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Fujitsu começa a produzir memórias NRAM, até mil vezes mais rápidas que o DRAM

Por| 31 de Agosto de 2016 às 23h30

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Fujitsu começa a produzir memórias NRAM, até mil vezes mais rápidas que o DRAM
Fujitsu começa a produzir memórias NRAM, até mil vezes mais rápidas que o DRAM
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A Fujitsu aproveitou a manhã desta quarta-feira (31) para anunciar o início da produção em massa de um novo padrão de memória de acesso randômico. Chamado de Nano-RAM, ele promete ser até mil vezes mais rápido que o padrão DRAM, utilizado para fabricar os chips atuais, além de poder funcionar como NAND, a memória flash vista em pendrives e SSDs.

O padrão batizado comercialmente como NRAM deve ganhar o mercado corporativo em breve, mas só chegará ao usuário comum em 2018, quando a Fujistsu desenvolver o padrão dentro da interface DDR4, aquela que os PCs mais recentes e potentes utilizam. Apesar de fabricar e vender o novo padrão, a companhia japonesa não é a verdadeira responsável pelo desenvolvimento da tecnologia, sendo a Nantero a real responsável pelas patentes e pelo licenciamento do novo padrão.

(Foto: Divulgação/Nantero)

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Segundo a própria Nantero, a Fujitsu é a maior produtora a trabalhar com os chips no momento, mas outras sete companhias espalhadas pelo mundo, junto de mais empresas anônimas, já produziam a NRAM há algum tempo para fins de testes. Inicialmente, a NRAM deve ser utilizada apenas em centros de dados e servidores, porque tem um comportamento instável e ocupa bastante espaço físico, o que a Fujitsu prometeu resolver com novos estudos sobre a tecnologia.

Atualmente produzido num processo de 55 nanômetros (1nm equivale a um bilionésimo de metro), os chips feitos pela Fujitsu só conseguem armazenar dados na casa dos megabytes, mas isso deve mudar quando a empresa passar a produzir chips em 40nm, já que conforme o conjunto fica menor, melhor os nanotubos de carbono trabalham — e eles são a base da tecnologia.

Os nanotubos utilizam o padrão binário para transmitir informações. (Foto: Reprodução/Nantero)

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Não é de hoje que a indústria trabalha para reduzir o gargalo de dados criado por memórias não voláteis — o NAND usado em SSDs é um exemplo desses esforços, sendo indubitavelmente mais rápidos que os já ultrapassados discos rígidos. Embora bastante ágeis, os SSDs ainda são extremamente lentos quanto comparados ao fluxo de dados da memória RAM, e caso a nano-RAM seja realidade em pouco tempo, é provável que teremos uma RAM que não só será ultrarrápida, como será capaz de reter dados e armazenar informações.

A Intel também tem trabalhado em tecnologias do gênero: no mês passado, a empresa anunciou os primeiros testes de produção do 3D Xpoint, sua jogada no ramo das memórias RAM que podem reter informações. Assim como no caso da nano-RAM, a Intel pretende testar sua tecnologia primeiro em centrais de dados para avaliar quais seriam os melhores mercados onde esse novo padrão poderia ser aplicado.

Da direita para a esquerda, temos os modelos de memória atuais, do mais lento ao mais rápido. Capaz de reter dados assim como a NAND, o 3D Xpoint é mil vezes mais rápido que esta tecnologia (Foto: Divulgação/Intel)

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Caso tornem-se economicamente viáveis e eficientes, não será loucura pensar que este tipo de memória poderá estar presente em gadgets portáteis em poucos anos, afirmam as empresas. Por ora, a nano-RAM é produzida de forma bidimensional, isto é, toda a sua arquitetura é plana, fazendo com que ele ocupe espaços mais amplos, mas a fujitsu também prometeu entregar a tecnologia em arquiteturas 3D, capazes de oferecer maior densidade de memória em menor espaço, afinal, cada nanômetro é precioso.

Fonte: IDGNow!