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Hackers que administravam botnet se livram da prisão após ajudarem autoridades

Por| 20 de Setembro de 2018 às 07h58

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Hackers que administravam botnet se livram da prisão após ajudarem autoridades
Hackers que administravam botnet se livram da prisão após ajudarem autoridades

Três hackers acusados de operar uma rede de botnets voltados para fraudes online se livraram da pena de prisão após colaborarem com as autoridades americanas. Paras Jha, Josiah White e Dalton Norman foram indiciados em 2017 pelo envolvimento na operação e ataques realizados pelas redes Mirai e Clickfraud, voltadas, principalmente, para golpes de negação de serviço.

Após a localização dos suspeitos e início dos processos, porém, o trio decidiu por auxiliar o FBI nas investigações relacionadas não apenas à própria botnet, mas também outros golpes virtuais do tipo. Devido ao trabalho de colaboração “extensivo e excepcional”, nas palavras das autoridades, a sentença dos três acabou abrandada para apenas cinco anos de condicional para cada um, sem privação de liberdade.

Os detalhes sobre a cooperação feita pelos acusados, por razões de segurança e também por representarem possíveis investigações em andamento, não foram revelados. Mas, na sentença, a Justiça cita alguns casos, como a derrubada da Kelihos, uma rede de mais de 10 mil computadores infectados usados por sete anos em golpes DDoS, além da entrega de ransomware e outras pragas virtuais. Ela foi desmantelada em abril do ano passado.

Depois, o trio auxiliou empresas como a Arbor Networks e o GitHub a suportarem o maior ataque de negação de serviço já registrado nos EUA, com quase 5 Tbps sendo trafegados nas redes das empresas. Ainda, eles foram essenciais na mitigação de uma ameaça externa à segurança nacional dos EUA, vinda de adversários políticos não revelados.

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O auge do funcionamento da Mirai, também desmantelada pelo FBI quando os três indiciados foram processados pela Justiça, foi em 2016. Naquele ano, a rede de botnets foi responsável por derrubar o GitHub, Twitter e a PSN, rede online que serve o PS4 e outros consoles da Sony, após atacar o Dyn, serviço que era o responsável pela administração de domínios para estas plataformas.

Contou para o abrandamento da sentença, também, o fato de os acusados jamais terem conseguido monetizar de verdade suas operações criminosas. Em uma nota pessoal, o procurador federal Adam Alexander também cita o contraste entre as personas online e real do trio, que, de membros reconhecidos da comunidade hacker, foram revelados como “jovens imaturos, vivendo em relativa obscuridade nas casas dos pais”. A ideia é que, com a cooperação e o fim das redes de botnet, eles possam seguir carreira com suas habilidades e não representam mais perigo para a sociedade.

Fonte: Ars Technica