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Governo vai criar espécie de WhatsApp para conectar ministros e parlamentares

Por| 27 de Fevereiro de 2019 às 18h35

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Governo vai criar espécie de WhatsApp para conectar ministros e parlamentares
Governo vai criar espécie de WhatsApp para conectar ministros e parlamentares

O governo de Jair Bolsonaro (PSL) quer criar uma rede social privada para ministros e parlamentares nos moldes do WhatsApp. Assim, o governo poderá manter um canal direto de comunicação com congressistas. As informações foram divulgadas pelo jornal O Globo nesta quarta-feira (27).

A rede social ainda reuniria informações sobre o "comportamento político" dos deputados. Será possível acessar o histórico de atuação de políticos em votações, o andamento de emendas e quem indicou quem para o governo.

"Vai ser um aplicativo interno em que todo mundo vai poder entrar: parlamentares e ministros, uma coisa legal. A ideia é mostrar, por exemplo, quais programas há na ação social, na saúde, e aí os deputados vão ver os programas, poder passar para os prefeitos, divulgar, tendo acesso online", explicou o secretário especial para a Câmara, Carlos Manato ao jornal O Globo.

Segundo a reportagem, a ideia gerou certo desconforto em Brasília. Os parlamentares entendem que o governo pode utilizar os dados para pressioná-los. Alguns até sugerem que a iniciativa é uma "espionagem". Poucos acreditam na efetividade da rede social.

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Também existem preocupações com a possibilidade da inclusão de dados pessoais, como de cônjuges e filhos. Interlocutores do governo negam que o aplicativo vá reunir tais informações.

De acordo com O Globo, o aplicativo ainda está em fase de elaboração e é coordenado pela Casa Civil, que não se manifestou oficialmente sobre o tema.

A novidade pode ser um alívio para Agência Brasileira de Inteligência (Abin), que tenta convencer Bolsonaro a utilizar um telefone criptografado. Ele insiste em manter um celular comum. Uma das razões da recusa é que celulares com o sistema de segurança impossibilitam o download de redes sociais como o WhatsApp e o Twitter.

Como o aplicativo será criado por um órgão do governo, poderiam ser adicionadas camadas de segurança especiais.

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Apesar da criptografia do WhatsApp, foi pelo aplicativo que vazou um áudio de Michel Temer sobre o impeachment de Dilma Roussef, provocando uma crise no ex-governo. Mais recentemente, três gravações vazadas da plataforma desmentiram o atual presidente – as gravações mostram conversas entre Bolsonaro e Gustavo Bebianno sobre a rotina governamental. Os áudios foram obtidos por VEJA. Até então, o presidente negava as conversas que ocorreram após a notícia sobre o esquema de candidaturas laranjas do PSL revelada pela Folha de S. Paulo.

Fonte: O Globo