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Os 10 jogos mais superestimados da história dos videogames

Por| 24 de Abril de 2015 às 09h45

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Os 10 jogos mais superestimados da história dos videogames
Os 10 jogos mais superestimados da história dos videogames

Criticar um jogo de videogame nem sempre é uma tarefa fácil, pois envolve paixão e muito sentimento. Quem nunca se rendeu aos encantos da boataria e ficou super ansioso com um título antes dele chegar às prateleiras? Pior: quem nunca comprou esse jogo e, logo na primeira semana, o tomou como título favorito?

A indústria dos videogames é assim e nos faz navegar em mares de rosas sempre que um novo jogo está a caminho. Entretanto, a verdade é que, depois de algum tempo, quando as peças publicitárias e a imprensa deixam de martelar nossa cabeça e tudo o que resta são as memórias gravadas na cabeça, aqueles títulos não são lá grande coisa quando voltamos a jogá-los. O que mudou, afinal de contas? Talvez nada, na verdade.

Todo jogo tem seus pontos positivos e negativos e todos eles são bons à sua maneira. No entanto há aqueles que receberam uma atenção tão grande por parte da imprensa e crítica especializada que praticamente fomos compelidos a adorá-los, não importando o quê. Agora, com a poeira do hype devidamente aspirada, é hora de conferir a lista dos 10 jogos de videogame mais superestimados que já vimos e jogamos.

10. Assassin's Creed

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Não resta dúvida de que Assassin's Creed é uma das franquias mais bem sucedidas de toda a história dos videogames, mas temos que concordar em algumas coisas sobre o primeiro título da série: ele foi extremamente hypado, altamente bem criticado, mas, no fim das contas, não era tão bom quanto venderam.

O hype até que é compreensível afinal de contas, a Ubisoft apostou todas as suas fichas na criação de uma franquia já no início da geração passada de videogames. As chances disso dar errado eram enormes, mas a desenvolvedora francesa soube fazer o merchan e vendeu seu peixe muitíssimo bem. A isca fora mordida pela crítica, que aclamou o novo título e criou um cenário que praticamente forçava qualquer um a experimentar e adorar o primeiro Assassin's Creed.

Que Assassin's Creed é uma das franquias mais bem sucedidas dos últimos tempos, isso não tem como negar. Mas também não tem como tampar o sol com a peneira e dizer que o primeiro título da série era bom. A jogabilidade era repetitiva e o personagem não era tão livre quanto a Ubisoft vendia (Imagem: Reprodução)

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Num primeiro momento, muitos se agradaram com o título, mas, com o passar do tempo, não foi difícil encontrar pessoas reclamando a torto e a direito da mecânica repetitiva dele. A liberdade vendida pela Ubisoft não era tanta quanto os jogadores imaginaram e basicamente tudo era executado em uma rotina entediante e sem fim. Hoje em dia, é muito fácil encontrar quem diga ter pulado o primeiro título e ter ido direto para o segundo, cuja mecânica foi refinada.

9. L.A. Noire

Mundo aberto no estilo Grand Theft Auto, cenário e trama na Los Angeles da década de 1940, técnica revolucionária de mapeamento de rosto dos personagens, logo da Rockstar Games na caixinha e centenas de críticas favoráveis. Esses foram os itens responsáveis por fazer L.A. Noire um dos jogos mais aguardados e vendidos de 2011.

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L.A. Noire encheu os olhos de muita gente pela técnica de captura facial desenvolvida pela Team Bondi e o selo da Rockstar Games, mas, na prática, decepcionou por ser muito óbvio e ter fator replay nulo (Imagem: Reprodução)

Contudo, só foi o título chegar às mãos dos jogadores que logo foi alvo de desaprovação. Considerado pelos fãs como inovador e revolucionário, os sistemas de interrogatório e investigação de L.A. Noire foram apontados pelos mais céticos como sua principal falha. Tendo sido vendido como um sistema de dinâmico e "como algo que nunca vimos", no fundo o sistema era óbvio demais e suscetível a falhas. Se o jogador errasse um palpite, podia muito bem pausar o game, reiniciá-lo e acertar o bacorejo em cheio logo na sequência.

No fim das contas, L.A. Noire acabou sendo nada mais do que uma experiência cinematográfica inesquecível, com fator de replay absolutamente nulo.

8. Minecraft

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Um dos mais aclamados jogos dos últimos tempos também é um dos que mais gera polarização na opinião dos jogadores. É difícil encontrar alguém que fique em cima do muro quando o assunto é Minecraft: ou você o ama, ou você o odeia.

O problema é que quem não gosta do game acredita que ele não é nada mais do que uma cópia descarada - e mal feita - dos famosos blocos de LEGO para os videogames. Há também quem critique o endeusamento do título pelos fãs, que, literalmente, o encaram como um meio ou estilo de vida.

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No fundo, não há muita coisa a se fazer em Minecraft. Encantados pelas infinitas possibilidades de construção, jogadores que não têm a mínima habilidade para a coisa acabam encontrando um jogo cheio de tédio (Imagem: Reprodução)

E é justamente disso que surge a principal crítica ao jogo: que estilo de vida? Minecraft é extremamente monótono e repetitivo e basicamente não possui nenhum desafio. Também não há objetivo algum, podendo ser resumido em construir coisas e, depois, construir mais coisas sobre essas coisas que já foram construídas. Uma rotina que, quem tem um dia cheio de tarefas repetitivas, certamente não quer e nem deseja encarar.

7. BioShock Infinite

A franquia BioShock é o exemplo perfeito de que quando um game é bem feito (e bem divulgado) consegue transpor a barreira do mundo gamer. Com BioShock Infinite, essa característica foi ampliada e muitos se encantaram com o jogo pelos seus gráficos, enredo que desperta uma curiosidade anormal e/ou personagens, que acabam criando um laço afetivo com quem joga e com quem só está assistindo. Mas há um fator nesse último título que põe tudo a perder: a jogabilidade.

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Como não poderia deixar de ser, BioShock Infinite pega carona no sucesso dos seus dois antecessores, mas não apresenta praticamente nada que justifique sua existência. Toda a jogabilidade e mecânica são as mesmas de BioShock 2, título de 6 anos atrás (Imagem: Reprodução)

Colocando-o ao lado dos demais títulos da série, percebe-se que praticamente não houve uma evolução em termos de jogabilidade. Tudo parece igual - o que se agrava se lembrarmos que existe um espaço de seis anos que separam BioShock 2 de Infinite.

No fim das contas, não é difícil perceber que as tarefas são executadas de maneira repetitiva e que o jogo não é lá um bom shooter como os dois anteriores foram.

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6. The Sims

Não há como negar que The Sims foi um marco para a indústria do videogame. O game não só vendeu como água no deserto no início dos anos 2000 como também foi o responsável por lançar um novo estilo de jogo: o simulador de vida.

Embora seja considerado um marco e pioneiro no segmento de simuladores de vida, The Sims não tem nenhum elemento de diversão - a não ser afogar os Sims em piscinas sem escada e quartos sem porta pegando fogo (Imagem: Reprodução)

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O problema é que, no fundo, The Sims não chega nem aos pés da diversão e desafio proporcionados por Sim City, a mais famosa cria do falecido estúdio Maxis de Will Wright. Ao contrário do game em que o jogador é prefeito de uma cidade e tem que lidar com toda sorte de problema - inclusive invasões alienígenas -, em The Sims a diversão é limitada praticamente a prender seus Sims em piscinas sem escadas ou em uma sala em chamas e sem porta. Os pacotes de expansão, típicos da série, também não ajudam e basicamente trazem mais tranqueiras desnecessárias que ludibriam o jogador de estar se divertindo.

5. God of War

É difícil questionar a popularidade e qualidade de God of War, uma das mais respeitáveis franquias já criadas pela Sony. O problema é que o jogo cai nos mesmíssimos problemas dos seus irmãos de gênero, os beat 'n up, e traz uma história superficial, que tenta se passar de complexa, e uma pitada exagerada de hype patrocinada pela japonesa dona do PlayStation.

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God of War é mais do mesmo do que vimos no final da década de 1980 e começo dos anos 1990: um beat 'n up de roupagem nova, sem história alguma, mas inflado com um hype gigantesco (Imagem: Reprodução)

No final das contas, pouco interessa a (pouca) história, já que o que importa mesmo é esmagar o quadrado no controle e as várias cenas desagradáveis de sexo poligonal que surgem aqui e acolá no meio de uma jogabilidade repetitiva e pouco divertida.

4. Call of Duty: Ghosts

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Parece que foi ontem que Call of Duty: Ghosts foi demonstrado na E3 2013 e chamou atenção por ser um dos primeiros títulos anunciados para os consoles de nova geração. Entre os já rotineiros tiros e explosões, o game chamou atenção por algo bem diferente: a presença de um cachorro.

Aos olhos dos empolgados expectadores da feira e fãs da série, o game parecia perfeito e tido como um marco dos FPS antes mesmo de chegar às lojas. O que se viu, no entanto, foi algo bem diferente. Ghosts trazia alguns erros medonhos como personagens que falavam com o vento, num movimento de lábios sem fim e sem som algum.

Call of Duty: Ghosts causou um burburinho sem tamanho na E3 2013 por ser um dos primeiros títulos para a dita next-gen. Contudo, na prática, hoje é possível ver que nada justifica tamanha fanfarra, nem mesmo o cachorro (Imagem: Reprodução)

Embora o título tenha vendido muitíssimo bem naquele fim de ano - rendendo US$ 1 bilhão à Activision em apenas 24 horas -, a verdade, hoje, é que Ghosts não tinha absolutamente nada de especial e sequer chegava aos pés do que os antecessores promoveram para a franquia em termos técnicos e de qualidade. A campanha solo é vazia e linear e o game basicamente se sustenta apenas por suas capacidades multiplayer online. Claro, não é um jogo terrível, mas também nada que justifique toda a fanfarra tanto da mídia, quanto do público e crítica.

3. Grand Theft Auto IV

Falar mal de Grand Theft Auto é praticamente o mesmo que pedir para levar um tiro de bazuca na cara. Contudo, precisamos ser honestos e admitir que Grand Theft Auto IV foi uma das maiores decepções gamers dos últimos tempos e a maior da história da franquia.

Ora, basta lembrar que antes dele tivemos o até hoje famoso e aclamado GTA: San Andreas e suas milhares de possibilidade. O título permitia que o jogador fizesse praticamente tudo, desde ir à academia para malhar e ficar musculoso, até ao barbeiro para obter um novo corte de cabelo. À época, GTA: San Andreas foi (e em alguns aspectos continua sendo) o ápice em termos de personalização em títulos de mundo aberto nos videogames.

Nem de longe GTA IV traz as mesmas possibilidades de personalização de GTA: San Andreas. Fora isso, Niko Bellic é melancólico e tedioso - totalmente o oposto ao carismático Carl Jonhson. Por isso, restam poucas opções para "zoar" em Liberty City (Imagem: Reprodução)

Quando GTA IV foi anunciado para Xbox 360 e PlayStation 3, os jogadores esperavam por pelo menos a mesma coisa no novo título. Contudo, o que se viu foi um jogo bastante limitado e uma história bem atravancada, pautada pela personalidade depressiva do seu personagem principal, Niko Bellic.

Com tão poucas possibilidades de "tocar o terror" em Liberty City, muita gente acabou soltando o verbo e voltando a jogar San Andreas no PlayStation 2, apesar da crítica dizer que o título é perfeito: nota 98 no Metacritic.

2. Gran Turismo 5

Por muito tempo a Poliphony Digital dominou o segmento de simuladores de corrida nos videogames. A desenvolvedora reinava absoluta e isso garantiu a ela certos luxos como, por exemplo, atrasar Gran Turismo 5 em praticamente 5 anos.

Apesar da demora, o jogo chegou em 2010 prometendo nada mais nada menos do que mil veículos - e foi essa promessa, aliada ao atraso monstruoso, que fez a coisa desandar como um todo. A maioria dos veículos eram meras importações dos títulos anteriores lançados para PlayStation 2. Outra coisa incomodava, e muito, quem jogou o título: os carros eram feitos de adamantium e simplesmente não amassavam (e até hoje não amassam).

Adiado inúmeras vezes, Gran Turismo 5 foi aplaudido de pé mesmo trazendo carros importados de títulos anteriores do PlayStation 2. A demora foi tamanha que série perdeu relevância e cedeu seu lugar a Forza Motorsport, que reina absoluto até hoje (Imagem: Reprodução)

Apesar do fiasco, a crítica especializada e a imprensa aplaudiram Gran Turismo 5 de pé. A verdade, no entanto, é que o título é uma verdadeira vergonha para a Polyphony e, alvo de críticas até hoje, marcou a derrocada da série, cujo posto de "melhor simulador de corrida" foi perdido para Forza Motorsport.

1. Final Fantasy VII

Um ícone da geração 32-bits, Final Fantasy VII foi um dos principais responsáveis por popularizar o gênero RPG em todo o mundo, sobretudo por aqui pelo Ocidente. E não há como negar que isso foi alcançado com aventuras com visuais incríveis e belíssimas cenas em computação gráfica que enchiam os olhos dos donos de PlayStation na época. Apesar disso, é este o título que mais divide a opinião do público.

O grande problema do sétimo título da série de RPGs da Square é sua história confusa e cheia de meandros que de tão cambulhada acabou se perdendo em si mesma. Some isso ao fato de alguns personagens serem irritantes e totalmente clichê e mudanças nem tão bem-vindas ao clássico sistema de batalhas para temos um título capaz de despertar, simultaneamente, paixões e ódio mortal.

Aclamado pela imprensa e tido pela crítica como o melhor Final Fantasy de todos os tempos, a verdade é que FF VII traz uma história confusa, personagens clichê e mudanças no sistema de batalha que ninguém pediu. Até hoje só é conhecido por ser o primeiro da franquia a ter gráficos 3D (Imagem: Reprodução)

Doa a quem doer, a verdade é que pouquíssima gente realmente aclamaria Final Fantasy VII se não fosse aquilo que o faz ser conhecido até hoje: o primeiro Final Fantasy com gráficos em 3D da história.

E você? Discorda ou concorda com essa lista? Para você, quais títulos são os mais superestimados da história dos videogames? Conta pra gente na caixa de comentários aqui em baixo.