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Rise of The Tomb Raider para PS4 é tão bom quanto Uncharted 4 [Análise]

Por| 30 de Outubro de 2016 às 14h27

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Já faz um ano que Rise of The Tomb Raider está neste mundo, só que não para os jogadores de Playstation 4. O game publicado pela Square Enix e desenvolvido pela Crystal Dynamics foi um dos "exclusivos por um tempo" que a Microsoft tevem em seu line up em 2015, e quem tinha de Xbox One ou Xbox 360 teve a oportunidade de jogar a segunda aventura de Lara Croft depois do fantástico reboot que a série teve em 2013.

Entretanto, 2016 está aí, a franquia Tomb Raider completa 20 anos - pois é, o primeiro game da heroína chegou para o Playstation 1 em 1996 - e os donos do PS4 finalmente poderão curtir ROTR, que chega em uma versão turbinada com extras e comemorando o aniversário da franquia. Entretanto, em maio deste ano o Playstation já teve Uncharted 4: A Thief's End, desde já considerado um dos melhores títulos do ano e que os Sonystas fanátios usaram como pretexto para não dar muita bola para o game de Lara Croft. Mas a verdade é: ignorar Rise of The Tomb Raider é um grande erro, já que o novo game da heroína consegue ser tão bom quanto o quarto game de Nathan Drake.

O caminho da fonte divina

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O novo game se passa pouco tempo após os eventos do primeiro jogo, quando Lara Croft encontra pistas para uma cidade lendária escondida na gélida região da Sibéria e parte em busca da "Fonte Divina", um tesouro que esconde um poder desconhecido e a possível fonte da juventude. Só que, como sempre, ela não está sozinha nesta busca e se envolve com uma organização meio-criminosa meio-seita religiosa chamada Trindade. E aí está armada a confusão, basicamente.

Apesar da história não ter nada de mais, ela serve como a base para o jogo progredir de forma consistente. Ao contrário das narrativas com viagens quase estilo James Bond de alguns Uncharted, ROTR se mantem firme no cenário escolhido, o que pode ter sido uma escolha sábia da Crystal Dynamics em manter sua narrativa mais concisa. Ainda assim, o game tem uma grande variedade de mapas e cenários, dando grandes possibilidades para a exploração.

O destaque da história toda, obviamente, é a própria Lara Croft, cuja habilidade como exploradora e combatente vai evoluindo frente aos olhos do jogador, o que dá um tempero extra à narrativa. Entretanto, o jogo continua a linha violenta do primeiro jogo do reboot, colocando Lara quase como uma assassina em alguns momentos, carregando na truculência com os inimigos - inclusive o jogo tem uma mecânica em quick time events em que é possível executar os inimigos, resultando em animações chocantes às vezes. Por conta disso, a ação do jogo se afasta bastante do o aspecto mais leve de Uncharted. Se a série da Naughty Dog é Caçadores da Arca Perdida, Rise of The Tomb Raider é, definitivamente, Indiana Jones e o Templo da Perdição, com direito a sangue, facadas, tiro de calibre 12 na cara dos inimigos e muito mais.

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Edição recheada

Enfim, o game lançado para o PS4 repete nos mínimos detalhes o grande jogo que os donos de Xbox One tiveram a chance de curtir no ano passado. Entretanto, para compensar pelo atraso, a edição vem lotada de extras, como todos os DLCs (incluindo o ótimo Baba Yaga: Temple of The Witch), um novo capítulo de história de Blood Ties, novos modos de combate online, skins clássicos e mais uma porrada de coisa.

Rodando no hardware do PS4, o game se mantém estável em 30 frames por segundo, mas os bons gráficos não diferem muito do que foi apresentado no console da Microsoft, que também recebeu esta edição especial, inclusive com suporte para HDR e melhor frame rate no Xbox One S.

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Para os donos de PS4, o novo Tomb Raider pode até dividir opiniões em uma pergunta importante. Qual é melhor: ROTR ou Uncharted 4? Em alguns pontos, eu me atrevo a dizer que a aventura de Lara Croft consegue bater o já clássico game da Naughty Dog. O grande trunfo de Rise é a sua crueza. Ele não mede esforços em criar um ambiente agressivo, no qual Lara Croft precisa se adaptar e sobreviver a todo custo. Se Uncharted é aventuresco e cinematográfico, ROTR é violento e urgente em seus momentos de maior ação, o que cria um engajamento completamente diferente no jogador. Misturando isso com a jogabilidade altamente influenciada por elementos de RPG, como pontos de experiência e um sistema de upgrades de habilidades, temos uma competição acirrada ao emparelharmos os dois games para ver qual tem a melhor ação. Para quem achou que Uncharted 4 tinha história demais - sim, teve gente que reclamou disso - e ação de menos, talvez ROTR seja o game ideal para você.

Antes tarde do que nunca

Demorou um ano, mas chegou. E se tratando de um game da excelência de Rise of The Tomb Raider, os donos de PS4 podem comemorar, já que esta é a aventura definitiva de Lara Croft até o momento, fincando a franquia de vez como uma rival de respeito para a Naughty Dog e seu Uncharted. E, a parte de qualquer baboseira de rivalidade que eu tente empurrar aqui, o vencedor desta história toda é sempre o gamer, que poderá agora curtir dois games parecidos em premissa, mas cada um com sua forte personalidade e qualidade.

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Se você esperava que U4 fosse o festival de ação como o terceiro game da franquia, ROTR pode ser um game que você goste tanto quanto o badalado exclusivo do PS4. Mesmo para quem amou e se emocionou com a última aventura de Nathan Drake, minha sincera recomendação é: deixe de lado o papo de "Nathan é melhor que Lara" e não ignore Rise of The Tomb Raider, pois você poderá se privar de uma das melhores experiências de ação lançadas para PS4 este ano.

Nota: 9,5

*A cópia de Rise of The Tomb Raider: 20 Year Celebration para PS4 utilizada neste review foi gentilmente cedida pela Square Enix.