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Processadores: o que é Black Edition e Extreme Edition?

Por| 24 de Julho de 2012 às 11h25

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Processadores: o que é Black Edition e Extreme Edition?
Processadores: o que é Black Edition e Extreme Edition?

Focando no mercado de alto desempenho e entusiastas por overclock, Intel e AMD vendem alguns de seus processadores sob nomeações especiais. Extreme Edition é o codinome utilizado pela Intel, e Black Edition é o apelido dos processadores turbinados da AMD. Estes modelos representam as CPUs mais saudáveis de sua categoria, com o multiplicador de clock destravando todos os recursos auxiliares de desempenho disponíveis para que o usuário possa extrair o máximo de sua capacidade.

O método de fabricação utilizado atualmente produz inúmeros modelos diferentes de processadores em uma mesma linha de montagem. Isso significa que alguns dos chips fabricados em um mesmo wafer saem com defeitos internos que não inutilizam a CPU, mas diminuem o seu desempenho. Outros saem com todos os recursos e poder de fogo projetados inicialmente.

Enquanto os primeiros são voltados para máquinas de baixo desempenho, com velocidade mais baixa e menos núcleos de processamento, os últimos são modelos que não só trazem clocks mais generosos e mais núcleos, como também possuem potencial de sobra para agradar os entusiastas que querem extrair muito mais velocidade deles. Por isso trazem todos os recursos internos destravados, especialmente o multiplicador de clock.

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Como exemplo utilizaremos o Intel Core i7 980 Extreme Edition, modelo gentilmente fornecido pela Casemall para testes, para mostrar como essas características funcionam. Ele traz 6 núcleos com capacidade de processar 12 threads por vez (tecnologia hyperthreading da Intel) e velocidade padrão de 3,33 GHz (133 x 25), mas pode facilmente ser colocado para trabalhar a 4,0 GHz por padrão sem grandes problemas ao desativar a tecnologia Turbo Boost com o cooler padrão da empresa.

Com o auxílio do cooler NZXT Havik 140, também fornecido pela Casemall, e alguns pequenos ajustes nas tensões de funcionamento do processador, conseguimos chegar a 5,0 GHz de velocidade com 4 dos núcleos ativos para não comprometer o desempenho, conseguindo assim uma melhora bastante significativa na velocidade de todos os aplicativos.

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Alguns usuários um pouco mais ligados em tecnologia sabem que, pelo menos no caso da Intel, a série Extreme Edition não é encontrada tão facilmente no mercado - mesmo em lojas especializadas de informática, só é possível adquiri-la sob encomenda. O motivo? O alto preço cobrado por eles, normalmente na faixa dos US$ 1000 mais impostos incididos na importação.

O preço é bastante alto mesmo se considerarmos que este é um produto de alto desempenho, e o objetivo é que apenas pessoas ou empresas especializadas possam e queiram pagar por ele, seja para obter um desempenho brutalmente superior em jogos e renderizações de vídeo, seja para competições onde overclockers tentam obter as maiores pontuações possíveis em programas de benchmark como o Unigine Heaven e assim obter as melhores colocações no site HWbot.

Usuários comuns não tirarão o mesmo proveito, pois a margem de overclock possível com o sistema de resfriamento padrão é muito pequena, na casa dos 5 a 15% dependendo do modelo. Mesmo coolers especializados não possibilitarão margens muito maiores, mas sim garantirão a estabilidade do processador ao longo do tempo.

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No caso da AMD, temos a série Black Edition que traz as possibilidades de um processador destravado a um custo muito mais acessível. Tanto a geração anterior, a Phenom II, como a atual, que inclui a série FX-4000, FX-6000, FX-8000 e as APUs série A são modelos detravados e qualquer placa-mãe com suporte aos controles de processador está apta a qualquer tipo de overlock.

Você já teve em mãos um modelo Black Edition ou Extreme Edition para realizar overclocks? Conte para nós a sua experiência!