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Empresas tech pedem que candidatos à presidência se preocupem com inclusão LGBT

Por| 05 de Setembro de 2018 às 20h20

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Empresas tech pedem que candidatos à presidência se preocupem com inclusão LGBT
Empresas tech pedem que candidatos à presidência se preocupem com inclusão LGBT

Uma parceria entre o Grupo Dignidade, a Aliança Nacional LGBTI e a organização Out & Equal Workplace Advocates pretende mudar as relações de trabalho no Brasil. Essas organizações divulgaram hoje (5) uma carta que pede para que os candidatos à Presidência do país reconheçam a importância da diversidade e da inclusão do público LGBT no local de trabalho. A carta é assinada por mais de 30 empresas e organizações não-governamentais que, juntas, empregam cerca de 100 mil pessoas. Entre as assinaturas estão os CEOS da GOL, Google, IBM, J.P. Morgan, Microsoft, Nike e Uber, além de várias outras gigantes.

José Berenguer (CEO do banco J.P. Morgan no brasil) afirmou que o documento é um alerta sobre a importância da criação de um ambiente de trabalho mais inclusivo e diverso. Ele conta que a J.P. Morgan já mantém há cinco anos um grupo de acolhimento para essas minorias, chamado Pride. Segundo Berenguer, o grupo não apenas serve para debater essas questões no ambiente do banco, mas também leva essas discussões para fora do ambiente interno da companhia, tentando mostrar para outras empresas do mercado financeiro a importância de se discutir o tema da diversidade com os funcionários.

Steve Roth, diretor da Out & Equal Workplace Advocates, afirmou que essas conversas podem fazer muita diferença, já que pesquisas do Credit Suisse mostraram que um profissional LGBT tem 73% mais chances de abandonar o emprego em menos de um ano quando a empresa não possui políticas inclusivas. Não apenas isso, mas uma série de pesquisas compiladas pela organização Open for Business mostram que empresas mais diversificadas e inclusivas possuem uma taxa de retenção de talentos muito maior do que aquelas que não se preocupam com esses temas.

Assim, o objetivo do manifesto é deixar claro quais são os valores partilhados por essas empresas, e fazer com que os candidatos entendam que eles são importantes não apenas no sentido da dignidade humana como também no de negócios, tanto para cada empresa em si quanto para o país como um todo.

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Já José Eduardo Carneiro Queiroz, sócio-diretor do escritório de advocacia Mattos Filho, explica que assinar esse documento é também uma forma de mostrar para outros negócios como as iniciativas de inclusão têm trazido melhorias para a cultura organizacional das empresas assinantes, deixando claro para todos quais são os benefícios em ser uma empresa socialmente inclusiva.

Fonte: Veja