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Caixas de loot em Call of Duty: Black Ops 4 geram nova controvérsia

Por| 21 de Fevereiro de 2019 às 15h02

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Caixas de loot em Call of Duty: Black Ops 4 geram nova controvérsia
Caixas de loot em Call of Duty: Black Ops 4 geram nova controvérsia
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Call of Duty: Black Ops 4 vem sendo cada vez mais criticado pela comunidade de jogadores, já que além de ter sido vendido a preço cheio em seu lançamento, o game também ganhou passe de temporada e um modo de batalha ao estilo Fortnite, além de cosméticos e microtransações. A mais recente adição ao título são as caixas de loot.

O descontentamento com a contínua jornada para arrancar mais e mais dinheiro dos gamers é geral e, inclusive, pode ter gerado uma aparente tensão entre os desenvolvedores da Treyarch e a distribuidora, a Activision. Isso porque, no Reddit, um usuário afirmou que o chefe de design da desenvolvedora, David Vonderhaar, mentiu.

O membro da comunidade r/BlackOps4 apontou que Vonderhaar disse em uma entrevista à Game Informer que os personagens do modo Blackout seriam desbloqueados em missões, mas agora isso pode ser feito através de caixas de loot, também. O post motivou outro usuário a responder o seguinte:

“Eu realmente acredito que Vonderhaar apenas nos disse o que ele sabia na época. Não acho que ele toma decisões sobre micro transações, caixas de loot ou como os personagens são disponibilizados. Isso é coisa da Activision, não de designer de jogos. Dito isso, ele deveria conhecer a Activision melhor do que ninguém e não deveria estar fazendo promessas ou declarações como ele fez”.

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O lado dos desenvolvedores

Com isso, o próprio Vonderhaar apareceu no fórum e respondeu, fornecendo uma nova visão do caso e dizendo como é desafiador para desenvolvedores de jogos Triple A lidarem com projetos e serviços de publishers que estão em dívida com acionistas obcecados por lucros. Em seu comentário, o designer também afirmou que “As coisas mudam ao longo do caminho… E nem todas são decisões de design”.

Após isso, Vonderhaar apontou outros exemplo de alterações no jogo desde que a entrevista foi concedida à revista, afirmando que essas mudanças “não estavam exatamente nos planos de design na época”. O chefe de design ainda disse que existem coisas que ele não sabia ou que não poderia prever.

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“[É] duplamente verdadeiro com o lado comercial das coisas [sobre as quais temos] pouco insight e ainda menos controle”. Por fim, Vonderhaar disse que considerou não dar mais entrevistas e nem responder perguntas, apesar de responder as dúvidas da melhor maneira e com as informações que ele tem no momento.

“Se o tempo passar e as coisas mudarem desde então... você pode me acusar de não ser clarividente, mas um mentiroso é alguém que está propositalmente tentando te enganar. Esse não é o caso”, defendeu-se.

Activision novamente nos holofotes

Vale lembrar que a Activision vem passando por tempos turbulentos. Recentemente, aconteceu uma rodada de demissões, que deixou cerca de 800 funcionários sem um trabalho na união Activision-Blizzard. A perspectiva para 2019, de acordo com diretor de operações da empresa, Coddy Johnson, é de que a monetização em jogos não irá melhorar e que este é um ano de transição, em que a companhia tem menos conteúdo novo para lançar.

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A Bungie também não está mais com a Activision desde que as metas de receita de Destiny 2 não estavam sendo alcançadas, mesmo com os sistemas de microtransações adicionadas ao game, o que gerou muita controvérsia. Agora, a Treyarch é pega em meio a um novo fogo cruzado, mas vale lembrar que os desenvolvedores muitas vezes não têm muito poder de decisão sobre monetizar ou não um título.

Fonte: Eurogamer