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Caça por Pokémon termina em acidentes fatais no Norte e Sul do país

Por| 09 de Agosto de 2016 às 10h23

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Caça por Pokémon termina em acidentes fatais no Norte e Sul do país
Caça por Pokémon termina em acidentes fatais no Norte e Sul do país

O sucesso de Pokémon GO ao redor do mundo também colocou em evidência como a falta de atenção pode causar sérios acidentes aos jogadores. E o Brasil registrou na noite desta segunda-feira (8) o primeiro caso fatal confirmado envolvendo o game mobile da Nintendo: um menino de 9 anos morreu após tentar capturar os monstrinhos do jogo.

A ocorrência aconteceu na cidade de Imbé, Litoral Norte do Rio Grande do Sul. De acordo com informações da Brigada Militar repassadas à Polícia Civil, Artur Bobsin e um amigo foram até um terreno baldio próximo à casa de um deles para pegar um barco de fibra usado por pescadores da região. Sem a supervisão de nenhum adulto, as duas crianças chegaram até o rio Tramandaí, onde subiram nesse barco que posteriormente acabou virando perto da margem.

Segundo as autoridades locais, os garotos caíram na água e um deles desapareceu. As buscas por Artur começaram ainda na tarde desta segunda, mas foram suspensas no início da noite. O corpo foi encontrado por volta das 20h por funcionários da Transpetro que auxiliaram nas buscas.

O amigo que estava com Artur relatou à Brigada Militar que os dois tinham tentado entrar no rio para caçar Pokémon. O caso foi encaminhado à Delegacia de Pronto Atendimento de Tramandaí, no Litoral Norte do Rio Grande do Sul, e a investigação será conduzida pela Polícia Civil de Imbé.

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Versão do pai do amigo de Artur

Em entrevista ao site Diário Gaúcho, Márcio Fernandes, pai de João Pedro (amigo de Artur), desmentiu a versão dada pela polícia de que os meninos teriam saído para caçar Pokémon. Márcio contou que Artur não tinha celular, e que o filho João tem um aparelho que não é compatível com o game mobile. "Eles estavam jogando bola na frente de casa e decidiram entrar no caíco, que não estava preso e se soltou. Eles nunca tinham feito isso antes. O João Pedro pulou na água, tentou achar o Artur e não conseguiu", disse.

No Amazonas

Além desse caso no Rio Grande do Sul, foi registrada uma outra morte no último fim de semana relacionada a Pokémon GO. Na noite de sábado (6), a autônoma Maria Raimunda Ferreira Pereira, de 47 anos, morreu vítima de uma bala perdida durante uma festa no bairro Mauazinho, Zona Leste de Manaus. A história é digna dos filmes Loucademia de Polícia e aconteceu assim: dois homens, um de 18 e outro de 22 anos, e uma policial militar, de 34 anos, tiveram seus smartphones roubados enquanto jogavam Pokémon GO no Calçadão do Distrito Industrial, Zona Sul. À polícia, eles disseram que souberam que os assaltantes estavam em um bar no bairro Mauazinho e decidiram ir até o local para recuperar os aparelhos.

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Uma festa ocorria no local e, ao chegarem lá, os três avistaram os assaltantes. Foi aí que eles decidiram abrir fogo contra os bandidos e dois tiros acabaram acertando Maria Raimunda. Segundo o filho da autônoma, Gleyson Pereira, de 23 anos, a mãe tinha acabado de chegar à festa, por volta das 23h00, e acabou sendo atingida. A mulher foi socorrida e levada ao Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio, mas não resistiu e morreu às 2h10 de domingo (7).

O caso foi registrado no 9º Distrito Integrado de Polícia (DIP) como homicídio doloso e homicídio qualificado tentado. Segundo o TJ-AM, "as medidas cautelares poderão ser revistas pelo juízo competente, em caso de mudança da situação pessoal dos suspeitos durante o curso do inquérito policial e da ação penal".

Fontes: G1 (1, 2), Veja, Diário Gaúcho