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Nintendo dá novos indícios de que próximos consoles não terão trava de região

Por| 11 de Maio de 2015 às 11h03

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Muito criticada por não permitir o uso de jogos de diferentes regiões em seus consoles, a Nintendo pode estar prestes a rever esse quadro. Em uma sessão de perguntas e respostas com investidores, o presidente da companhia, Satoru Iwata, disse que está estudando formas de remover a trava de região nos próximos videogames da empresa, mas não deu detalhes de como isso vai funcionar.

De acordo com o executivo, remover esse bloqueio dos dispositivos atuais vendidos pela Big N apresenta "vários problemas" e que a fabricante japonesa não considera essa possibilidade. "Contudo, em relação ao NX (próximo console da empresa), dado o feedback dos nossos clientes e propostas de mercado, enquanto ainda não temos nada decidido, estamos investigando internamente que não haveria nenhum problema em tornar isso (a remoção da trava) realidade", disse.

Iwata reconheceu que entende o desejo dos jogadores e que olha com otimismo para o futuro, o que teoricamente inclui o fato dos próximos consoles da companhia serem livres de bloqueios.

A restrição nos aparelhos da Nintendo é alvo de críticas constantes dos usuários devido ao fato de muitos títulos, principalmente RPGs japoneses ou os games da série Fatal Frame, nunca deixarem o mercado asiático. Mesmo quando isso acontece, a espera pode ser de alguns anos entre um lançamento e outro, algo que poderia simplesmente não existir caso os consoles não tivessem a tal trava de região.

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Na prática, isso significa que um título comprado aqui no Brasil, por exemplo, não rodará em consoles americanos ou europeus e vice-versa, uma vez que o Wii U e o Nintendo 3DS não podem rodar jogos de uma região diferente daquela em que foram fabricados. Ao contrário do Xbox One e PlayStation 4, que não são travados por região, o Wii U é o único videogame da atual geração que possui tal bloqueio.

Em novembro do ano passado, o próprio Iwata comentou que as travas de região presentes nos consoles da Nintendo podem deixar de existir. No entanto, assim como em conversa recente com os investidores, o executivo deu a entender que apenas os próximos aparelhos da empresa é que poderão contar com a novidade. Na época, Iwata defendeu o uso dessa estratégia por questões de licenciamento, que impedem certos títulos de deixar um determinado território e também por ser uma "medida protecionista imposta principalmente pelos varejistas".

Vale lembrar que, na última semana, a Nintendo revelou os resultados financeiros referentes ao seu último ano fiscal, encerrado em 31 de março de 2015. Foi a primeira vez em quatro anos que a companhia gerou lucros em vez de perdas.

Fonte: Polygon