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Vitória de Donald Trump ameaça privacidade online nos EUA

Por| 11 de Novembro de 2016 às 10h41

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Nesta semana, Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos. Entre polêmicas relacionadas ao registro forçado de milhões de muçulmanos, punições para mulheres que fazem aborto e a criação de um muro na divisa com o México, o magnata também tem deixado os interessados por tecnologia com a pulga atrás da orelha.

Em uma de suas declarações, o agora político disse que pretende expandir os programas de vigilância do governo e retomar a batalha para que o Estado tenha acesso a dados criptografados. Ele também já ameaçou pedir um boicote aos produtos da Apple, que não são fabricados em território norte-americano, e mover uma ação antitruste contra a Amazon.com. A proposta de fechamento de parte da internet para evitar a propagação de conteúdo do Estado Islâmico também foi citada durante a campanha eleitoral.

É claro que as citações, mesmo que limitadas a ameaças de campanha, deixam ativistas e empresas de tecnologia em estado de alerta sobre o que está por vir nos próximos anos de mandato de Trump.
"Eu acho que (Trump) vai ser um cara que provavelmente vai ordenar a criação das portas dos fundos", disse o diretor de operações da Strategic Cyber Ventures e veterano da Agência de Segurança Nacional, Hank Thomas. "Eu não acho que ele vai ser amigável com a privacidade e eu temo que ele vá envolver mais as agências no cumprimento da lei internamente."

Para os usuários finais, resta tentar proteger suas informações com recursos de criptografia. No entanto, a recente reeleição do senador republicano Richard Burr, presidente do Comitê de Inteligência do Senado, pode dar ainda mais força às ideias do novo presidente norte-americano. Em 2015, na época do caso Apple versus FBI, Burr estava à frente da proposta que pedia a aprovação da lei que exige que empresas criem backdoors em seus produtos que permitiriam que agentes do governo burlassem a criptografia e outras formas de proteção de dados.

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Fonte: Reuters