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Ex-CEO da Uber acusa investidores de "ataque pessoal" e de o tirarem da empresa

Por| 18 de Agosto de 2017 às 10h41

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Os problemas internos da Uber parecem estar longe de terem um fim. Desta vez, o ex-CEO da empresa, Travis Kalanick, afirmou que o processo movido pelos investidores da Benchmark Capital Partners é um "ataque pessoal público" e que eles "planejaram secretamente" sua saída do comando da companhia.

Os investidores da Benchmark Capital abriram um processo contra Kalanick por suposta fraude, violação de contrato e de dever fiduciário. Os advogados do cofundador e ex-chefão da empresa apresentaram a defesa ao processo alegando que os investidores iniciaram "esta ação como parte de seu ataque público e pessoal contra Travis Kalanick". A declaração vai mais além e acusa a Benchmark Capital de se aproveitar do trágico momento vivido por Kalanick, que perdeu a mãe em um acidente de barco. "Eles executaram seu plano no mais vergonhoso dos tempos: imediatamente após Kalanick ter experimentado uma tragédia pessoal horrível", afirma o documento.

Após uma série de escândalos internos dentro da Uber, Kalanick renunciou ao cargo de CEO no final de julho, mas se manteve como membro do conselho. A Benchmark Capital, que também faz parte do conselho da companhia, afirmou que controla 20% dos direitos de voto e que, por isso, tem condições de contribuir com as decisões internas da empresa.

O processo movido pela Benchmark Capital envolve uma decisão tomada por Kalanick em 2016, quando expandiu o conselho de administração da empresa de 8 para 11 membros, com o CEO tendo o controle das três cadeiras extras. Os investidores da Benchmark afirmam que se soubessem da "má gestão e má conduta de Kalanick na Uber" não teriam permitido o aumento de membros do conselho. A companhia de investimentos citou o escândalo do software "Greyball", que tentava enganar autoridades sob a gestão de Kalanick, e do escândalo envolvendo um executivo que aparentemente estava acessando arquivos médicos de uma pessoa na Índia. A Benchmark quer que a decisão de 2016 seja desfeita e que Kalanick deixe o conselho da Uber.

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O processo é apenas um dos problemas internos que a Uber vem enfrentando nos últimos meses. Além dele, há acusações de assédio sexual e discriminação que ocorreram por parte de executivos da empresa. Esses mesmos executivos também foram acusados de negligência neste sentido.

Como se os problemas internos já não fossem o bastante, a empresa também está envolvida em uma disputa judicial com a Waymo, uma companhia da Google, que acusou a Uber de roubar a sua tecnologia. Em meio a tudo isso, o conselho da empresa ainda está em busca de um novo CEO.

Fonte: BuzzFeed