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10 coisas que queremos ver no remake de Final Fantasy VII

Por| 20 de Julho de 2015 às 12h05

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10 coisas que queremos ver no remake de Final Fantasy VII
10 coisas que queremos ver no remake de Final Fantasy VII

O anúncio de que Final Fantasy VII vai realmente ganhar um remake deixou os fãs em estado de choque. Por mais que isso fosse algo pedido há anos, ninguém realmente esperava que isso fosse acontecer, e a revelação durante a conferência da Sony na última E3 fez com que muita gente ficasse reação. Afinal, já que queremos um remake, o que podemos esperar dele?

Pode parecer uma pergunta simples, mas é algo bastante espinhoso e delicado. Estamos diante de um dos maiores clássicos dos games, e qualquer alteração mais drástica certamente vai deixar todos enfurecidos. Por outro lado, não faz sentido refazer um jogo apenas para deixá-lo mais bonito e manter as mesmas mecânicas e ideias de 20 anos atrás. Assim, algumas mudanças são necessárias — e é aí que mora o problema.

Enquanto a história pode permanecer praticamente intacta, a Square Enix poderia aproveitar esse novo projeto para melhorar alguns aspectos, atualizar outros e até inserir novos elementos para deixar o jogo que conquistou toda uma geração ainda mais impactante e relevante. E eis aqui as nossas sugestões do que queremos ver nesse remake.

1. Expandir a história

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Antes de qualquer coisa, leve em consideração o termo utilizado. Não estamos falando em mudar ou criar coisas novas, mas de abraçar tudo aquilo que foi feito dentro da trama ao longo dessas duas décadas. Desde que Final Fantasy VII foi lançado, a história de Cloud ganhou vários spin-offs que nos ajudaram a entender um pouco mais daquele universo e de seus personagens. E enquanto alguns são completamente descartáveis, como Dirge of Cerberus, temos outras investidas bem interessantes.

Assim, a Square poderia aproveitar o remake para incorporar alguns desses elementos vistos em outros jogos, filmes, animações e todos os demais produtos relacionados a FF VII. O maior exemplo disso é o excelente Crisis Core, lançado para PSP, que relata os fatos que antecedem o título original e aprofunda muito bem a relação entre Zack e Aeris, além do próprio passado de Sephiroth. Desse modo, em vez de manter o game exclusivo do portátil — já que ele nunca ganhou uma versão HD e nem uma versão para Vita —, o estúdio poderia abraçar muitos dos bons conceitos vistos no jogo e incorporá-lo à história central de Cloud, Tifa e companhia. O mesmo poderia acontecer com Before Crisis, além de introduzir elementos que tornassem a ligação com Advent Children ainda mais clara.

A Square Enix tem a oportunidade perfeita de pegar uma de suas histórias mais icônicas e mostrar aos velhos fãs o quanto ela cresceu e ficou mais rica ao longo dos anos. É reescrever aquele universo, aceitando aquilo que funciona e descartando o que não deu certo. Se bem executado, pode não apenas dar certo, como ainda deixar todo mundo ainda mais satisfeito.

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2. Atualizar o sistema de combate

Esse é um ponto que certamente vai gerar muita discussão agora e ainda mais depois que o remake for lançado, já que há uma boa parcela de jogadores saudosistas que não veem problema no sistema de turnos que aprendemos a amar. E realmente não há, mas só se estivermos falando de um jogo de 1997.

A questão é que estamos em pleno 2015 e as coisas mudaram - e vão mudar muito mais, já que são poucas as chances do jogo chegar às lojas no ano que vem. A própria franquia Final Fantasy já se adaptou aos novos tempos e adotou um sistema de combate mais ágil e voltado à ação, mas sem perder a característica tática que virou marca registrada do RPG. Basta ver como FF XV está ficando para ter uma ideia do que esperar.

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Ainda assim, é preciso levar dois pontos em consideração. O primeiro é que faz parte da filosofia da série não repetir mecânicas entre um título e outro, o que significa que dificilmente veremos a mesma coisa de Final Fantasy XV. Além disso, os próprios fãs vão exigir algo que tenha pelo menos referências à jogabilidade original, e é aí que a Square vai ter de se desdobrar para agradar a gregos e troianos. Isso significa um trabalho bem delicado para não estragar a experiência e as memórias de ninguém.

Um dos pontos fundamentais que devem permanecer é o sistema de Matérias. A fonte de poder é parte fundamental dos combates e também da história, e não faria sentido retirá-la. Só que é preciso ter muito cuidado em como retratar isso durante os combates. Como exemplo, volto a citar Crisis Core. O game do PSP conseguiu fazer uma dosagem muito boa de ação e estratégia sem descaracterizar tudo aquilo que já conhecemos. E não precisa ser exatamente igual, mas apenas um ponto de partida para a criação de algo novo — até porque, aquele sistema de roletas não fazia o menor sentido, e os encontros aleatórios deveriam ter sumido na virada do século.

3. Heróis dublados

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Essa é praticamente uma certeza, mas nunca é demais reforçar o pedido. Embora o game original não contasse com dublagens por conta de limitações técnicas, isso mudou com a chegada de Final Fantasy X, que introduziu vozes em seus personagens pela primeira vez. Desde então, todos os demais títulos seguiram nessa pegada. E não é algo complicado de se fazer, pois já vimos Cloud e seus companheiros falando em outros projetos relacionados à série. O próprio filme Advent Children é um bom exemplo de como as coisas devem ficar e do que queremos ver. O único medo é se a Square decidir traduzir os diálogos também para o português.

4. Não mexam na história!

Se antes falamos que a Square deveria abraçar partes do universo expandido de Final Fantasy VII para deixá-lo mais rico, agora fazemos um apelo em um sentido totalmente oposto: por tudo o que é mais sagrado, não mexa na história. A trama do jogo continua ainda atual e não há necessidade em fazer grandes alterações.

Um dos pontos mais delicados nesse sentido é o papel de Aeris dentro do jogo. No game original, a vendedora de flores que conquista o coração do herói acaba sendo morta pelo vilão Sephiroth em determinado ponto e, por alguma razão, tem alguns loucos na internet pedindo para que isso não aconteça no remake.

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Na verdade a razão para esse pedido é fácil de entender, já que a ideia seria trazer um novo tipo de reviravolta que surpreendesse até mesmo os jogadores mais antigos. Contudo, pedir isso é simplesmente ignorar a importância da morte da personagem para o amadurecimento de Cloud e para o desenvolvimento do próprio enredo. Não faz sentido mexer nesse ponto, assim como também não é spoiler falar do que aconteceu em um jogo lançado há 20 anos.

Por outro lado, algumas concessões precisam ser feitas tanto para abraçar o universo expandido quanto para retirar alguns exageros que não funcionam mais, como a cena em que Cloud precisa se vestir de mulher para enganar Don Corneo logo nas primeiras horas. Era o tipo de piada visual que funcionava em 1997, mas que pode ser dispensada no remake. Desse modo, se for alterar o enredo, que seja de um jeito que realmente faça sentido e não tente revolucionar o jogo como um todo.

5. Novos summons

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As enormes criaturas que são invocadas graças ao poder das Matérias são marca registrada da série e não poderiam ficar de fora do novo game. Se Final Fantasy VII trouxe alguns dos summons mais conhecidos pelos fãs, como Ifrit, Ramuh e o próprio Bahamut, os demais títulos adicionaram outros nomes à lista e até deram novas caras aos clássicos.

Com o remake, a Square poderia atualizar a lista, além de apresentar um visual mais moderno para cada um deles. Como eles servem mais como um elemento de gameplay, os fãs dificilmente vão entrar em modo de fúria por ver que agora há mais opções de invocação além dos 16 originais.

Outro recurso que pode ser adicionado sem qualquer problema é uma opção para pular a animação de seus ataques. Tudo bem que é sempre divertido ver aquele dragão gigantesco surgir do nada e explodir a Terra com uma rajada de energia, mas a coisa começa a ficar um pouco sem graça quando você vê essa cena pela sétima vez em uma mesma batalha. Assim, permitir que a gente corte essas cutscenes já ajudaria a deixar o ritmo dos confrontos mais ágil.

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6. O retorno dos chefes secretos

Quando Final Fantasy VII chegou ao PlayStation, em 1997, ele trouxe também a porta de entrada para que você se tornasse a lenda do pátio da escola. Além dos elementos centrais do game, o jogo tinha alguns chefes secretos que não eram complicados apenas de encontrar, mas também de serem vencidos.

Vinte anos depois, as Weapons continuam sendo aqueles inimigos que separam os homens dos meninos — tanto que queremos que eles estejam de volta no remake e com a mesma dificuldade do original. Afinal, de nada adianta trazer o pesadelo da infância de muita gente e fazê-los serem derrotados com apenas alguns golpes. Assim, em respeito a todos aqueles que passaram horas evoluindo seu grupo para derrubar a Emerald Weapon ou conseguir a Desert Rose após vencer a Ruby Weapon, queremos mais horas de sofrimento, agonia e satisfação de ver esses monstros tombando.

7. Melhorias nos mini games

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Além de todos os elementos que fazem Final Fantasy VII ser Final Fantasy VII, o game tinha uma série de pequenos elementos que serviam para dar uma pequena quebra na trama e, ao mesmo tempo, oferecer novas formas de explorar aquele universo e variar a jogabilidade. Eram pequenos mini games que ajudavam o jogador a mergulhar mais naquele mundo e garantir algumas horas a mais de jogo.

O problema é que nem todos eles eram tão bons assim, e agora a Square tem a oportunidade de melhorar essas mecânicas e deixá-las bem mais interessantes. Toda aquela loucura para conseguir o Chocobo dourado pode ser abreviada para não tomar tanto tempo do jogador — e nem testar sua paciência —, assim como o potencial dos novos consoles pode aproveitar algumas situações para criar ótimos momentos, como a própria fuga de Midgar na G Bike.

Só espero que não haja algum tipo de microtransação, principalmente em Gold Saucer. No jogo original, a área era um parque de diversões com várias opções de mini games. A Square poderia inserir uma compra de fichas ou coisa parecida para lucrar um pouco mais em cima do remake — o que seria uma tragédia. Se for para fazer algo do tipo, que seja a partir de um aplicativo mobile, e ainda com muitas ressalvas.

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8. Repaginando o áudio

De todos os jogos da série, a trilha sonora de Final Fantasy VII é uma das mais marcantes e lembradas até hoje. E não apenas pela icônica One Winged Angel, tema do vilão Sephiroth, já que todas as demais canções são igualmente fantásticas.

Assim, o remake, é quase óbvio que teremos releituras desses clássicos. Mais do que apenas gráficos, os novos consoles trouxeram também grandes melhorias na qualidade do áudio e, com isso, nada mais justo do que adaptá-la a todas essas novidades. Isso não quer dizer mudar a trilha original, mas atualizá-la. No máximo, mexer em alguns acordes para dar uma pegada mais moderna nas músicas em que isso realmente for necessário. A própria One Winged Angel já ganhou tantas versões e qualquer uma delas poderia se encaixar muito bem no remake.

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9. Mantenha o bom humor

Ainda que todo mundo elogie o universo expandido do game, a verdade é que há um ponto bem incômodo nas demais histórias de Final Fantasy VII: o seu tom. O game original tinha um humor bem característico que contrastava com o clima pesado da história. Eram momentos bobinhos aqui e ali que faziam tudo ficar ainda mais vivo. A própria existência do Caith Sith é uma prova disso.

No entanto, seja com Advent Children, Crisis Core e mesmo Dirge of Cerberus, a Square decidiu deixar isso de lado para se aprofundar em questões mais dramáticas e sérias. Tanto os demais jogos quanto o filme trazem um Cloud muito mais introspectivo e amargurado que, na verdade, se parece muito mais com Squall de Final Fantasy VIII do que o herói que conhecemos em FF VII.

Com o remake, torcemos para que a empresa não siga por esse caminho, ou seja, que não enterre os momentos bem-humorados do clássico, nem deixe isso cair apenas nas costas de um personagem feito para alívio cômico. Era exatamente esse tipo de coisa que fez o elenco do título ser tão carismático e amado pelos fãs, e seria uma pena ver isso sumir.

10. Sem sequências (ou “o último adeus”)

Se a ideia é agrupar o universo expandido, corrigir os erros do passado e atualizar os gráficos e a mecânica, que seja de uma vez por todas. Com o remake de Final Fantasy VII, esperamos que essa seja a última vez que a Square mexa no game. Uma verdadeira edição definitiva.

Digo isso exatamente porque sempre há a possibilidade de termos ganchos para sequências, e a história ja nos mostrou que o estúdio não sabe lidar muito bem com continuações. Final Fantasy X-2 estragou tudo aquilo que o FF X original havia construído, e Final Fantasy XIII-2 deixou o que era confuso ainda mais bagunçado e perdido Dessa forma, já que vão mexer no defunto, que seja de uma vez por todas. Deixem o enredo contido nele mesmo, sem a necessidade de inserir outras histórias para sequências ou spin-offs. Final Fantasy VII se tornou um clássico pelo que ele apresenta, e não pelo tanto de derivações que gerou.