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O futuro da Intel é a família Core ou a linha Atom?

Por| 20 de Maio de 2013 às 06h05

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O futuro da Intel é a família Core ou a linha Atom?
O futuro da Intel é a família Core ou a linha Atom?
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Lembra dos primeiros modelos do Atom? Eles equipavam as primeiras gerações de netbooks e representavam a tentativa da Intel em absorver a fatia de mercado de laptops de baixo custo, projetados para fornecer uma experiência básica de computação. Na prática, eles eram bem fraquinhos. Modelos como o N270, N280 e N455 rodavam tipicamente a 1,6-1,66 GHz e mal conseguiam segurar o Windows 7 em pé, quem dirá abrir um navegador?

A evolução do Atom

Eles esquentavam demais e eram incapazes de rodar qualquer programa com o mínimo de desempenho. Mas consumiam pouca energia e, com as devidas modificações, entraram no mundo dos smartphones. Aí sim, a plataforma obteve um relativo sucesso, onde o maior representante que temos no Brasil é o Razr i da Motorola. O modelo é equipado com um SoC Atom da geração Medfield (core Saltwell) rodando a 2,0 GHz com performance de sobra para suportar o Android. Outro aparelho um pouco menos conhecido é o ASUS Fonepad, que traz um chip da geração Lexington de 1,2 GHz, que é até rapidinho se comparado aos concorrentes que trazem chips ARM.

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A geração seguinte ao Medfield é o Clover Trail, internacionalmente utilizada em tablets com o Windows 8 e primeiro modelo a ter dois núcleos baseados no core Saltwell. O processador mostrou-se bastante competente ao rodar o sistema da Microsoft. Em seguida temos o Clover Trail+, ainda baseado no Saltwell mas com frequências maiores (dual-core de 2,0 GHz) e uma GPU mais avançada que estreou no pouco conhecido Lenovo K900, smartphone top de linha da empresa.

Até então os upgrades foram incrementais, afinal, todos utilizam a mesma arquitetura. O Silvermont, recém anunciado pela Intel, representa a próxima geração e é um belo upgrade em relação ao Saltwell. O processador, agora com 22 nanômetros (em vez dos 32 do nanômetros do Saltwell), apresenta a mesma litografia da atual geração Ivy Bridge e Haswell de desktops e notebooks convencionais. O que isso significa? Bem, na prática, são mais transistores, mais núcleos de processamento, frequências de operação mais altas e um menor consumo de energia.

Além disso, a Intel finalmente fará um upgrade significativo na placa de vídeo. A grande crítica do Razr i sempre foi o fato de ter uma GPU que não acompanha o processador, no caso uma PowerVR SGX 540, que melhorou um pouco nos modelos Clover Trail+ com a PowerVR SGX 544MP2 mas ainda está longe de ser considerada top de linha (ainda mais considerando as últimas gerações da Adreno do Qualcomm e da GeForce ULP do NVIDIA Tegra). Agora estamos falando de uma Intel Gen 7, mesma tecnologia do Intel HD 4000 dos processadores de desktop.

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Ainda não tivemos a oportunidade de testar um equipamento com um chip Bay Trail (um SoC quad-core que usa a arquitetura Silvermont), mas considerando que é um upgrade considerável em relação ao Clover Trail+, questionamos qual será o foco da Intel nos próximos anos. O motivo? Bem, a linha Core atualmente atende a demanda de usuários que buscam desempenho acima de tudo, mas não são conhecidos por serem econômicos energeticamente.

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Enquanto isso, na linha Core...

Mesmo a série ULV (Ultra-Low Voltage) dos Cores i3/i5/i7 possuem um consumo de energia muito grande para fazerem sucesso em smartphones e tablets, o que explica a demanda pela linha Atom em tablets com o Windows 8. Mesmo a atual geração de SoCs Atom fazem sucesso por fornecer "cavalos-vapor" o suficiente para que o usuário possa navegar na internet, mandar e-mails, assistir vídeos em alta definição e até editar imagens com alguma performance, ou seja, 90% do uso de um usuário comum já são satisfeitos.

Esse fato pode ser um tiro no pé para a Intel em relação à linha Core, em especial os modelos de entrada do Core i3 e alguns Core i5 mais básicos, já que o Atom pode canibalizar as vendas desses modelos. Nos Estados Unidos já são vendidos tablets com o Windows 8 por cerca de US$ 200, mesmo preço cobrado pelo processador Core. Como são voltados para desempenho e têm preço mais alto, eles dificilmente entrarão no segmento mobile, que é onde os fabricantes estão tendo suas maiores margens de lucro.

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O Surface Pro da Microsoft é prova disso. Com vendas pífias, preço alto e pouco interesse do público em geral por um tablet que custa mais de US$ 1000, ele é equipado com um processador Intel Core i5 e mostra a pouca adequação desses processadores mesmo em tablets, dispositivos com uma bateria consideravelmente maior do que a de smartphones.

O futuro é móvel

O desempenho dos Atoms está se aproximando cada vez mais dos Core i3 mais básicos e estes possuem um preço bem mais atrativo. A Microsoft está fazendo um grande esforço para que o Windows 8 consuma cada vez menos recursos para popularizar as vendas em tablets, aumentando ainda mais os holofortes sobre os SoCs Atom. Então, onde a Intel focará nos próximos anos?

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Em pouco tempo teremos notebooks (conversíveis ou não) equipados com os chips Atom que serão capazes de fornecer uma experiência completa ao usuário, então até onde a linha Core e a linha Atom poderão coexistir? A Intel continuará investindo em ambos ou abrirá mão de um em detrimento a outro?

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