Alimentados por super botnets, ataques DDoS crescem em 2013
Por Joyce Macedo | 18 de Abril de 2013 às 10h50
Os ataques coordenados para tirar sites do ar cresceram rapidamente e se tornaram mais poderosos nos últimos três meses, com um aumento de oito vezes na quantidade de tráfego usado para derrubá-los. Os dados são da Prolexic, uma empresa que ajuda os clientes com soluções contra ataque distribuído de negação de serviço (DDoS).
Por meio do seu Relatório Global de ataques DDoS, que aponta trimestralmente tendências e estatísticas relacionadas a esse tipo de problema, a Prolexic apontou que sete mil DDoS são lançados a cada dia pelos hackers. No primeiro trimestre de 2013, a quantidade média de largura de banda utilizada nesses ataques subiu rapidamente e chegou à espantosa marca de 48,25 Gbps, com picos de até 130 Gbps. Durante o mesmo período do ano passado, a média foi de 6,1 Gbps e no último trimestre de 2012 foi de 5,9 Gbps.
A duração média dos ataques também aumentou, passando de 28,5 horas no ano passado para 34,5 horas nos três primeiros meses do ano. No início deste mês, os engenheiros da Prolexic viram um ataque que ultrapassou a marca de 160 Gbps, e as autoridades disseram que não seria surpresa se os picos durante os ataques chegassem a utilizar 200 Gbps até o final de junho.
Esses picos absurdos são provocados por novas técnicas de ataque que, ao invés de usar PCs comprometidos em residências ou pequenos escritórios, utiliza servidores web, que muitas vezes possuem uma largura de banda muito maior à sua disposição. O financiamento das organizações criminosas também tem alimentado os ataques em grande escala. Nos últimos seis meses, um alvo comum para ataques DDoS tem sido os grandes bancos norte-americanos, que algumas vezes tiveram seus sites inundados por um tráfego muito maior do que o esperado e acabaram inacessíveis.
No final do último mês, a organização anti-spam Spamhaus também sofreu com o que foi chamado de "o maior ataque DDoS da história". Na ocasião, o ciberataque deixou a internet mais lenta em diversos locais do mundo. Ainda no início de 2013, o grupo Anonymous fez uma petição para tentar tornar esse tipo de ataque uma forma legal de protesto.