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Preview | Roller Champions acerta em cheio em sua fórmula

Por| 16 de Março de 2020 às 11h43

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Preview | Roller Champions acerta em cheio em sua fórmula
Preview | Roller Champions acerta em cheio em sua fórmula
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Quando você pensa nas principais produtoras de games esportivos do mercado atual, a Ubisoft com certeza não fará parte da lista. Mas isso não a impediu de anunciar Roller Champions na E3 2019, uma proposta inusitada para uma empresa muito mais reconhecida pelos mundos abertos e pelos eSports, mas que agora tenta adicionar um pouco de esporte ao seu portfólio de títulos.

A estratégia foi acertada, com a curiosidade levando muita gente a baixar uma demo disponibilizada logo após a conferência da empresa no ano passado. Agora, nove meses depois, a Ubisoft apresenta os resultados dessa primeira rodada de testes em uma Alpha fechada, da qual o Canaltech foi convidado a participar. A maior demonstração, aqui, é que a Ubisoft parece estar confiante de que acertou desde o começo.

A versão a que tivemos acesso traz as mesmas bases dos testes realizados em 2019, com mais conteúdo, melhorias gráficas e algumas adições de sistemas que estarão no game final. A Alpha de Roller Champions tem uma nova arena e um ainda rudimentar sistema de criação de personagens, que permite pouca personalização.

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As maiores diferenças estão na jogabilidade, mas antes de falarmos delas e como elas mudaram um pouco as coisas, é interessante explicar a dinâmica de Roller Champions, principalmente para quem não conhece o roller derby. Em uma arena circular, dois times de três atletas se enfrentam e devem circular pelo campo, marcando pontos de acordo com o tempo que permanecem com a posse de bola.

O gol é semelhante ao do quadribol, para quem conhece o mundo de Harry Potter, mas só pode ser disputado quando o jogador completa voltas pela arena. Uma volta completa garante um ponto, enquanto duas rodadas valem três e o limite máximo, três, faz com que o gol tenha valor cinco. Aqui, temos a principal estratégia de Roller Champions, com jogadas mais ousadas dando recompensas maiores, mas gastando tempo e mudando a dinâmica.

Mudanças na jogabilidade adicionaram ainda mais tensão e planejamento a esse aspecto. Na principal alteração, pressionar diversas vezes o botão de ataque, que serve para empurrar um oponente e roubar a bola, faz com que o jogador avance rapidamente para a frente e caia na sequência. O movimento, então, se tornou uma boa alternativa para um confronto direto, mas também exige precisão, pois segundos preciosos serão perdidos enquanto o atleta se levanta.

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O estilo dos passes também teve alterações sensíveis, mas importantes. Antes, a pelota “grudava” nos jogadores, ainda que à distância, dificultando interceptações e tornando as voltas um pouco mais fáceis. Agora, porém, lançar à distância exige atenção tanto de quem manda quanto de quem recebe, com os momentos de bola solta se tornando frequentes caso não haja uma coordenação entre os membros do time, um elemento que acaba favorecendo demais ao adversário.

Sendo assim, faz mais falta do que nunca um sistema de comunicação, já que na Alpha fechada de Roller Champions ainda não é possível falar com os parceiros. A indicação de que se está pronto para um passe ajuda nesses momentos, mas ainda assim é preciso prever quando a bola será lançada, algo que nem sempre é fácil levando em conta a quantidade de estímulos presentes no cenário. Por mais que uma interface de usuário sempre aponte para o que importa, as coisas podem se tornar confusas às vezes.

A Ubisoft também demonstra saber que, para um esporte ainda pouco conhecido, os jogadores podem desejar um pouco mais de consciência de jogo antes de partirem para as partidas conectadas. Por isso, adicionou uma extremamente bem-vinda opção de jogos com bots, bem como a possibilidade de atuar em arenas vazias que permitem entender melhor os comandos, o funcionamento dos rebotes e o sistema de lançamentos a gol antes do que realmente interessa.

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Outros elementos básicos também funcionam. O matchmaking, por exemplo, é rápido e as partidas foram encontradas em poucos segundos, mesmo em um período de testes limitados no qual a ideia é que pouca gente está jogando. Desenvolvedores parecem estar presentes nas arenas, já que encontramos diversos jogadores com a indicação “Ubi” em seus nomes de usuário, uma anedota interessante e que demonstra, também, um trabalho em pleno andamento.

Entre os aspectos que ainda merecem atenção, por exemplo, está a câmera, que pode entrar por trás da torcida em alguns momentos e carece de um sistema de travamento que a permita, por exemplo, permanecer constantemente atrás do jogador enquanto ele voa pelo cenário. Além disso, vale a pena citar a ausência de uma trilha sonora durante as partidas, com a Ubisoft, sempre conhecida pelas músicas licenciadas escolhidas com bom gosto, deixando esse aspecto estranhamente de lado na jogabilidade de Roller Champions – pelo menos no Alpha.

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Todos são, entretanto, elementos periféricos e adições a uma fórmula que a produtora francesa parece ter entendido que funcionou desde o início e que, agora, recebe os ajustes necessários. O trabalho está longe de terminar, como fica claro nessa Alpha fechada, mas os fundamentos de Roller Champions parecem estar estabelecidos, bastando o polimento de arestas.

Roller Champions será gratuito. Apesar de os testes estarem sendo realizados apenas nos PCs, o game também deve contar com versões para o PlayStation 4, Xbox One e Switch, mas uma data de lançamento ainda não foi fixada.