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Apps falsos de Fortnite estão espalhando malware em smartphones Android

Por| 16 de Agosto de 2018 às 13h27

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Apps falsos de Fortnite estão espalhando malware em smartphones Android
Apps falsos de Fortnite estão espalhando malware em smartphones Android

Fortnite já é considerado o jogo mais popular do mundo, dada a sua capacidade de cross play entre diversas plataformas e uma das bases de fãs mais consistentes da indústria. E é justamente essa base que precisa tomar cuidado: segundo levantamento da Wired, diversos sites estão se fazendo passar por canais oficiais de download do APK do jogo para smartphones Android, mas na verdade são disfarces para proliferação de malwares.

A razão para isso reside no fato de que, oficialmente, a Epic Games (produtora do jogo) disponibilizou o app de Fortnite na Play Store apenas nesta semana, ao passo que os sites mencionados existem pelo menos desde o final de julho. O próprio CEO da empresa, disse ao Eurogamer no começo deste mês que Fortnite não estaria disponível pela loja de aplicativos da Google, explicando que usuários que desejassem o jogo teriam que fazer o download pelo navegador, via site oficial da Epic.

A razão para a empresa ter evitado a Play Store durante esse tempo não seria outra senão economia de custos. No iOS, onde Fortnite está disponível há mais tempo, o fee cobrado pela Apple em cima de cada compra do jogo da Epic Games chega a somar US$ 2 milhões por dia. Não, você não leu errado: por dia. Na AppStore, porém, a empresa não tem escolha, já que toda conexão e transação tem que ser roteada pelos servidores da Apple.

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No Android e sua Play Store, porém, estamos falando de um sistema aberto, onde produtores de apps têm a opção de não usar a loja. Perde-se em marketing e comunicação, mas economiza-se em custos e dividendos. A Google cobra um fee de aproximadamente 30% em cima de cada compra feita em aplicações postadas na Play Store, mas é possível economizar esse valor sabendo que o usuário pode habilitar o Android para baixar aplicativos de outras fontes que não a loja oficial.

No caso dos aplicativos golpistas, eles se dividem em duas categorias: ambas apresentam vídeos que parecem ser uma tela de loading do jogo e landing pages bastante convincentes, mas pedem que o usuário responsa alguma pesquisa. Uma, porém diz que você deve responder a pesquisas para ganhar acesso ao código do jogo. Você responde, o código nunca vem. A outra cria uma tela falsa de loading com anúncios rotacionados em alguma parte da tela, apenas para enviar em seguida uma mensagem de que o sinal está fraco e fechar o app sozinho.

Não é um golpe tão danoso ao usuário, per se: a grosso modo, os apps falsos lhe inscrevem em “fazendas de cliques” que geram receita a quem está por trás do aplicativo falso. Mas é importante considerar que, se alguém se deu ao trabalho de criar um aplicativo falso para algo tão simplista, outra pessoa pode ter objetivos mais nefários.

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Fonte: Wired; Eurogamer