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Sony quer investir em estúdios brasileiros de games independentes

Por| 13 de Maio de 2014 às 16h54

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Jogos independentes existem há bastante tempo, mas só começaram a ganhar visibilidade internacional por volta de 2012 com a chegada de títulos como Journey, do estúdio Thatgamecompany. O game é um dos exclusivos do PlayStation 3 e foi indicado a diversos prêmios, incluindo o BAFTA e até ao Grammy. Desde então, sabendo que os indies são parte importante do mercado, a Sony tem investido pesado para que novos desenvolvedores publiquem suas produções nas plataformas da família PlayStation, especialmente agora com o PS4.

E um dos países que a gigante japonesa está de olho é o Brasil. Prova disso é que a companhia enviou um "olheiro" para participar do Brazil's Independent Games Festival, o BIG Festival, que acontece até o dia 18 de maio em São Paulo. É lá que esse funcionário espera encontrar trabalhos de estúdios brasileiros, aprender sobre o processo de criação desses grupos e entender a logística (custos e impostos) para desenvolver games por aqui.

Em entrevista ao G1, Hector Sanchez, produtor de desenvolvimento externo do estúdio Santa Monica, da Sony Computer Entertainment, disse que esta é a primeira visita oficial da empresa para acompanhar de perto o trabalho de estúdios de jogos brasileiros. Para o executivo, só o fato da companhia mostrar interesse em investir no mercado nacional de games independentes já é um avanço, pois, até o momento, não há parceria entre produtores da Sony com nenhum estúdio da América Latina. "Tenho a certeza de que há uma riqueza de talento e de criatividade no país que ainda renderá bons frutos", afirmou.

Sanchez, que foi produtor de títulos como Mortal Kombat e Injustice: Gods Among Us no estúdio Netherrealm, não revelou qual será o valor investido e quais estúdios brasileiros estão na mira da Sony. No entanto, ele cita que alguns games já estão na lista de favoritos da empresa, como Chroma Squad, Toren e Aritana e a Pena da Harpia. O executivo explica, porém, que os estúdios responsáveis por esses jogos ainda não foram selecionados pois a entidade precisa conhecer os desenvolvedores e seus projetos, para só então decidir se aquele título merece o investimento.

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"O importante é que o game mostre boas ideias e propostas inéditas de jogo. Veja Flower e Journey, por exemplo. Eles são mais experiências do que games. Por apresentarem uma qualidade incrível, fizeram sucesso. Queremos mais jogos assim", diz. Ele também afirma que, uma vez escolhido, o estúdio passa a fazer parte da Sony, recebendo recursos em dinheiro, equipamentos, colaboração com outros estúdios e todo o auxílio necessário para concluir o jogo e atingir a qualidade esperada.

"Nosso objetivo é viajar pelo mundo em busca de desenvolvedores inovadores com equipes pequenas e com ótimas ideias para ajudá-los a lançar suas criações nas plataformas PlayStation. Temos experiência em encontrar talentos e bons games", explica. "Quero que os desenvolvedores saibam que estamos tentando contratar uma equipe aqui da América Latina que tenha um jogo inovador para lançá-lo nas plataformas PlayStation. É um mercado grande e importante para nós", complementa Sanchez.

O BIG Festival teve início no último sábado (10) e vai até o dia 18 de maio, em São Paulo. O evento tem como foco a produção de jogos independentes e contará com palestras, workshops e competição de games. Visitantes que comparecem ao local poderão experimentar 22 indie games. Além da Sony, participam do festival representantes de empresas como Amazon, 505 Games, Level Up!, Hoplon, Click Jogos, UOL Boacompra, Miniclip, Movile e Nuuvem.

A edição deste ano do BIG Festival acontece no Centro Cultural São Paulo, que fica na Rua Vergueiro, nº 1.000. A entrada é gratuita. Para mais informações, acesse o site oficial do evento e veja mais detalhes da programação.