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Polígrafo, filtro de envelhecimento e outras tecnologias que animaram a CCXP19

Por| 11 de Dezembro de 2019 às 13h05

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Wagner Wakka/Canaltech
Wagner Wakka/Canaltech

A CCXP é o espaço ideal para os que vivem no universo geek e rodeados de histórias em quadrinhos, séries e filmes, mas uma boa volta pela feira mostra ela também tem espaço para a tecnologia. A tendência é que o evento se torne cada vez mais um grande parque de diversões do que exatamente uma loja com produtos premium.

As companhias também querem criar entretenimento nos estandes, chamadas de ativações. Seja um passeio por um ambiente com figurinos de uma série específica ou verdadeiras imersões, não é raro na CCXP estandes que propõem interatividade.

É aqui que entra a mistura de tecnologias mais atuais com a criatividade para divulgar um filme, série ou personagem. Foi o que fez a Warner com Mulher-Maravilha 1984, novo longa de heroína da DC. A amazona carrega seu laço da verdade como um dos mais icônicos apetrechos. A ferramenta faz com que sempre se diga a verdade quando laçado.

Para brincar com a ideia, a Warner levou um polígrafo ao evento. Se você não está familiarizado com o nome, é uma tecnologia popularmente conhecida como “detector de mentiras". Na CCXP, o visitante sentava em uma cadeira e respondia a perguntas simples e objetivas com "sim" e "não". As questões começavam com assuntos diretos como “qual a cor da sua camiseta?”. Segundo o operador, a proposta era calibrar o sensor para reconhecer a resposta verdadeira (afinal, você sabia a cor da própria roupa).

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A tecnologia funciona com dois sensores. O primeiro está ligado ao microfone do usuário e reconhece pequenas variações de tom e força da voz. Com isso, o operador consegue perceber quando o usuário está mentindo.

Ainda era possível utilizar uma câmera na frente do visitante para perceber pequenas reações no rosto que pudessem indicar falsas afirmações, no melhor estilo da série Lie to Me.

Muito Black Mirror

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Quando se fala de tecnologia, claro que não é possível deixar de fora a série que mais debateu sobre o qual disruptivo e distópicos tais avanços podem ser. No estande da Netflix na feira havia várias referências ao seriado, como as bicicletas (do segundo episódio) e até itens do set de filmagem.

Contudo, o espaço mais tecnológico ficou por conta de um filtro na área de San Junipero. O usuário poderia ir à frente de um “espelho” e se ver mais velho, tal qual o FaceApp, que fez sucesso neste ano. A diferença aqui é que você pode se movimentar e o app acompanha seu rosto, usando machine learning para aplicar o efeito. Claro que o filtro deixava bem mais velho para dar o tom pessimista que a série tem.

Realidades paralelas

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As empresas também exploraram bastante as novas tecnologias de realidade aumentada e virtual. Este foi o caso da Paramount, que montou um estande dedicado a Sonic. O ouriço vai ganhar seu filme, cujo roteiro inclui viagem por um portal dimensional que o personagem cria usando suas argolas.

É exatamente isso que a empresa quis simular na CCXP usando o app de realidade aumentada do Facebook. Na feira, um visitante apontava câmera para um QR code e era direcionado para o app da rede social. Ao apontar novamente o aparelho para uma argola, era possível ver Sonic se projetando em realidade aumentada para tirar uma foto ao lado dele.

Segundo os desenvolvedores da ideia, o programa usa reconhecimento espacial, identificando o chão e a argola para saber onde criar a projeção de Sonic. Esta é a segunda vez que eles criaram uma ação como esta, sendo a primeira para divulgação de Homem-Aranha: De Volta ao Lar, na França.

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Outra empresa que explorou outras realidades foi o Telecine. A companhia está divulgando a chagada recente da sua plataforma de streaming independente do canal de assinatura. Para isso, montou espaços dedicados a diferentes gêneros do cinema: como comédia, sci-fi, aventura e outros.

Para brincar com terror, a companhia trabalhou com óculos de realidade virtual. Na ação, o visitante precisava sentar em um sofá e colocar o headset para companhar um filme como se estivesse em casa.

No caso, os longas eram produções similares a It e O Chamado. Contudo, quando os personagens Pennywise e Samara apareciam na tela, atores falavam no ouvido ou passavam objetos no rosto do visitante dando a sensação de toque e, claro, criando o medo. Todo o projeto foi feito em um mês e utilizava o Gear VR com um smartphone acoplado.

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Já no outro lado do estande, outra tecnologia também dava um ar de futurismo ao ambiente. Na região dedicada ao gênero sci-fi, o Telecine colocou um jogo de “corrida” de naves. As aspas aqui estão no fato de que era preciso ser mais rápido para pegar todas as estrelas do espaço e não exatamente chegar em primeiro lugar em um circuito.

A tecnologia aqui, entretanto, não está só no desenvolvimento de um jogo (o que já seria o bastante), mas na forma de brincar. Os visitantes usavam um sensor de movimento, abrindo a mão espalmada sobre um aparelho. Só movendo o membro como se fosse a nave, era possível controlar o veículo mais naturalmente.

O grupo usou um Leap Motion, conhecido como o aparelho que barateou os sensores de movimento no mercado. Ele pode reconhecer a mão de um usuário tridimensionalmente, o que permite o controle no jogo.

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A CCXP aconteceu em São Paulo entre os dias 5 e 8 de dezembro e o Canaltech uma cobertura dos principais acontecimentos da feira.