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John McAfee vai concorrer à presidência usando representantes mascarados

Por| 24 de Janeiro de 2019 às 20h22

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John McAfee vai concorrer à presidência usando representantes mascarados
John McAfee vai concorrer à presidência usando representantes mascarados

John McAfee está de volta com mais uma de suas excentricidades desafiadoras. Nesta terça-feira (22), o fundador de uma das principais empresas de antivírus do mundo, com a qual ele não tem mais nenhuma relação, anunciou que lançará mais uma vez uma candidatura à presidência dos EUA. A diferença é que, em 2020, ele fará isso a distância e contará representantes usando máscaras com o seu rosto.

O anúncio da candidatura foi feito por meio da conta de McAfee no Twitter, onde ele anunciou estar recrutando milhares de voluntários para a realização de atividades de marketing de guerrilha ao longo de sua campanha. Enquanto isso, ele permanecerá em exílio, fugindo de acusações de fraude que teriam sido levantadas contra ele pela receita federal americana.

Uma das etapas da divulgação, por exemplo, envolve a aparição de diversos “road Warriors”, como são chamados os representantes, em flash mobs em diferentes cidades dos EUA, enquanto o próprio candidato transmite seus discursos pela internet e através de alto falantes. As atividades acontecerão simultaneamente em diferentes locais e permitirão que os cidadãos façam perguntas diretamente a McAfee.

A segunda etapa, mais séria, envolve a realização de comícios e discursos mais longos, além de debates, também com o candidato conectado por meio da internet e sendo representado presencialmente por um mascarado. Para o coordenador da campanha de McAfee, Robert Loggia, a tecnologia permite que esse tipo de coisa aconteça de forma semelhante à presença real do postulante no local.

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Em ambos os casos, câmeras nos ombros dos representantes permitirão que McAfee observe tudo o que está acontecendo, enquanto, pela voz, ele falará diretamente com as pessoas e dará ordens a seu representante, que não será nada mais do que um corpo pelo qual o candidato se comunicará. E, antes que você pergunte, a ideia é legal. A legislação dos Estados Unidos permite que candidatos usem enviados durante eventos públicos, jamais precisando estar presentes no local de tais eventos.

Os representantes serão usados durante a etapa inicial da campanha, na qual McAfee pleiteia uma vaga no partido libertário com outros interessados. Em 2016, ele também fez o mesmo, aparecendo nas pesquisas como um dos três mais votados de seu grupo. Entretanto, nas primárias, ele acabou perdendo para o antigo governador do estado do Novo México, Gary Johnson.

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O antigo empresário do ramo da tecnologia digital está no que tem chamado de “barco da liberdade”, um iate em águas internacionais, onde permanece longe das garras das autoridades, a quem acusa de perseguição. Ele diz ter sido indiciado, juntamente com sua mulher e outros quatro funcionários de sua campanha presidencial de 2016, por fraudes na declaração de impostos.

Seria mais um dos tantos problemas legais de McAfee, que já foi acusado de assassinato pela polícia de Belize, onde passou anos exilado, e também chegou a ser preso em diferentes momentos por acusações que vão desde posse ilegal de armas até dirigir embriagado ou fabricar drogas em casa. Antes de partir para os mares, ele estava nos Estados Unidos, para onde foi deportado após tentar entrar ilegalmente na Guatemala.

Fonte: John McAfee (Twitter), CNET