Publicidade

Guia: como montar o seu desktop

Por| 15 de Abril de 2013 às 11h10

Link copiado!

Guia: como montar o seu desktop
Guia: como montar o seu desktop

Comprar um desktop completo tem lá a suas vantagens: basta tirar da caixa, plugar todos os fios e começar a usar sem precisar mexer em nada na parte interna do gabinete, mas isso também traz os seus problemas. Grande parte dos sites e lojas físicas que vendem PCs fechados na caixa mostram somente o que eles trazem de bom, muitas vezes não anunciando todos os componentes internos.

Processador Intel Core i7, 8 GB de memória RAM e HD de 500 GB. Ok. Qual é a placa-mãe? A fonte de alimentação é de qualidade? O gabinete é capaz de deixar os componentes resfriados corretamente? Por esses e outros motivos, muitos usuários optam por montar a sua máquina do zero, escolhendo componente por componente e assim tendo muito mais controle sobre a configuração final que deseja alcançar.

Montar uma máquina é uma tarefa que exige bastante pesquisa tanto de preços quanto de compatibilidade, o que acaba dificultando a vida de muitas pessoas com tantas configurações possíveis. Pensando nisso, montamos um guia para ajudar aqueles que estão dispostos a começar do zero e não se enrolar no meio do caminho. Confira!

Estabeleça um preço máximo e não saia dele

Continua após a publicidade

Este é um problema que muitos usuários enfrentam quando vão montar a sua primeira máquina, e que acaba fazendo a escolha de componentes se tornar uma verdadeira corrida espacial. O motivo? Quando fazemos um balanço entre desempenho e preço acabamos encontrando opções que possuem um custo benefício cada vez maior cada vez que adicionamos R$ 20 ou R$ 30.

R$ 30 aqui, R$ 50 ali e quando fechamos a configuração vemos que ela ficou 2 vezes mais cara do que tínhamos planejado inicialmente, e por isso é extremamente importante fixar um teto de preço e nos atermos a ele. Claro que não precisamos ser espartanos e pequenas variações até podem aparecer, mas se colocar um teto de cerca de R$ 1500, por exemplo, tente não passar muito de R$ 1600 ou R$ 1700.

Primeiro passo: escolha a plataforma

Continua após a publicidade

Intel ou AMD? Essa é uma escolha que deve ser feita logo no início, já que as duas empresas possuem modelos que diferem bastante entre preço e desempenho, requerem modelos de placa-mãe diferentes e margens diferentes de upgrades futuros. Os modelos da Intel são consideravelmente mais caros, mas são capazes de oferecer mais performance por clock do que os modelos da AMD.

A AMD traz modelos quad-core pelo preço dos Intel de dois núcleos, o que dá aquela ajuda quando ficamos com vários aplicativos abertos ao mesmo tempo. No caso das APUs, é possível ter um excelente desempenho gráfico sem ter que comprar uma placa de vídeo dedicada separadamente, mas estas são indicadas para os usuários que não pretendem fazer upgrades futuros.

Segundo passo: procure uma placa-mãe

Continua após a publicidade

Muitos usuários começam a montar as suas máquinas escolhendo o processador e em seguida o resto dos componentes, já que este é normalmente a parte de mais destaque. Porém, a placa-mãe é a parte principal de qualquer computador moderno, sendo responsável por gerenciar todos os outros componentes e fazendo com que trabalhem em conjunto.

Não adianta investir muito em um processador top de linha e economizar na placa-mãe (tática utilizada por muitos fabricantes de PCs fechados, diga-se de passagem) porque o resultado final será uma máquina lenta. É melhor investir primeiro na placa-mãe e depois no processador porque é esta que limitará as possibilidades de upgrades futuros.

Escolha sempre modelos que trazem os soquetes de processadores mais novos (atualmente LGA 1155 para CPUs Intel ou AM3+/FM2 para CPUs AMD) para ter acesso às tecnologias mais recentes, mais slots de memória e conexões PCI Express mais rápidas, assim como portas USB 3.0, conexões SATA III para o disco rígido e SSD e assim por diante.

Continua após a publicidade

Terceiro passo: processador e memória

Após ter escolhido a placa-mãe, está na hora de ir atrás de um processador, e aqui temos uma dica bastante importante: se não sobrar dinheiro para comprar a CPU que você estava planejando e precisar de uma máquina de qualquer jeito, procure o modelo mais básico que seja compatível com a placa-mãe escolhida. Nada de ir atrás de um modelo intermediário e ficar preso conforme o tempo passa. O melhor é gastar pouco no começo e, quando tiver a oportunidade, comprar a CPU que tinha planejado desde o início.

Continua após a publicidade

Em relação à memória, vale mais velocidade do que quantidade. Sendo um dos componentes mais baratos do PC, o melhor é investir em frequências maiores (1600 MHz ou 1866 MHz) e quantidade de canais (2, 3 ou mesmo 4) do que encher a placa-mãe com modelos lentos e de marcas desconhecidas. O que dissemos para o processador vale para a memória: se não puder comprar a quantidade desejada com o nível de performance desejado, vale comprar menos e depois fazer um upgrade, já que este é um dos componentes mais fáceis de melhorar na máquina.

Quarto passo: placa de vídeo

Essa etapa pode ser ignorada caso o usuário pretenda utilizar os gráficos integrados do processador (Intel HD ou AMD Radeon HD). A escolha da placa de vídeo é algo que costuma causar bastante dor de cabeça, em especial se o uso da máquina será para jogos ou alguma aplicação profissional de imagem ou vídeo. Para esses dois públicos, o ideal é investir um pouco menos no processador se o orçamento estiver apertado, focando em performance gráfica em vez de processamento de CPU.

Continua após a publicidade

Independentemente de se escolher AMD ou Nvidia, o importante é ler análises da placa que pretende adquirir antes de fechar a compra para ver do que ela é capaz. Geralmente, modelos de entrada possuem uma péssima relação custo-benefício, e é preferível investir em um processador com gráficos integrados de qualidade e depois comprar uma placa de vídeo dedicada separadamente, ainda mais quando estamos falando de modelos que podem passar dos R$ 5000.

Quinto passo: armazenamento

A vantagem dos desktops é o suporte a dois ou mais discos de armazenamento. Para comprar um HD não há muito segredo, basta escolher a quantidade de gigabytes (ou terabytes) e quantos serão utilizados. O ideal é ter um disco para o sistema e outro para dados pois isso torna o equipamento resistente a perdas de dados. Caso algo dê errado com o tempo (como problemas no sistema operacional ou mesmo uma falha no disco) e seja necessário formatar a máquina, os dados ficam armazenados em um lugar seguro.

Continua após a publicidade

No entanto, o HD é o componente mais devagar de qualquer PC, e adquirir um SSD para instalar o sistema e os aplicativos é uma mão na roda. Estes são componentes ainda bastante caros, mas como estamos falando de um desktop é possível instalar tudo no SSD e deixar arquivos grandes, como filmes, em um segundo disco rígido de maior capacidade. Nessa configuração, um SSD de 90 GB ou 120 GB já é capaz de armazenar com foga o Windows e todos os programas que você pretenda instalar.

Sexto passo: fonte e gabinete

Continua após a publicidade

Muitos usuários costumam dar pouca atenção a estes últimos itens, economizando neles por terem investido alto nos cinco primeiros passos, o que é um grande erro. Já imaginou montar seu computador, instalar o SO, utilizá-lo por alguns meses e ele começar a falhar? Isso acontece pela escolha de uma fonte de má qualidade ou um gabinete que não mantenha a máquina refrigerada. Ou os dois.

Fontes de alimentação de qualidade são caras, e custam quase 4 vezes mais do que um modelo genérico. Porém, não há muita escolha aqui, já que é ela que será a responsável por transformar a energia da tomada em corrente contínua para cada um dos componentes, e se não fizer esse trabalho direito começam a danificar rapidamente os mais sensíveis (geralmente memória RAM e disco rígido são os primeiros a falhar).

Na hora de pesquisar uma fonte, é fácil perceber que as marcas genéricas começam a desaparecer conforme a faixa de preços aumenta, mostrando que o fabricante é incapaz de desenvolver um modelo de qualidade. O mesmo vale para os gabinetes, que podem ser encontrados entre R$ 50 e R$ 4000. Além do visual, é importante ver o material com o qual ele é contruído (evite os de plástico) e o suporte a sistemas de resfriamento.

Continua após a publicidade

É importante lembrar que quando se trata de gabinetes e fontes de alimentação, marca importa. Empresas como Thermaltake, Coolermaster e Corsair são boas empresas que fabricam tanto um quanto outro.

Sétimo passo: refrigeração

Passo dedicado para aqueles que pretendem montar uma máquina de alto desempenho. Após escolher a configuração, está na hora de correr atrás de fans de gabinete, coolers voltados para overclock de CPU (em alguns casos é melhor utilizar um watercooler), pois nada pior do que gastar uma nota em componentes top de linha e ver a máquina desligando toda hora por superaquecimento.

Continua após a publicidade

Com o gabinete em mãos fica mais fácil ver as possibilidades de instalação do sistema de refrigeração. O desempenho dos fans é medido em CFM, ou a quantidade de ar que eles são capazes de "empurrar" para dentro ou fora do computador. Em geral, gabinetes voltados para alto desempenho não são vendidos juntamente com a fonte de alimentação, e esta deve ser instalada na parte de baixo em vez do convencional local na parte de cima.