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Lego Education: robótica e blocos de plástico dividem espaço em sala de aula

Por| 22 de Maio de 2014 às 12h02

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ZOOM/Divulgação
ZOOM/Divulgação

Se você é fã de Lego ou simplesmente já brincou com os famosos blocos de plástico alguma vez na vida, sabe que além das infinitas possibilidades de construção, são inúmeros os produtos da marca. Existem os kits simples, os inspirados em personagens, jogos para computador, série de desenho animado e até mesmo filmes.

Contudo, uma das divisões da empresa menos conhecida é a Lego Education. A divisão responde pelos kits de robótica da empresa e foi criada em 1996, em parceria com o MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), ao desenvolver o Technic Computer Control, um programa para computador que controlava robôs construídos com Lego. Dois anos mais tarde, a Lego Education apareceu oficialmente com o lançamento do Mindstorms, o primeiro bloco programável.

Atualmente, a Lego Education possui mais de 100 produtos em sua linha que são direcionados desde a crianças na Pré-Escola até ao Ensino Médio. No Brasil, a representante oficial da Lego Education é a Zoom, também criada em 1996. Mas a companhia não se limita a ser apenas representante. Além dos kits com sensores, softwares e motores, a Zoom também oferece programas e apostilas que utilizam a plataforma da Lego.

"A Zoom nada mais é que um material didático que dá a oportunidade para o aluno trabalhar semanalmente com projetos. Com esse material, ele trabalha em equipe, resolve problemas, cria dispositivos e ainda programa pelo computador", explica Marcos Wesley, presidente e fundador da Zoom.

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De acordo com o empresário, a Zoom alcança quase de 1,8 milhão de alunos e mais de 4 mil escolas – públicas e privadas – espalhadas pelo país. Para atender números tão grandes, a companhia utiliza desde 2009 o modelo de franquia, com mais de 20 franqueados.

Produtos

A empresa conta com quatro soluções de aprendizagem: Educação Infantil, Ensino Fundamental (anos iniciais), Ensino Fundamental (anos finais) e Ensino Médio. Todas elas demandam uma formação específica dos professores, que passam por treinamentos para aprender a usar os kits e peças de Lego de forma multidisciplinar.

Na Educação Infantil, destinada a crianças de 3 a 5 anos, são trabalhadas noções como criatividade e linguagem por meio de kits Lego Duplo, Pessoas do Mundo e Animais da Fazenda.

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Já nos anos iniciais do Ensino Fundamental, as crianças são estimuladas a desenvolver habilidades motoras utilizando peças motorizadas. Nos anos finais, sensores e blocos programáveis do kit Mindstorms são adicionados ao material de trabalho para exercitar o raciocínio lógico e conceitos tecnológicos. Por fim, no Ensino Médio, os alunos são incentivados a criar protótipos e fazer novas descobertas também pelo Mindstorms, já como forma de auxílio na escolha da profissão.

Foto: Divulgação

A Zoom ainda conta com outros projetos e cursos extracurriculares. Um destes projetos é o StoryStarter, um kit da Lego recém-lançado no Brasil e destinado a atividades de storytelling. Criado para crianças do terceiro ao quinto ano do Ensino Fundamental, o StoryStarter possui blocos e personagens para criar cenários e transformá-los em história. Após a montagem, o aluno tira fotos do cenário com uma webcam ou câmera digital que são transferidas para um computador e processadas no StoryVisualizer. Este trata-se de um software que converte os cenários em storyboards, permitindo que a criança crie diálogos.

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"O StoryStarter ajuda a desenvolver uma série de conceitos e habilidades. Com ele, a criança trabalha a linguagem, a imaginação, a criatividade e o storytelling. É ainda uma forma de desenvolver a linguagem oral, porque ela vai discutir sobre a imagem, o que ajuda a construir uma fala com mais confiança", afirma Wesley. O projeto já começou a ser implementado nas redes municipais de São Caetano do Sul e Recife e deve começar até o final deste mês.

StoryVisualizer (Foto: Reprodução/Imagination Soup)

Já em relação aos cursos extracurriculares, a Zoom oferece duas alternativas. A primeira é o Genius, programa de robótica para crianças de 7 a 10 anos, e a segunda é o Líder, programa de liderança e empreendedorismo usando robótica, para alunos a partir de 11 anos. Segundo Wesley, estes dois programas ainda são oferecidos fora das escolas, por meio de franquias que disponibilizam a solução em locais como condomínios fechados, igrejas e outros locais. "Os interessados só precisam entrar no site do programa e encontrar o franqueado mais próximo", garante.

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Segmento promissor

Por se tratar de um brinquedo, é comum pensar que o Lego pode não mais chamar a atenção das crianças e adolescentes no "tempo das telas". Para Marcos Wesley, esse novo cenário não é um empecilho na aprendizagem por meio da robótica. Isso porque, segundo o fundador, o contato constante com novos gadgets como smartphones e tablets prova um interesse por tecnologia, um dos requisitos mínimos para querer entender robótica.

"Hoje em dia, quando a criança fica exposta a muita tecnologia, querendo ou não, a aprendizagem dela está sendo acelerada. Ela vai ter acesso mais fácil ao Google, notícias e outras informações. E a escola não está conseguindo acompanhar essa aceleração. Quando você tem a possibilidade de usar tecnologia de ponta na escola, você realmente começa a desenvolver os alunos além do que eles aprenderam sozinhos", defende.

O empresário acredita que a procura por profissionais mais qualificados nos ramos de engenharia e ciência é um fator decisivo que torna o segmento promissor. "A robótica educacional está em alta porque a tendência no mundo é uma aprendizagem mais voltada para projetos. Todas as reformas educacionais no mundo estão apontando numa direção para aumentar o tempo do aluno para trabalhar com produção científica e tecnológica", opina.

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Tecnologia além das escolas

Mas engana-se quem pensa que os kits da Lego Education e as soluções da Zoom têm como público apenas adolescentes nas escolas. "Cerca de 40% das nossas vendas são para adultos. São pessoas que gostam e estudam a robótica ou ainda faculdades de renome como USP, Unicamp, Mauá e FEI, que também adotam os kits em seus conteúdos programáticos", explica. Além disso, a Zoom ainda mantém parcerias com o Sesi e Senai para a formação de empreendedores.

Com isso, não é difícil encontrar soluções criativas e inusitadas com os kits Lego. Dando uma busca no YouTube, é possível ver desde impressoras 3D até mesmo "engenhocas" que distribuem bolinhas:

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Os kits da Lego também já ajudaram a desenvolver equipamentos de utilidade pública, como a Braigo, uma impressora em braile, criada por Shubham Banerjee, aluno do sétimo ano em Santa Clara, na Califórnia (EUA).

Aqui no Brasil não é diferente. Como conta Marcos, alunos do Sesi de Barretos, no interior de São Paulo, criaram um robô que lembra a hora de tomar remédios, um grande aliado para idosos que possuem uma grande quantidade de comprimidos para administrar por dia. "Usando os kits da Lego e a tecnologia da Zoom, a criança, adolescente ou até mesmo adulto tem a chance de criar soluções que podem ajudar o planeta a se tornar um lugar melhor", finaliza.