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Uncharted 4 é de tirar o fôlego do começo ao fim

Por| 18 de Junho de 2015 às 11h15

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Uncharted 4 é de tirar o fôlego do começo ao fim
Uncharted 4 é de tirar o fôlego do começo ao fim

Direto de Los Angeles, Estados Unidos

Uma das coisas mais frustrantes de eventos como a E3 é descobrir que determinados títulos não estão disponíveis para serem testados. Em tempos de YouTube, não faz o menor sentido reunir jornalistas em uma sala para apresentar algo que poderia ser muito bem feito em um vídeo. Assim, somado ao fato de ficar mais de uma hora em uma fila de espera, fomos conferir Uncharted 4: A Thief’s End com um misto de indignação e má vontade, mas saímos completamente encantados com o que vimos.

Ainda que seja revoltante não poder pôr as mãos no principal exclusivo da Sony, a demonstração exibida dentro de uma sala especial no estande da companhia compensa a demora e justifica todo o interesse do público. Mais do que trazer alguns minutos adicionais ao que foi mostrado anteriormente, esses momentos extras mostram que toda a loucura e intensidade das perseguições de Nathan Drake estão de volta — e melhor do que nunca.

Bonito e movimentado

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Como visto na apresentação na conferência, a demonstração começa com Drake e Sully chegando a uma simpática cidade. No entanto, a busca da dupla pela lendária cidade de Libertalia, o paraíso dos piratas, faz com que eles entrem na mira de um grupo perigosamente armado que decide não economizar esforços e muito menos munição para pegar os heróis.

Isso tudo foi mostrado na apresentação oficial, destacando o retorno do sistema de combate baseado na cobertura e na própria intensidade dos conflitos. Se a coisa já era muito agitada na trilogia original, Uncharted 4 promete trazer tiroteios e destruição a um novo nível no PlayStation 4.

E, se a ação se desdobra da mesma maneira que vimos na apresentação oficial, a possibilidade de conferir tudo isso de perto dá novos ares ao jogo. Ele realmente está muito bonito e impressiona ver como a Naughty Dog conseguiu criar um mundo tão colorido, amplo e cheio de vida e detalhes como o visto por aqui. Ainda que a linearidade da série ajude nesse sentido, são poucos os títulos que conseguiram fazer um trabalho tão bom quanto este.

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O cenário é repleto de NPCs e impressiona ver como até eles foram cuidadosamente criados e criam a sensação de que aquilo realmente existe e não se trata apenas de algo para fazer volume. Mais do que isso, a presença deles afeta claramente a movimentação de Drake, que esbarra, empurra e tenta achar espaço para seguir Sully enquanto eles descem em direção a um comboio que desponta a alguns quilômetros dali. A iluminação impressiona e mostra como o poder do PS4 está sendo bem utilizado. E é aí que a pancadaria começa de verdade.

Além de todo o tiroteio e perseguição que já é característico da série, Uncharted 4 aposta bastante no combate corpo a corpo. Esse era um elemento que já estava presente em Drake’s Deception, mas só foi aperfeiçoado em The Last of Us. E, com A Thief’s End, o estúdio usa tudo aquilo que aprendeu nos últimos anos para fazer com que as lutas tenham o impacto desejado e a intensidade merecida. Tanto que você percebe que tudo está fluindo melhor e que a coisa ficou muito mais brutal.

Isso é algo que fica evidente em vários pontos da demo. Ainda que boa parte da ação esteja concentrada nos tiros certeiros e no sistema de cobertura — o bom e velho “murinho” —, a Naughty Dog fez questão de inserir vários momentos em que os confrontos precisam ser resolvidos no tapa e isso funciona muito bem por aqui. Seja contra um inimigo que chegou mais perto do que deveria ou em uma luta para evitar gastar munição, esses combates revelam um pouco da boa movimentação e da variedade de movimentos na hora de uma boa briga.

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Em seguida, temos toda aquela sequência com Drake e Sully fugindo em um jipe. É uma bela cena de perseguição e ao melhor estilo Uncharted, com muita coisa sendo destruída e várias reviravoltas ao longo do caminho. Não fica claro se o jogador conseguirá controlar o veículo e, se for possível, nem a liberdade para escolher seu caminho. No entanto, mantendo a tradição da franquia, é bem provável que seja apenas um grande corredor.

Quando a ação começa de verdade

A apresentação de Uncharted 4: A Thief’s End na conferência da Sony terminou na cena em que Drake se pendura no caminhão. E isso é curioso, porque a cena que vem em seguida consegue ser muito mais empolgante e fazer com que você realmente enlouqueça com o que o herói é capaz de fazer.

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Tão logo ele sobe no veículo — não sem ser arrastado na lama e de ser jogado contra várias outras estruturas —, o personagem mostra por que ele é um dos queridinhos dos games de ação. Temos mais uma sequência de combates corpo a corpo, mas agora com a diferença de que estamos em alta velocidade e isso deixa tudo mais intenso. Inimigos são arremessados para longe, Drake quase cai e outros bandidos atiram sem parar de carros e motos ao seu redor.

Isso tudo lembra muito a cena do trem de Uncharted 2. E, não por acaso, já que é clara a intenção da Naughty Dog de se reaproximar daquele que é o melhor game de toda a série. Assim, vemos Drake em situações cada vez mais extremas, mas com seu característico bom humor e comentários ácidos sobre os inimigos e o que acontece ao seu redor — e isso tudo apenas deixa as coisas mais divertidas.

O personagem salta de veículo em veículo, escapando de explosões e dando cabo de bandidos com uma facilidade incrível, mas sempre deixando o jogador sem fôlego. É uma sequência sensacional e que deveria ter sido mostrada para o mundo e não restrita apenas a quem está na E3.

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De qualquer forma, logo vemos o porquê de toda essa perseguição: Sam. Nathan avança saltando sobre os carros até chegar perto de seu irmão, que foge do comboio em uma moto. No entanto, engana-se quem acredita que esse reencontro familiar é emocionante e tranquilo. Tão logo eles se veem, o jipe do herói é atingido por outro caminhão e capota. E, quando você pensa que aquela é o fim da demonstração, somos levados a mais uma bela e diferente cena de ação de Uncharted 4.

Preso nas ferragens, Drake precisa encontrar uma forma de sair dali antes que tudo exploda. O espaço é pequeno, ele está machucado e as chamas começam a se espalhar. Embora este não seja o melhor momento para isso, é impossível não se admirar com o visual da cena. Os efeitos de iluminação estão mais uma vez incríveis e a câmera mais próxima do personagem nos permite visualizar o nível de detalhe que a Naughty Dog trouxe ao seu herói.

Porém, é necessário um pouco de urgência, principalmente quando você é cercado e precisa lutar por sua vida. Assim, mesmo preso, Drake se estica e atira de cabeça para baixo em um tiroteio bem diferente e divertido. É algo breve, já que logo Sam aparece para tirá-lo dali.

Isso nos leva a outra cena de perseguição, desta vez em um moto. Perceba como a ação simplesmente não para e Uncharted 4 consegue fazer como nada disso fique cansativo, já que há uma série de quebras que ajudam a dar ritmo a toda essa loucura. É divertido sair de uma crise e cair em outra pior e maior — algo que já virou especialidade de Nathan Drake.

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E, depois de todas as explosões e pela trilha de corpos que os irmãos deixaram pelo caminho, eles finalmente chegam a um pequeno vilarejo, onde encontram Sully. Há uma breve cena que explica mais sobre sua busca pela cidade de Libertalia e que eles finalmente encontraram o caminho que vai levá-los até lá.

A demonstração acaba exatamente quando eles entram em uma casa e percebem que Helena, a esposa de Drake, está lá dentro e pronta para questionar as motivações do herói. Se tudo o que vimos foi uma enorme sequência de tiros e socos, o verdadeiro apelo dramático de A Thief’s End está exatamente no conflito entre o casal, uma vez que o herói vai ter que escolher entre sua família ou o mundo de aventuras.

Com isso, a apresentação acaba e deixa aquele gostinho de quero mais. Por mais que não poder jogá-lo tenha sido frustrante, tudo é tão intenso que não há como não sair extasiado da sala dedicada ao jogo. E o mais triste é saber que não há uma data de lançamento definida para sabermos quando essa espera terá fim. No entanto, podemos contar com a certeza de que não vai faltar emoção e adrenalina por aí.