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Oculus Rift pode chegar ao mercado custando entre US$ 200 e US$ 400

Por| 04 de Setembro de 2014 às 11h26

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Divulgação
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A realidade virtual está com tudo, mas um problema ainda persiste nesse novo segmento que promete aquecer o mercado nos próximos anos: seu preço. Além dos custos de fabricação, a tecnologia não é acessível para todos os usuários. E é justamente esse o ponto que a Oculus VR, responsável pelo headset Oculus Rift, quer desenvolver ao lado do Facebook, que adquiriu a empresa em março deste ano por US$ 2 bilhões.

O Rift é um visor de realidade virtual voltado para jogos de PC, mas seu uso tem sido estendido para outras plataformas. O protótipo começou com um grupo pequeno de desenvolvedores (Palmer Luckey, Brendan Iribe, Michael Antonov e Nate Mitchell) em uma garagem pedindo US$ 250 mil para financiar o desenvolvimento do produto no site de arrecadamento coletivo Kickstarter. Mais de 9.500 pessoas ajudaram nas doações e a campanha foi concluída com um total de US$ 2,4 milhões em 2014.

O aparelho está em sua segunda versão e kits de desenvolvimento dessa "fase 2" já foram enviados aos compradores. No entanto, a pergunta que fica no ar é: quando o dispositivo ganhará um modelo comercial, ou seja, direcionado para os usuários comuns?

Em entrevista ao site Eurogamer, o cofundador Nate Mitchell revelou que a companhia pretende colocar o gadget à venda no mercado por um preço que deve ficar entre US$ 200 e US$ 400 (cerca de R$ 446 e R$ 892, na cotação atual). A princípio, os valores podem parecer muito abaixo do esperado, contudo, levando em consideração que o dispositivo promete atingir as massas, não seria nenhuma surpresa encontrá-lo a tais preços. "Tudo depende de escala, pré-venda, os componentes que serão usados ou negociações financeiras", disse o executivo.

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A versão que será vendida para o consumidor é o primeiro modelo do Oculus Rift e deve chegar ao mercado apenas em 2015. Independentemente de como e quando será colocado no mercado, o aparelho será "o mais barato possível", pois, segundo Palmer Luckey, este é o objetivo da companhia. "No lançamento do produto, não queremos ter um catálogo de apenas cinco, seis ou sete títulos de estreia, como tem acontecido com outros consoles de videogame. Teremos de oferecer um monte de coisas no dia do lançamento. E para aqueles que estão à espera, eu digo: ela vai valer a pena", completou.

Novos horizontes

Palmer Luckey, um dos fundadores da Oculus VR. (Foto: Divulgação)

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De forma breve, os cofundadores da Oculus VR comentaram o futuro da plataforma para diversas áreas da indústria, não apenas os games. Embora exista pouco conteúdo para o headset – algumas demos de jogos e outros programas específicos –, a empresa destaca que a ideia é levar o Oculus Rift para outros tipos de experiências, como a TV e o cinema. Mesmo assim, Mitchell afirma a maior parte das decisões tomadas por ele e sua equipe gira em torno dos games eletrônicos, uma vez que este é o público inicial que a entidade quer atingir.

E por quê? De acordo com Mitchell, se uma tecnologia, no caso o Rift, funciona bem em um jogo, então ela naturalmente funcionará bem para "todo o resto". "Tentamos focar na construção do melhor headset de realidade virtual para jogos e tudo quanto estiver fora desse segmento. Se sua filha quiser usá-lo para visitar o Coliseu de Roma em uma sala de aula, o acessório será totalmente capaz de realizar essa tarefa", disse. O empresário ainda revelou que ele e os outros cofundadores da companhia têm usado o Oculus Rift para jogar World of Warcraft "centenas de horas a cada semana".

Facebook

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Mitchell e Luckey já haviam dito que aceitaram a oferta de US$ 2 bilhões do Facebook porque a rede social irá potencializar o desenvolvimento da tecnologia presente no Rift. "A Oculus possui 176 funcionários agora e terá mais de 200 no próximo ano. Temos muito mais recursos para fazer as coisas, mas não sei se a Oculus mudou tanto assim [desde que foi vendida]. Trabalhamos de forma bastante autônoma dentro do Facebook e este é um bom lugar para se estar", disseram.

"Muitas empresas compram outras companhias porque elas estão fazendo coisas que ainda não foram desenvolvidas e [nesse caso] o Facebook não tem nenhuma iniciativa no mercado de jogos. A rede social gastou um monte de dinheiro em ferramentas móveis e web, mas várias pessoas, incluindo Mark Zuckerberg, acreditam que a realidade virtual será a próxima plataforma na qual o consumidor irá investir seu dinheiro. Portanto, não significa que seremos uma extensão de serviços já existentes no Facebook. Eles nos compraram porque acham que, no futuro, nossa tecnologia será a próxima grande mudança no mundo dos computadores", concluíram.