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Trump pensa em declarar como “emergência nacional” o banimento de ZTE e Huawei

Por| 27 de Dezembro de 2018 às 14h40

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Bantumen
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Dando segmento a uma saga que rivaliza qualquer roteiro de novela mexicana, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, considera adotar medida de “emergência nacional” contra as chinesas Huawei e ZTE. A ação, caso venha a se realizar, impede que empresas americanas falam negócios com as duas fabricantes do setor de telecom.

As empresas chinesas vêm sofrendo acusações de instalar equipamentos de espionagem em seus produtos, o que lhes permitiria interceptar o tráfego de comunicações, espionando e obtendo segredos dos países clientes. ZTE e Huawei negam as afirmações. De acordo com a agência de notícias Reuters, a ideia de implementar essa medida já vem sendo considerada há algum tempo, mas só agora ela vem tomando proporções reais de possibilidade:

“A ordem executiva, a qual está em consideração há mais de oito meses, poderia ser emitida agora mesmo, em janeiro, e direcionaria o Departamento de Comércio dos EUA a bloquear empresas americanas de adquirir equipamentos de fabricantes estrangeiras de telecomunicações que representem um significante risco nacional de segurança, segundo fontes da indústria de telecom e administração dizem”, conta a agência. “Esta ordem executiva invocaria a legislação prevista no ‘Ato de Poderes Econômicos Emergenciais’, uma lei que dá ao presidente a autoridade para regulamentar o comércio em resposta a uma emergência nacional que ameace os Estados Unidos”.

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O governo chinês respondeu à ameaça, dizendo que ela não possui qualquer justificativa: “A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da China, Hua Chunying, disse que ela não iria comentar sobre a ordem, já que ela não foi oficialmente confirmada: ‘É melhor deixar que os fatos falem por si quando o assunto envolve problemas de segurança. Alguns países têm, sem nenhuma evidência, feito uso da ‘’segurança nacional’’, presumindo tacitamente ilegalidades para polemizar, e até mesmo obstruir e restringir atividades normais de troca de tecnologias. Isso na realidade é fechar as portas para um lado, ao invés de abrí-las para o progresso e justiça’”.

Atualmente, a ZTE e a Huawei estão banidas de fazerem negócios nos Estados Unidos, mas este banimento refere-se apenas ao governo do país e seus contratos terceirizados. Empresas privadas continuam suas relações com as fabricantes chinesas normalmente. A ordem executiva prevista na matéria da Reuters, porém, mudaria este quadro, efetivamente expulsando produtos das duas marcas dos EUA.

Nem ZTE, nem Huawei comentaram as informações.

Fonte: Reuters