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Hacker clona celular e rouba US$ 1 milhão de banco de criptomoedas

Por| 22 de Novembro de 2018 às 12h58

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Hacker clona celular e rouba US$ 1 milhão de banco de criptomoedas
Hacker clona celular e rouba US$ 1 milhão de banco de criptomoedas

O hacker Nicholas Truglia, de 21 anos, foi preso por roubar US$ 1 milhão em fundos pertencentes a um cliente de dois bancos de criptomoedas. A vítima é Robert Ross, da cidade de São Francisco, que possuía o valor depositado nos serviços Coinbase e Gemini. As duas contas foram esvaziadas pelo criminoso após a clonagem de seu número de celular.

Em depoimento à polícia, Ross afirmou ter perdido o sinal em seu smartphone no dia 26 de outubro. Nos dias que se seguiram, ele foi a lojas da Apple e também de sua operadora, a AT&T, quando notou que seu número havia sido clonado. Truglia usou sistemas de recuperação de senha e verificação de acesso para acessar as contas da vítima, converter o US$ 1 milhão em criptomoedas e transferi-las para carteiras próprias.

O dinheiro, afirmou a vítima, estava guardado para a realização de possíveis investimentos em moedas virtuais e para pagamento da faculdade da filha. O hacker foi preso na última semana e, após uma busca no apartamento do criminoso em Nova York, US$ 300 mil foram recuperados, com as autoridades admitindo que localizar o restante pode ser uma tarefa complicada.

Truglia foi indiciado por 21 crimes, incluindo fraude, roubo de identidade, roubo, invasão de computadores e outros. Ele também teria clonado celulares de executivos do Vale do Silício, incluindo CEOs e fundadores de câmbios e serviços voltados para as criptomoedas, mas não foi capaz de realizar roubos contra eles.

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Nomes como estes vêm sendo cada vez mais citados como vítimas de uma prática chamada “SIM-swapping”, ou “troca de SIMs”, em uma tradução livre. Os criminosos transferem o número de celular da vítima para um chip ou dispositivo sob seu controle. Na sequência, tentativas de invasão de contas são feitas mesmo que protocolos de autenticação em duas etapas estejam funcionando.

É uma prática relativamente simples de ser realizada, afirma a polícia, uma vez que as operadoras americanas realizam verificações simples de cadastro antes da transferência, com dados como data de nascimento ou números de documentos. Tais informações podem ser obtidas de diferentes maneiras, a partir de engenharia social ou por meio de bancos de dados vazados de serviços online.

A mesma AT&T da vítima de Truglia já foi processada por um caso desse tipo, sendo acusada por um americano de negligência. No caso, registrado no começo do ano, o homem teve mais de US$ 24 milhões roubados de diferentes serviços online de criptomoedas depois de ter seu chip clonado com o uso de engenharia social no serviço telefônico da operadora.

As autoridades sugerem que as empresas do setor incrementem seus protocolos de segurança para casos desse tipo. Aos usuários, a polícia pede agilidade no registro de problemas quanto à perda de sinal, além de atenção maior na distribuição de cartões de visita e no armazenamento de fundos, que devem ser guardados em carteiras desconectadas, impossíveis de serem roubadas pelo método.

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Fonte: CNBC