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Estados Unidos utilizam ciberataques para interromper ações do Estado Islâmico

Por| 03 de Março de 2016 às 15h50

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O exército americano está focado em uma batalha virtual com o grupo terrorista Estado Islâmico. Em um esforço para dificultar a capacidade do grupo terrorista de operar e se comunicar, os militares dos Estados Unidos lançaram ciberataques contra suas redes, segundo informou um dos funcionários do Departamento de Defesa durante uma conferência de imprensa na segunda-feira (29). Os ataques são parte das operações com as forças iraquianas para o controle de Mosul, uma fortaleza do Estado Islâmico ao norte do Iraque.

Os ciberataques são "destinados a fazer com que o Estado Islâmico perca a confiança em suas redes, por sobrecarregar a rede de modo que elas não possam funcionar", disse o secretário de Defesa, Ash Carter. "Também estamos usando cybertools para diminuir a capacidade do Estado Islâmico de operar e comunicar sobre o campo de batalha virtual".

Os ataques virtuais contra o Estado Islâmico, também conhecido com ISIS, marca a primeira vez que o governo americano diz abertamente que está utilizando ciberataques como parte de uma operação militar em curso. Enquanto os militares reconheçam que têm a capacidade de lançar ataques cibernéticos, é inédito que eles reconheçam publicamente uma ofensiva. Ciberataques anteriores, como o Stuxnet em instalações nucleares iranianas, têm sido atribuídas aos Estados Unidos, mas sem confirmação.

Detalhes sobre como funcionará os ataques contra o Estado Islâmico não foram divulgados. "Nós não queremos que o inimigo saiba quando, onde e como estamos conduzindo as ciberoperações", disse o general Joseph Dunford Jr., presidente do Joint Chiefs of Staff. "Nós não queremos que eles tenham informações que lhes permitam adaptar-se ao longo do tempo. Nós queremos que eles sejam surpreendidos quando realizarmos as ciberoperações."

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Enquanto os ciberataques divulgados nesta semana estão focados em Mosul, o governo americano também estaria utilizando ataques cibernéticos para interromper atividades online do Estado Islâmico. No mês passado, a US Cyber Command começou uma campanha agressiva de ataques contra o grupo terrorista visando denegrir sua capacidade de usar as mídias sociais e a internet para recrutar seguidores. Funcionários federais também se reuniram recentemente com executivos do Facebook, Google, Twitter, Apple e outras empresas para discutirem como elas poderiam ajudar a combater o terrorismo.

Fonte: Business Insider