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Análise: novo Need for Speed coloca a série de volta nos eixos

Por| 17 de Junho de 2015 às 12h23

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Análise: novo Need for Speed coloca a série de volta nos eixos
Análise: novo Need for Speed coloca a série de volta nos eixos

É estranho imaginar como um jogo de corrida pode ser rebootado. Afinal, trata-se apenas de mecânicas e não há nenhuma história ou elemento que precise ser reiniciado para dar início a uma nova fase da série. Ainda assim, é com essa proposta que a Electronic Arts chegou à E3 com Need for Speed.

Desde seu anúncio, o fato do jogo não ter nenhum outro título deixou muita gente confusa. Muitos acreditavam que veríamos um Underground 3 ser anunciado em outro momento, enquanto outros aceitaram esse recomeço na esperança de ver a franquia entrando novamente nos eixos. E, de certo modo, parece que dessa vez vai.

A ideia deste novo Need for Speed é exatamente pegar aquilo que há de melhor em toda a sua história e agrupá-lo em um único jogo. E é exatamente por isso que ele não tem um subtítulo o identificando. Ele traz muitos elementos de Underground, Carbon, Most Wanted e Rivals para criar algo novo e do jeito que os velhos fãs esperam há anos — e parece estar seguindo pelo caminho certo.

Correndo por atenção

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Quando o game foi apresentado inicialmente, a Electronic Arts frisou que a ideia é recriar a cultura das ruas e das corridas clandestinas, ao melhor estilo Velozes e Furiosos. E isso fica bem claro quando começamos a jogar e vemos a importância dos pontos de Reputação, que servem não apenas para definir sua colocação nas partidas como ainda funcionam como a moeda do game.

Para isso, o jogador conta com cinco estilos de direção que vão ajudá-lo a aumentar sua pontuação: personalização, velocidade, drift, equipe e perseguições policiais. E o segredo para se dar bem está exatamente em combinar tudo isso para ganhar multiplicadores que vão colocá-lo entre os melhores e mais reconhecidos pilotos.

É claro que tudo isso é algo você vai se desenvolvendo ao longo do jogo e o que realmente importa nesse primeiro momento é como Need for Speed se reinventa. E, pelo que pudemos ver nesta E3, a série parece ter finalmente se reencontrado.

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O grande atrativo nesse sentido é exatamente as várias opções de customização que o game oferece. Assim como acontecia nos velhos Underground, você pode alterar praticamente qualquer elemento do carro, indo desde mudanças visuais, com várias possibilidades de cores e efeitos estéticos, até coisas que vão afetar diretamente o desempenho dele nas pistas. São elementos como caixa de câmbio, aerodinâmica e até mesmo a calibragem dos pneus dianteiros e traseiros.

O mais interessante é que isso não significa que você precisa ser um grande conhecedor de automobilística para dominar esse mar de personalização. A própria interface mostra o que muda a cada item mexido e isso permite que você tenha um controle maior do que quer ou não fazer com seu carro. De maneira bem intuitiva, ele mostra se o resultado final vai pender mais para o drift ou outro estilo de direção e tudo vai depender de como você gosta de dirigir.

E isso é refletido bem na hora que você chega às ruas. Por mais que você não seja um piloto experiente, é muito fácil conduzir seu carro em alta velocidade e acumular esses pontos. É claro que um drift perfeito exige um pouco de habilidade, mas Need for Speed não exclui os novatos e consegue trazer algo acessível até mesmo para quem está tendo seu primeiro contato com o acelerador.

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É claro que a série nunca foi focada na simulação, mas esse cuidado em tornar o conteúdo fácil de ser assimilado até mesmo para quem não acompanha o gênero é uma conquista e tanto. E o segredo está no fato de que é muito gostoso e fácil controlar seu veículo. Os controles não são tão sensíveis a ponto de fazer com que qualquer toque no analógico tire o automóvel de sua linha e isso permite que você não tenha dó de pisar fundo. A essência da série sempre foi essa e é bom saber que ela está de volta.

Na demonstração liberada, o objetivo principal não era apenas chegar em primeiro lugar. Ainda que ela começasse com uma disputa clássica de velocidade, ela logo seguia para algo um pouco mais aberto. Em um belo mundo aberto, os 16 competidores que compartilhavam o cenário corriam sem rumo pelas ruas da cidade fictícia de Venture Bay apenas para acumular pontos e ver quem conseguia a melhor reputação naquela sessão. Era algo simples, mas que ajudou a ter uma visão bem mais clara de como funciona esse sistema de pontuação, além de nos permitir testar livremente as características que definimos para nossos carros. Só é uma pena que a trilha sonora pareceu bem genérica e longe daquilo que marcou tanta gente em Underground.

No entanto, isso não significa que o novo Need for Speed vai se limitar a isso. Um pequeno mapa no canto da tela mostrava vários ícones espalhados pelas ruas que indicavam diferentes tipos de prova. Eles não estavam disponíveis no momento, mas ficou claro que a ideia é trazer vários modos e formas de fazer os apaixonados por velocidade se divertirem.

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Por fim, o elemento que mais impressionou em um primeiro momento: o visual. Se você ficou de queixo caído com os gráficos mostrados pela Electronic Arts em sua conferência, o resultado apresentado na demonstração corresponde muito bem às suas expectativas. É claro que o cenário noturno ajuda muito a mascarar imperfeições técnicas, ainda mais em um estágio incompleto de desenvolvimento, mas fica claro que a Ghost Games fez um ótimo trabalho nesse aspecto.

Seja durante as corridas ou mesmo na garagem, os loucos por carros vão ter muito o que admirar. O nível de detalhe está incrível e os efeitos de iluminação deixam tudo ainda mais bonito. Ele pode não ser o ápice de um gênero, mas certamente vai deixar muita gente de queixo caído quando chegar aos consoles.

Assim, sem apostar em subtítulos e fazendo uma grande amálgama de acertos do passado, Need for Speed tenta se restabelecer como o jogo de corrida favorito dos fãs de velocidade. Ele não se reinventa de nenhuma forma, mas reúne tudo aquilo que já deu certo em cada um de seus últimos jogos para voltar a ser o que já foi um dia. Ele pode não ser o Underground que a gente precisa, mas é a beleza que a gente merece.