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Futurecom 2014: Com GVT, Telefônica enfrenta mercado de banda larga fixa da NET

Por| 16 de Outubro de 2014 às 08h43

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Rafael Romer/Canaltech
Rafael Romer/Canaltech

Em sua apresentação na Futurecom 2014 nesta quarta-feira (15), o presidente da Telefônica/Vivo, Antônio Carlos Valente, falou sobre a recente aquisição da operadora GVT pela empresa, que agora deve reforçá-la para enfrentar a NET no mercado de banda larga fixa nacional.

De acordo com Valente, a Vivo tem como objetivo fornecer uma alternativa para usuários de banda larga fixa no país dentro da faixa de 2 Mbps a 12 Mbps. Em especial em regiões como São Paulo, a NET é líder de mercado, centralizando 69% de market share no local. No Brasil, a empresa concentra 49% do mesmo mercado.

"Nós analisamos o mercado de internet fixa e no mercado de 2 MB a 12 MB, 69% é atingido no estado de São Paulo por um único operador. No Brasil, quase 50% é de um único operador", afirmou o presidente da empresa. "É mérito desse operador, mas a gente deseja ser uma alternativa para que a sociedade brasileira tenha uma operadora forte que possa nacionalmente competir com esse operador".

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O presidente da Telefónica/Vivo, Antônio Carlos Valente, durante apresentação na Futurecom 2014 (foto: Rafael Romer/Canaltech)

Com a GVT, a Telefônica/Vivo passa a ser uma empresa com mais de 100 milhões de acessos totais e 6,56 milhões acessos de banda larga fixa. Segundo Valente, a GVT deverá garantir à empresa "robustez" e a possibilidade de vender pacotes ("bundles") que incluam a mobilidade.

"Tem um operador que capturou as oportunidades de mercado que existia, por uma série de razões", disse Valente a jornalistas ao final da apresentação. "O que a gente está se propondo em São Paulo, e como a gente cresce com a rede de fibras óticas, em outras cidades brasileiras depois com a junção com a GVT, é ter um mercado mais dinâmico, onde você consiga crescer a oferta".

Mas, segundo Valente, por ser muito recente, a rede da GVT é "inovadora" e deverá trazer benefícios para a infraestrutura das duas operadoras. O principal aprendizado deverá ser na massificação da instalação de fibras óticas, uma dificuldade para operadoras com infraestruturas tradicionais como a Telefônica.

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Por a aquisição ainda não ter sido aprovada, a Telefônica não deu detalhes sobre como deverão ficar os pacotes de banda larga premium, outros produtos e imagem da GVT após a junção.

Águas de São Pedro

A empresa também falou mais sobre o recém-lançado projeto da cidade inteligente em Águas de São Pedro, município turístico do interior do estado de São Paulo, que recebeu uma série de serviços inteligentes integrados pela Vivo. Com 3 mil habitantes, o município funcionará como um "beta testing" das soluções oferecidos pela empresa.

A empresa está estudando outro município mais próximo à cidade de São Paulo que deverá ser inteiramente coberto por fibras da empresa. "Ainda é muito caro conectar o usuário em fibra, mas a gente vai fechar a cidade inteira só com fibra", afirmou.