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Governador americano diz que russos hackearam eleições de 2016 na Flórida

Por| 15 de Maio de 2019 às 16h40

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Mashable
Mashable

O governador Ron DeSantis, do estado americano da Flórida, levantou novas acusações contra a Rússia após afirmar que hackers a serviço do país hackearam bancos de dados de eleitores em dois condados da região. A declaração foi dada à imprensa logo após uma reunião do político com o FBI para tratar do caso; ele não informou quais foram os distritos atingidos, mas disse que os resultados das eleições de 2016 não foram alterados pelo comprometimento.

Isso não significa, entretanto, que a situação é tranquila. De acordo com DeSantis, por mais que não tenham conseguido manipular dados ou informações de contagem, os hackers russos tiveram acesso ao registro dos eleitores da Flórida. Não se sabe, entretanto, se as informações foram baixadas ou utilizadas para outros fins, mas elas poderiam ter sido modificadas ou deletadas pelos invasores, de forma a causar problemas nos locais de votação durante o pleito.

A intrusão aconteceu por meio de e-mails fraudulentos, enviados a funcionários do governo. Conclusões anteriores, presentes em um relatório sobre as investigações apresentado ao congresso americano pelo conselheiro Robert Mueller, responsável pelo caso, já havia afirmado que pelo menos 120 trabalhadores de eleitorais foram alvo da campanha de phishing, voltada, justamente, para obter acesso aos sistemas internos ligados à votação. Na ocasião, entretanto, se acreditava que apenas um distrito havia sido comprometido.

Foi esse mesmo relatório que inocentou Trump de qualquer envolvimento com os russos, em prol de vencer o pleito. De acordo com Mueller, não existem provas de que o atual presidente americano trabalhou com o Kremlin nesse sentido, por mais que tenham sido encontrados indícios de encontros entre membros de sua equipe e representantes do país oponente. Mesmo assim, a investigação continua, pois efetivamente houve uma intrusão internacional nos sistemas de votação, com o FBI desejando entender o que aconteceu e como.

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De acordo com DeSantis, que não revelou os nomes dos condados após assinar um acordo de confidencialidade com o FBI sobre o caso, a administração anterior do estado americano da Flórida não sabia sobre a intrusão e que ele próprio não teria sido informado oficialmente se não tivesse encontrado referências aos casos no relatório de Mueller. Seu antecessor no governo, o agora senador Rick Scott, deve ser ouvido pelas autoridades ainda nesta quarta-feira (15).

DeSantis também afirmou que o FBI considerou a Flórida como um dos estados mais avançados em tecnologia para proteção das eleições, mas que isso não significa que as autoridades devem deixar o estado de vigilância. Segundo ele, que diz entender a falta de informação relacionada ao que aconteceu no governo anterior, os trabalhos de desenvolvimento de soluções continuam, bem como as investigações sobre o que aconteceu em 2016.

A grande preocupação atual é com as eleições presidenciais de 2020, com a aproximação da votação gerando movimentos tanto dentro quanto fora da esfera política americana. Enquanto empresas de segurança publicam relatórios e constatações, grupos ligados ao governo passam por auditorias e verificações para garantir que tudo funcione bem no ano que vem. Além disso, senadores estudam até mesmo um retorno aos votos de papel, mais suscetíveis a problemas mas menos a invasões hackers, como alternativa caso não exista confiança no sistema digital implementado no país.

Fonte: Associated Press