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Google I/O: Android L, a grande mudança no design do sistema operacional

Por| 25 de Junho de 2014 às 14h49

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Depois de muitos rumores e expectativas, o Google finalmente anunciou a nova versão do Android. Embora não tenha recebido um nome oficial – Lollipop, como muita gente especulava –, a plataforma possui o codinome de Android L, e tem como principal característica uma reformulação completa na interface de usuário, a maior desde o Ice Cream Sandwich.

Segundo Matias Duarte, chefe de experiência de uso do Android, a nova linha de design do sistema operacional é baseada na iniciativa "Material Design", que consiste em unificar os aspectos visuais e funcionais dos produtos do Google em todos os dispositivos, isso tudo através de um mecanismo que garante mais cores e profundidade de pixels exibidos na tela do aparelho. Na prática, essa profundidade faz com que imagens e ícones do dispositivo tenham um espaçamento maior em relação à versão atual do sistema, tornado sua visualização mais simples e direcionada.

Duarte explica que a profundidade da interface acontece devido à presença das sombras e pela elevação de cada item na tela. Na prática, isso significa que cada ícone do software tem a própria distância, altura, posição e inclinação em relação ao usuário e ao tipo de aparelho (tablet, smartphone, smartwatch). Quanto à personalização, os desenvolvedores terão liberdade para fazer o melhor uso do framework, podendo colorizar os apps e ferramentas como quiserem.

Um dos exemplos mostrados na conferência é o Gmail. O aplicativo ganhou uma nova tipografia que se adapta em diversos formatos de tela, seja de um tablet ou celular, o que garante que o app tenha o mesmo design em todos os displays e plataformas. O visual também está mais limpo que na versão 4.4 KitKat, com mais espaçamento, um novo header e cores fortes na parte superior. Isso tudo graças ao Polymer, anunciado pelo Google no ano passado.

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As mudanças serão bem mais significativas nos dispositivos móveis. Uma delas será nos botões da parte inferior. O "Home" virou um círculo, o "Voltar" um triângulo e a opção de Widgets foi substituída por apenas um quadrado. O discador, que foi atualizado no penúltimo update do KitKat, também ganhará novidades, com abas bem mais espaçadas e cores mais destacadas.

Enquanto isso, as notificações foram aprimoradas e poderão ser visualizadas direto da tela de bloqueio – dois toques na tela abrem um app, deslizar para o lado o descarta (como nos cards do Google Now), ou deslizar para outra parte da tela desbloqueia o dispositivo. Algumas dessas notificações agora aparecem na parte superior do display, como já acontece no iOS, e podem ser descartadas com mais facilidade.

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Falando na tela de bloqueio, prepare-se para uma mudança significativa. Na contramão dos PINs e dos padrões de desbloqueio, o Android L terá um recurso chamado "desbloqueio pessoal". Toda vez que o aparelho detectar que seu dono está em um local seguro, como a casa ou o trabalho, o dispositivo desativa temporariamente a necessidade de digitar a senha ou o padrão de segurança. A função também é ativada se o usuário tiver outro gadget conectado ao sistema, como um smartwatch com Android Wear.

Outro destaque do novo Android é seu desempenho. Por padrão, o sistema rodará o ART (Android Runtime), função apresentada no KitKat e que garante até duas vezes mais velocidade na execução de apps quando comparado ao antigo Dalvik. Entre as principais vantagens do ART, agora as próximas versões do Android terão suporte para funcionar em dispositivos com arquitetura ARM, x86, MIPS e de 64 bits. Por isso, não deve demorar muito até surgirem os primeiros aparelhos Android com chips Snapdragon 810.

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Também foi mencionado um Android Extension Pack, um conjunto de ferramentas que vai tirar um melhor proveito das GPUs de novos processadores. Durante a conferência, foi exibida a demonstração de um game com base na Unreal Engine 4, e mostrou o comprometimento do Google em trazer gráficos ainda mais detalhados para os dispositivos móveis.

Claro que, para suportar tantas tarefas, a bateria dos aparelhos Android será aprimorada. Esta será a função do Project Volta, que visa dar mais autonomia de energia aos gadgets equipados com o robozinho verde do Google. Há ainda o Battery Saver, que corta o Wi-Fi e a energia da tela de acordo com um nível máximo determinado pelo usuário. Segundo a empresa, no smartphone Nexus 5, esse recurso é capaz de aumentar a vida útil da bateria em até 90 minutos no dia.

E quando o novo Android L será disponibilizado? Inicialmente, será liberado o Developer Preview da plataforma ainda nesta quarta-feira para desenvolvedores e donos do Nexus 5 e Nexus 7. Vale lembrar que este não é o modelo final do sistema, nem a versão 5.0. Mas já podemos ter uma prévia do que virá nos próximos meses, quando o software deve ganhar um nome oficial.

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