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Russos realizaram ataques a agências antidopping e serviços de inteligência

Por| 05 de Outubro de 2018 às 10h07

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Russos realizaram ataques a agências antidopping e serviços de inteligência
Russos realizaram ataques a agências antidopping e serviços de inteligência

Autoridades dos Estados Unidos indiciaram sete agentes de inteligência da Rússia por envolvimento em uma campanha de intrusão a serviços médicos que investigavam o programa de doping de atletas do país, patrocinado pelo governo e voltado para a obtenção artificial de resultados melhores. Enquanto isso, na Europa, o governo de Vladimir Putin também foi acusado de realizar ataques digitais contra organizações que investigavam o envenenamento do espião Sergei Skripal.

De acordo com os EUA, o estado russo realizou ataques “persistentes e sofisticados” contra instituições internacionais de análise clínica e medicina esportiva, com o objetivo de alterar resultados de exames ou atrapalhar o andamento de investigações. Além disso, os americanos afirmam que uma campanha de fake news foi levada adiante como forma de atrapalhar a divulgação de informações e reduzir a confiança do público nas instituições envolvidas nos casos.

Entre os focos estavam a Agência Internacional Antidoping, seu braço americano, um dos principais envolvidos na investigação e, no que parece ser uma tentativa de intrusão não relacionada, a companhia de energia elétrica Westinghouse Electric Corporation, no estado americano da Pensilvânia. Além disso, mais de 250 pessoas, entre atletas, oficiais envolvidos nas investigações, políticos e dirigentes de equipes foram alvos de malwares e outras tentativas de comprometer dispositivos pessoais.

O esquema aconteceu entre 2011 e 2015, sob comando do Ministério do Esporte da Rússia, e visava ocultar resultados positivos para doping nos atletas do país. Como reflexo do escândalo, o país teve 51 medalhas invalidadas pelo Comitê Olímpico Internacional e foi suspenso dos Jogos Olímpicos de 2016, que aconteceram no Rio de Janeiro, bem como das Paraolímpiadas, que aconteceram no mesmo ano.

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O procurador Scott Brady, responsável pelos sete indiciamentos, afirmou que cidadãos estrangeiros que realizem ataques contra a infraestrutura e o povo americano serão tratados pela Justiça do país como criminosos comuns, sendo processados e punidos de acordo com as leis locais. O governo americano afirmou que vai fazer o possível para levar as ações adiante e chegar aos culpados.

Enquanto isso, na Europa, o governo de Vladimir Putin também é acusado de ter realizado ataques digitais contra o Laboratório Spiez, um instituto de pesquisa suíço voltado para trabalhos relacionados a armas químicas e biológicas. Era ele o responsável pela investigação sobre o envenenamento do espião russo Sergei Skripal, que atuou como agente duplo entre o final dos anos 1990 e início dos 2000.

Skripal e sua filha, Yulia, foram atacados com um agente nervoso em março deste ano, no Reino Unido, no que seria uma tentativa de assassinato e queima de arquivo. À época, o Kremlin negou qualquer envolvimento com o caso, mas o incidente levou à expulsão de 23 diplomatas russos do país e, agora, à revelação de que tentativas de intrusão também foram realizadas para tentar impedir o andamento de uma investigação nada favorável à nação.

O Kremlin não se pronunciou sobre as novas acusações, mas, quando e se fizer isso, deve repetir afirmações do passado, negando envolvimento em tais questões.

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Fonte: Gizmodo