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CEO da Niantec explica desenvolvimento de Pokémon Go

Por| 11 de Julho de 2016 às 16h35

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Se você esteve presente nos últimos dias neste universo chamado internet, provavelmente percebeu o imenso sucesso do do game Pokémon Go por todo o mundo. O jogo tem causado um estardalhaço e pelos mais diferentes motivos: Desde encontrar Pokémon enquanto sua esposa ganha um bebê, até parar em uma delegacia durante a caçada Pokémon. Sim, o nível de envolvimento dos usuários foi absurdo.

Apesar de não estar funcionando perfeitamente em muitos países, incluindo o Brasil, não foi um empecilho para que o fãs tentassem - de mil maneiras – entrar na aventura Pokémon, que utiliza a câmera do smartphone e mapas para criar a caçada.

John Hanke, CEO e fundador da Niantic, empresa responsável pelo jogo, trabalhou no Google por muito tempo. Antes de fundar a Niantic ele foi um dos fundadores do Keyhole – outra empresa comprada pelo Google, foi uma prévia do que seria o Google Earth. Ele também trabalhou na equipe do Google Mapas, e toda essa experiência fez uma enorme diferença no novo jogo da Nantic. "Muitos de nós trabalharam no Google Maps e Google Earth por muitos, muitos anos, então queríamos que o mapeamento fosse bom”, disse Hanke ao site Mashable, ressaltando a importância de um bom trabalho no uso dos mapas para a construção do jogo.

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A escolha dos Pokéstops e Ginásios

Muitos dos dados contidos em Pokémon Go foram retirados de um outro jogo da Niantic chamado “Ingress”, que também usava os mapas e a câmera. Os usuários do game ajudaram a criar uma base de dados onde os Pokéstops e Ginásios poderiam aparecer em Pokémon Go.

Nos primeiros dias do Ingress, a Niantic realizou uma pesquisa de locais para o jogo baseado em pontos históricos e também em dados de obras de arte pública extraídos com geotags de imagens no Google. “Nós basicamente definimos o tipo de lugar que gostaríamos que fosse parte do jogo”, disse Hanke.

A equipe pediu que os jogadores enviassem sugestões de possíveis locais que achassem ser dignos de um “portal”. De acordo com o CEO, cerca de 15 milhões de sugestões foram recebidas, e 5 milhões dessas localidades ao redor do mundo foram aprovadas. Esta base de dados ficou tão grande que foi o ponto de partida para o jogo Pokémon, alguns dos portais mais famosos no Ingress viraram ginásios e Pokéstops em Pokémon Go.

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Hanke afirma que existem portais (para o jogo Ingress) até mesmo em locais mais remotos como Antártica e Polo Norte, então não será um grande problema para os Pokéstops.

Definição dos pokémons e do lugar onde aparecem

Decidir qual Pokémon aparecer em determinada área exigiu um trabalho extra na construção do mapa. Os espaços geográficos delimitados ajudam a estipular o habitat de cada Pokémon, por exemplo, os Magikarps e Squirtles aparecem em locais próximos a água. Outros aspectos como clima, vegetação e tipo de solo também foram levados e consideração na hora de decidir onde cada Pokémon poderia estar.

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Jogadores, não caiam no buraco!

John Hanke afirma que desde que começaram a construir o jogo, a segurança sempre foi prioridade. Um dos critérios para os portais do Ingress – que agora são ginásios e pokéstops – era que eles fossem seguros e de acesso público. “O objetivo era que eles sejam locais seguros para pedestres”, afirmou Hanke, “Nós também tentamos limitar a captura de Pokémons – não em estradas ou pela vizinhança do usuário para que eles não tenham que fazer nada muito fora do comum”, completou.

Além de capturar o Pokémon, é possível interagir com a espécie capturada, sendo mais um jeito de “não precisar ir muito longe de onde está”, aponta o CEO. Ele diz que além de construir um jogo que seja seguro, eles também querem que as pessoas “saiam do sofá”.

Futuro do jogo

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Hanke diz que pretendem adicionar novas opções de imersão no jogo, principalmente para dar mais profundidade ao game. Atualmente é possível adicionar um módulo aos Pokéstops para atrair os pokémons, mas novos extras semelhantes estão para chegar. “Nós imaginamos as equipes construindo seus ginásios e pokéstops de acordo com suas preferências”, disse.

O compartilhamento é também um dos objetivos. Hanke acredita que o jogo pode possibilitar muita cooperação, competição e interação social entre as pessoas. Ele também vê grande potencial no jogo usando a realidade aumentada, não agora de início, mas futuramente. Já imaginou ver um Pokémon em 3D bem na sua frente?

Fonte: Mashable