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Seagate Central: 4 TB para acessar de qualquer lugar do mundo

Por| 28 de Abril de 2014 às 16h00

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Pedro Cipoli/Canaltech
Pedro Cipoli/Canaltech

Quem já utilizou algum NAS (Network-Attached Storage) sabe a praticidade que é ter um deles para automatizar uma série de tarefas. É excelente ter uma máquina na rede encarregada de uma série de serviços que realmente facilitam a vida do usuário, mas muitas pessoas buscam uma versão mais simples de um NAS, que não exija configurações complicadas, querendo apenas um disco externo que possa ser acessado por todas as máquinas da rede local e que, de quebra, possa ser acessado remotamente de qualquer lugar do mundo.

Para essa função temos o Seagate Central, um aparelho que fica entre um disco externo e um NAS projetado para se conectar diretamente ao roteador, que cumpriu muito bem as funções citadas acima, mas pecou em um único ponto em especial que falaremos mais adiante. O funcionamento dele é muito semelhante ao do MyBook Live, da Western Digital, sendo um pouco mais robusto.

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Parte traseira do Seagate Central mostrando as conexões de energia, porta RJ-45 para o cabo de internet e uma porta USB padrão 2.0

Nosso primeiro teste foi conectar o Seagate Central no roteador via ethernet e já acessá-lo pela rede local, e a conexão foi consideravelmente mais rápida do que a do MyBook Live. A velocidade de transferência contínua também chegou a aproximadamente 20 MB/s, quase o dobro da do MyBook Live. Ainda assim, o arquivo de teste foi um filme de aproximadamente 8 GB, e esse valor é bastante baixo se compararmos com os valores alcançados por um disco rígido USB 3.0. Aliás, até um mesmo por um que usa o padrão USB 2.0 (cerca de 35 MB/s).

Porém, ele se mostrou capaz de executar uma série de tarefas ao mesmo tempo. Conseguimos reproduzir um filme armazenado nele "puxado" diretamente de um receiver na televisão enquanto uma máquina reproduzia músicas e armazenava arquivos torrent nele, um resultado e tanto, e comparável ao de um disco rígido equipado em uma porta SATA dentro do PC. O modelo que recebemos trazia 4 TB de armazenamento, espaço de sobra para esse tipo de uso fazer sentido.

Nosso próximo teste foi acessar os arquivos remotamente, algo que não exige configurações complicadas. Basta instalar o app no iOS e Android e sincronizar uma primeira vez para que tudo funcione, procedimento semelhante para fazer isso via PC ou Mac. Enquanto o acesso via computador funcionou corretamente e a velocidade de transferência fcou limitada pela velocidade do plano contratado, tanto o Android (com um Nexus 5) quanto o iOS (utilizando um iPad Air) mostraram resultados um pouco frustrantes.

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Ainda que não conte com um sistema ativo de refrigeração, a parte de baixo conta com pequenos furos para facilitar a dissipação de calor

O app Seagate Media apresentou uma série de problemas durante o uso nos dois aparelhos, com filmes travando, músicas cortadas no meio e downloads extremamente lentos, atingindo velocidades máximas de 1 MB/s, mesmo com uma conexão de 25 Mbps. A princípio, achávamos que isso se devia à conexão wireless, já que ambos não possuem portas ethernet, mas o computador não apresentou esse tipo de problema, mesmo via Wi-Fi.

Nossa conclusão foi que o app ainda não está maduro o suficiente para tirar potencial do Seagate Central, com severos problemas de bufferização. Esse problema nos lembrou um caso semelhante ao das primeiras versões do VLC para iPad, que tinha exatamente os mesmos problemas de buffer. Não conseguimos corrigir esse problema, mas foi possível contorná-lo, e para isso sincronizamos os arquivos que precisávamos com o Dropbox e Google Drive (ele também suporta o OneDrive, antigo SkyDrive).

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Ainda que isso funcione, o espaço de ambos os serviços não é nada se comparado aos 4 TB à disposição no Seagate Central, então esse armazenamento todo passa a ser útil apenas na rede local, e é onde observamos o segundo problema. A conexão ethernet fcou abaixo do que esperávamos, e mesmo conectando-o diretamente ao computador, não alcançamos velocidades maiores do que 26 MB/s, valor baixo se comparado à capacidade de escrita e leitura de um disco de 3,5" convencional, como o que equipa o modelo (cerca de 110 MB/s).

Detalhe da grelha superior, com uma superfície projetada para evitar a entrada de poeira dentro do Seagate Central

Por último, vale a pena mencionar que na parte traseira há uma conexão USB 2.0, que funcionou com um disco externo de 1 TB que inserimos nele e não exigiu configurações extras para acessá-lo. Tecnicamente é possível ter um segundo disco externo conectado a ele com até 4 TB, fazendo com que o usuário possa ter até 8 TB de espaço em uma única conexão ethernet.

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Conclusão

Quem busca um disco ethernet para ficar escondido perto do roteador e ser acessado por qualquer aparelho verá o Seagate Central como um boa opção, mas é bom estar preparado para pagar o preço dessa conveniência. Ainda que seja possível encontrá-lo a preços mais acessíveis, os valores sugeridos são bem salgados: R$ 900 (modelo de 2 TB), R$ 1.150 (modelo de 3 TB) e R$ 1.300 (modelo de 4 TB).

Vale a pena? Depende da necessidade de um dispositivo como ele. Ter um drive conectado ao roteador que pode ser acessado remotamente é um quebra-galho e tanto, então o que conta aqui não é só o preço por GB, mas as facilidades que o produto oferece. Isso não diminui o fato que o custo por GB é quase o dobro de um HD externo convencional, mas faz o preço sugerido ser um pouco mais compreensível.

Vantagens

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  • Cavalares 4 TB de armazenamento;
  • Acesso local e remoto;
  • Baixo ruído e vibração durante o funcionamento;
  • Suporte a um disco externo.

Desvantagens

  • Custo alto por GB;
  • App para iPad e Android ainda deficiente;
  • Velocidades máximas de transferência abaixo do esperado.