7.000. Se atualizarmos todos os componentes, colocando não somente o Core i7-6950X, mas também todos os outros (como a Radeon Pro Duo da AMD), dá para imaginar quanto custaria uma máquina entusiasta no Brasil?

Fonte: Intel ARK (Intel Core i7-6950X), 6th Generation Intel® Core™ Processor Family Datasheet, Vol. 1 e Vol. 2, CPU Boss (Core i7 -980X vs FX-9590),