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Casa Branca quer trazer fábricas da Intel e TSMC para os EUA

Por| 12 de Maio de 2020 às 08h08

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Mashable
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O governo dos Estados Unidos estaria negociando a instalação de fábricas de semicondutores no país junto a empresas como Intel e TSMC, em uma tentativa de reduzir a dependência de componentes importados de países asiáticos. A Samsung também estaria envolvida nos trabalhos, mas, neste caso, as conversas estariam relacionadas à expansão de contratos já existentes de manufatura, pois a companhia já possui unidades nos EUA.

A pandemia do novo coronavírus, que afetou diretamente as linhas de produção asiáticas no começo do ano e só agora retornam à seminormalidade, seria o principal motivo. Entretanto, a Casa Branca também teria preocupações quanto à segurança nacional e a integridade de componentes asiáticos, além de prever a continuidade da guerra tarifária com a China, que deve aumentar os valores dos semicondutores e levar a reflexos diretos no mercado consumidor americano.

O principal foco das negociações seriam os chips fabricados com microarquitetura de 10 nanômetros e voltados para o mercado mobile. Apesar de iniciado pelo governo, o contato também estaria de acordo com os anseios da Intel, cujo CEO, Bob Swan, afirmou estar preocupado com a “incerteza criada pela atual situação geopolítica”. As palavras aparecem em carta enviada ao Departamento de Defesa dos EUA e obtida pelo The Wall Street Journal.

É do período, inclusive, que vem a informação de que as três companhias estariam envolvidos nas conversas com a Casa Branca. No caso da Intel e da TSMC, a ideia seria trazer para os Estados Unidos as parcerias de terceirização na fabricação de chips, com prioridade para clientes americanos como Qualcomm, Nvidia, AMD e Apple. As conversas sobre a situação da Maçã, inclusive, se conectam a uma iniciativa da própria empresa, que desde o ano passado se vê circundada de rumores de que traria parte de sua fabricação de semicondutores para mais perto de casa.

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Os esforços também envolveriam investimentos governamentais para uma instalação rápida das unidades, já que o fortalecimento da indústria americana de chips seria um dos interesses atuais da administração de Donald Trump. Estariam na mesa isenções fiscais para a compra e instalação de fábricas e, na mais grave das proposições, a imposição de novas barreiras de exportação para fabricantes que importam chips dos EUA para a China.

Em resposta aos rumores, a TSMC afirmou estar sempre aberta a novas oportunidades que envolvam a abertura de fábricas fora da Ásia e que está avaliando possíveis locais para isso, inclusive nos Estados Unidos. O que define um movimento desse tipo, porém, é a necessidade dos consumidores e, de acordo com a empresa, não há nada concreto sobre isso no momento. Os outros envolvidos, incluindo o próprio governo dos EUA, não comentaram o assunto.

Fonte: The Wall Street Journal