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Estudo revela como seria o Rio de Janeiro conectado

Por| 16 de Agosto de 2018 às 15h10

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O Pictures of the Future (Retratos do Futuro) começou há seis anos quando a Siemens coletou impressões de um grupo de 80 entrevistados e as transformou em seis cenários ideias para tranformar o Rio de Janeiro em uma cidade inteligente por meio de investimento em tecnologias.

Tópicos como mobilidade, economia, sustentabilidade, inclusão social, bem-estar e saúde foram os destaques no início do projeto. Mas, este ano, durante a atuallização da pesquisa, revelada no Siemens Fórum 2018, foram acrescentados mais dois focos: Green Cities Index (Índice Cidade Verde) e City Resilience Index (Índice Cidade Inteligente), revelando o desejo de uma cidade conectada, colaborativa e integrada, por meio da digitalização. 

“Os cenários foram impulsionados por indicadores do futuro em que o pico do uso de petróleo (2025), o aumento da emissão de carbono, crescimento populacional e o consequente aumento de energia, além de um maior número de pessoas conectadas, vão mudar modelos de negócios, meio ambiente e comportamentos. Precisaremos de colaboração, ciência e tecnologia, como Internet das Coisas e Cloud Computing, para nos ajudar nessa nova fase e tornar a sociedade mais conectada, urbana e consciente”, comentou Suzana Kahn, professora e Cientista na UFRJ. 

Confira abaixo os seis cenários apresentados por Jan Schönig, Diretor de Desenvolvimento Urbano & Cidades Inteligentes da Siemens, durante evento da Siemens no Rio de Janeiro.

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Rio como potência econômica: A região do Rio de Janeiro é um dos focos
econômicos e, em conjunto com São Paulo, constitui o principal polo gerador de PIB
da América do Sul. Isso oferece a oportunidade de estabelecer uma porta de entrada
para bens, negócios e comércio, mas também para financiar importações e
exportações para toda a América do Sul, explorando as diferentes vocações da
cidade.

Um centro de bem-estar: Para tornar o Rio de Janeiro uma referência em bem-estar,
prevenção e reabilitação na América do Sul, todas as partes interessadas, como
governo provedores de saúde, terão que cooperar em um ecossistema de prevenção
com processos de saúde otimizados, com pontos de atendimento descentralizados e
práticas de médicos móveis em conjunto com hospitais centrais e centros de saúde
em grande escala, que otimizarão todo o processo de triagem, exame, diagnóstico,
terapia e reabilitação.

Inclusão social: Para uma mudança bem-sucedida e sustentável das comunidades, é
fundamental que se tenha um novo planejamento e construção mais eficaz, não
apenas com relação a casas, ruas, parques e instalações comunitárias, mas também
no que diz respeito à infraestrutura de água, esgoto e eletricidade. Um dos princípios deve ser criar uma comunidade de renda mista, que vive em distritos urbanos de uso
misto, tornando-se o elemento chave para uma inclusão social verdadeira e
sustentável.

Uma cidade mais ágil: Para ter um sistema interconectado complexo, que seja
mantido 24 horas por dia em todos os dias da semana, que ao mesmo tempo
mantenha-se seguro por meio de medidas de segurança onipresentes e com
capacidade de lidar com diferentes catástrofes, a cidade precisa ser suportada por
sensores em todos os lugares, que junto com soluções de Internet das coisas,
gerarão superfícies inteligentes como estradas, fachadas de edifícios, lâmpadas de
rua, entre outros. Derivar um modelo de cidade funcional a partir dos dados de
sensores permite prever e simular, bem como processar consultas e tornar o fluxo da
cidade muito mais intuitivo.  

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Mobilidade otimizada: Um transporte público flexível, com sistema de gerenciamento
de tráfego inteligente usado para otimização e previsão será fundamental para
transformar a mobilidade urbana. Os terminais e estações deverão funcionar como
centros intermodais, integrando modos de tráfego e oferecendo serviços para as
necessidades diárias dos passageiros de qualquer região

Melhor aproveitamento dos recursos naturais: Utilizar de forma inteligente as
aptidões geográficas que a cidade possui para melhorar o clima local e proporcionar
mais qualidade de vida para as pessoas é fundamental para impulsionar
desenvolvimento da cidade. Promover soluções que levem água limpa em toda parte
irá construir a base para pessoas e meio ambiente saudáveis. Além disso,
investimentos em eficiência energética em edificações, gestão de resíduos e
reciclagem reduzirão a pegada ecológica do Rio e contribuirão para um ambiente mais
saudável.

De acordo com o estudo atual, se as medidas sugeridas forem implantadas, o Rio se
alinharia com as tendências da Quarta Revolução Industrial, por meio da convergência
de tecnologias digitais, físicas e biológicas. Além disso, essas mudanças poderão
alterar os sistemas econômicos, que passariam a focar na melhoria das condições de
vida e bem-estar da sociedade, ao invés do simples crescimento da produção de bens
e serviços que demandam muitos recursos naturais.

Diante de um mundo em transformação que caminha rumo a um desenvolvimento
sustentável, é importante que se trace cenários e estabeleçam indicadores para serem
monitorados. Isto ajudaria não apenas empresas e governos a avaliarem
periodicamente suas estratégias, como também a implementar políticas que, aliadas às iniciativas ligadas à digitalização e à transição energética, poderiam levar o Rio de
Janeiro ao patamar de uma Smart City (Cidade Inteligente) em 2030/2040.