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Qualcomm enfrenta investigações na China, Europa e Estados Unidos

Por| 06 de Novembro de 2014 às 18h25

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Qualcomm enfrenta investigações na China, Europa e Estados Unidos
Qualcomm enfrenta investigações na China, Europa e Estados Unidos
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A Qualcomm alertou o mercado financeiro nesta quarta-feira (5) prevendo que tempos difíceis podem estar próximos de seu negócio na China. Isso porque a empresa é alvo de uma investigação antitruste no país há 11 meses, informou a companhia ao alertar sobre novas investigações regulatórias que estão sendo movidas nos Estados Unidos e Europa. Saiu na Reuters.

O mercado chinês está com um ambiente propício para o investimento em internet de alta velocidade 4G, uma das oportunidades da Qualcomm no país. No entanto, a investigação antitruste que acontece contra a empresa tem impedido um crescimento na região.

O reflexo gerou impacto em Wall Street, que está receoso com a situação, uma vez que a Qualcomm pode ser multada em mais de US$ 1 bilhão na China como consequência da investigação movida pela Comissão Nacional de Reforma (CNDR) que poderia resultar ainda em concessões forçadas da empresa. Neste caso, ela perderia seu alto lucro com a cobrança de royalties sobre aparelhos que usam suas patentes.

O presidente da Qualcomm, Derek Aberle, afirmou que vai continuar a cooperar com a CNDR. "Vamos continuar a nos encontrar com eles regularmente, trocar algumas ideias para os potenciais caminhos para resolver o problema", disse. Ele destacou que, com o atual cenário, a empresa não tem capacidade para atualizar os termos de expectativas e timing.

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Além do problema na China, a Qualcomm ainda enfrenta uma sondagem da Comissão Europeia decorrente de descontos e incentivos financeiros para a venda de chips. A empresa ainda é alvo de uma investigação preliminar da Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos sobre uma possível violação dos termos de licenciamento. A Qualcomm afirmou ser difícil prever quais as possíveis consequências dessas duas investigações.

As ações da companhia tiveram uma queda de 6% da Nasdaq, sendo negociadas a US$ 72,50. A empresa tem se esforçado para cobrar receitas de licenciamento de produtoras de aparelhos na China, como fabricantes locais, com as quais a entidade tem feito poucos negócios. No entanto, os investidores temem que uma possível concessão de royalties forçada na nação asiática se entenda para outros países.

No caso da investigação europeia sobre a empresa, ela se deve a uma queixa realizada por uma subsidiária da Nvidia Corp há quatro anos para a Comissão Europeia, alegando incentivos relacionados com patentes oferecidos pela Qualcomm na região.

Nos resultados financeiros apresentados pela Qualcomm nesta semana a empresa revelou uma receita de US$ 6,69 bilhões para o trimestre fiscal encerrado em 28 de setembro, com crescimento de 3% comparado com o mesmo período do ano anterior. A receita ficou abaixo do esperado pelo mercado financeiro, que era de US$ 7,016 bilhões. O lucro líquido no período foi de US$ 1,89 bilhão, com crescimento de 26% sobre o ano passado.

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Para o ano fiscal de 2015, a previsão da Qualcomm é para uma receita entre US$ 26,8 bilhões e US$ 28,8 bilhões. O lucro não-GAAP esperado pela empresa no ano fiscal 2015 é entre US$ 5,05 e US$ 5,35 por ação, enquanto analistas preveem US$ 5,58 por ação.