Uber demite mais de 20 funcionários acusados de assédio sexual
Por Andressa Neves | 06 de Junho de 2017 às 18h18
De acordo com informações divulgadas nesta terça-feira (6), a Uber demitiu mais de 20 funcionários após investigações sobre acusações de assédio. Segundo as fontes, a companhia começou a investigar pelo menos 215 colaboradores e, durante o processo, descobriu que pelo menos 20 pessoas estavam envolvidas em casos de discriminação, bullying e outros tipos de violência.
Conforme relatado pela Bloomberg, a Uber admitiu que, no total, cerca de 100 funcionários já foram demitidos por conta das reivindicações. Além disso, 57 colaboradores ainda estão sendo investigados, 31 estão passando por treinamentos e sete receberam advertência por escrito.
Para dar conta de toda a repercussão, a companhia realizou uma reunião para discutir os resultados da investigação da empresa de advocacia Perkins Coie, responsável pela análise dos casos. Vale lembrar que o levantamento, apesar de levar em consideração qualquer tipo de assédio, teve início depois que a engenheira Susan Fowler escreveu uma carta acusando a empresa por assédio sexual e negligência por parte dos responsáveis.
A polêmica sobre a cultura de assédio na Uber tem levantado questionamentos por parte de diversos especialistas. Uma das acusações é de que a companhia possui uma estrutura de gerenciamento grande e inexperiente, levando a uma cultura de misoginia e má administração — 3.000 dos seus 12.000 funcionários estão em cargos gerenciais e muitos não tiveram experiência prévia em gestão.
Seja como for, parece que a empresa está tentando dar a volta por cima. Na última segunda-feira (5), a Uber anunciou a contratação de Francis Frei, acadêmico da Harvard Business School conhecido por trabalhar questões de gênero. Será que agora vai?
Fonte: TechCrunch