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Colômbia testa drones de combate para destruir plantações de cocaína

Por| 20 de Agosto de 2018 às 13h44

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Time.com
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A Colômbia está aumentando o uso de tecnologia portabilizada no combate ao tráfico de cocaína no país. Agentes de departamentos anti-entorpecentes informam que estão testando o uso de drones na entrega de herbicidas que acabem com as plantações de coca. Segundo eles, há uma precisão maior nos drones que não se vê quando o mesmo herbicida é despejado de um avião.

O veneno em questão se chama “glifosato” e é comumente empregado para exterminar pragas. O governo colombiano disse ao Wall Street Journal que, ao assumir a posição presidencial, o novo chefe de estado colombiano, o presidente Iván Duque, autorizou o uso dos drones a fim de limitar danos a plantações vizinhas e à saúde dos agricultores. Seu predecessor, Juan Manuel Santos, suspendeu o uso de aviões monomotores na dispersão do herbicida após processos vindos de pessoas preocupadas com a própria saúde — uma ressalva válida, já que a Organização Mundial da Saúde apontou que o glifosato possui propriedades cancerígenas.

As plantações de coca estavam em declínio até 2012, quando a suspensão dos aviões monomotores entrou em vigor. Na época, havia cerca de 193 mil plantações. Em seis anos, porém, esse número aumentou para 516 mil.

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No Brasil, o glifosato segue em xeque

Aqui, o glifosato não é usado para derrubar plantios de maconha, mas sim vendido em galões e aplicado no solo antes de serem plantadas as sementes de soja e milho, a fim de combater a proliferação de ervas daninhas. Recentemente, a Justiça brasileira ameaçou retirar o herbicida do mercado, citando duas justificativas: a primeira é a afirmação da OMS. A segunda é a notícia de que um homem nos EUA ganhou um processo de mais de US$ 200 milhões contra a Monsanto, alegando que o uso continuado de glifosato lhe trouxe câncer. A Monsanto negou e entrou com recurso.

Agricultores mais proeminentes do setor, bem como a bancada ruralista do Congresso Nacional, buscam junto do governo Temer a liberação do herbicida, alegando que a sua suspensão coloca a próxima safra de soja e milho em risco. Empresas como a já citada Monsanto, bem como Syngenta, ecoam o pedido dos ruralistas, dizendo que não poderão oferecer um herbicida substituto no mesmo volume em tempo hábil.

Fonte: Wall Street Journal; G1; Globo Rural