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Quais são os wearables preferidos do público? E qual é o futuro desse mercado?

Por| 01 de Agosto de 2014 às 15h25

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O mundo está diante de uma nova febre no mercado da tecnologia: já foi a vez dos computadores portáteis, dos tablets e dos smartphones. Agora, quem chega para sacudir o mercado são os dispositivos vestíveis, ou wearables, que já deram as caras este ano e prometem mudar a maneira como nos comunicamos e interagimos com a tecnologia em nosso cotidiano.

Alguns destes produtos estão chegando para cair no gosto da maioria dos usuários, outros... nem tanto. A plataforma de análises preditivas First Insight publicou os resultados de uma pesquisa realizada nesta quarta-feira (30) que avaliou o mercado e previu quais wearables os clientes tendem a preferir. A pesquisa testou 15 novos dispositivos e entrevistou mais de 350 pessoas no mês passado nos Estados Unidos.

O dispositivo vencedor nas escolhas dos entrevistados foi o Nabu Razer, que traz uma combinação de smartwatch e pulseira fitness em um só acessório. Em segundo vem o Goccia, um pequeno dispositivo do tamanho do botão de uma camisa que acompanha atividades esportivas e ainda está no Kickstarter para arrecadar fundos. E dividindo o terceiro lugar, empatadas, estão a pulseira inteligente da Acer, a Liquid Leap, e uma pulseira que mede batimentos cardíacos do usuário, a NYMI, da Bionym.

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Os primeiros colocados no quesito preferência dos entrevistados (Imagem: First Insight).

A pergunta que não quer calar: por que logo estes wearables disputam o topo da lista? De acordo com a firma de pesquisa, parece que tudo está intimamente relacionado ao fato preço. Todos estes dispositivos se enquadram numa faixa de preços de aproximadamente US$ 100 ou menos. Para a First Insight, design e funcionalidade são sim fatores muito importantes que pesam na hora da tomada da decisão por um dispositivo vestível, mas os dispositivos mais caros parecem ser evitados pela maioria, e estão enfrentando vários obstáculos para saírem do nicho e encontrarem um mercado mais popular.

"É um pouco controversa essa história de valor ser um fator mais crítico que design, e o preço é o maior componente do valor de um produto", comenta Jim Shea, CMO da First Insight, em um e-mail enviado ao CNET. "Os designers tendem a pensar mais em como fazer um dispositivo adorado pelas pessoas do que em preço, mas o quociente de valor – formado pela combinação de preço e funcionalidades – é um fator que prevê melhor se um produto irá vender ou não".

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Alguns dos wearables utilizados na pesquisa conduzida pela First Insight (Imagem: First Insight).

Para participar da pesquisa, os entrevistados receberam dispositivos disfarçados, isto é, a marca foi removida de cada um deles para que não fosse um fator influenciável na escolha dos usuários. Foi usado um algoritmo específico para pontuar de 1 a 10 o nível de preferência de cada gadget, baseado nas escolhas de cada participante, sendo 10 o melhor escore possível, significando pleno sucesso de vendas, e 1 a pontuação mais baixa, significando fracasso total. Os produtos com pontuação abaixo de 6 já eram considerados ruins de mercado pela First Insight.

A lista completa dos wearables usados na pesquisa é a seguinte:

  • Nabu Razer, pulseira inteligente: US$ 75. Pontos: 9
  • Goccia, botão de acompanhamento fitness: US$ 80. Pontos: 7
  • Acer Liquid Leap, pulseira fitness: US$ 99. Pontos: 7
  • NYMI, da Bionym, pulseira de batimentos cardíacos: US$ 99. Pontos: 7
  • Commbadge, alto-falante hands-free: US$ 100. Pontos: 6
  • The Rufus Cuff, híbrido de smartwatch com smartphone: US$ 279. Pontos: 5
  • Ring, anel de controle de gestos: US$ 185. Pontos: 5
  • Keyglove, luva inteligente: US$ 200. Pontos: 5
  • OMsignal, camisa inteligente: US$ 199. Pontos: 4
  • Samsung Simband, monitor de saúde: US$ 349. Pontos: 4
  • The Dash, fones de ouvido: US$ 299. Pontos: 4
  • Cuff, bracelete inteligente: US$ 150. Pontos: 3
  • Bluetooth Nod Ring, anel controlador de dispositivos: US$ 149. Pontos: 3
  • Narrative Clip, câmera: US$ 279. Pontos: 3
  • Recon Jet, óculos escuros: US$ 599. Pontos: 2
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Mercado de wearables

O mercado dos dispositivos vestíveis é bastante recente no mundo da tecnologia, e viu seu boom ocorrer nos últimos dois anos, com lançamentos de relógios, pulseiras e bottons inteligentes que acompanham os movimentos do usuário, seus batimentos cardíacos e até suas queimas de calorias.

E parece que esta nova era irá se popularizar em muito pouco tempo. A consultora de finanças Deloitte, por exemplo, já prevê que 10 milhões de unidades de wearables sejam vendidas ainda este ano, gerando um total de 3 bilhões de dólares em receitas. Até 2018, a firma de pesquisas Juniper Research acredita que o mercado movimentará 19 bilhões de dólares.